"No entanto, já nada espanta num homem cuja relação com os direitos humanos está muito fora-de-jogo. Basta lembrar o que disse quando foi confrontado com o facto de a homossexualidade ser proibida no Qatar: “Diria [aos adeptos gays] que devem refrear as suas actividades sexuais.”
Excerto do artigo do Público que expõe mais uma vez Joseph Blatter nas tintas para os Direitos Humanos.
Mas há mais e pior:
Manifestantes contra o trabalho escravo na preparação do evento futebolístico no Qatar.
O Público noticia hoje o documento O Lado Negro da Imigração: o sector da construção no Qatar antes do Campeonato Mundial de Futebol.
Neste caso é o futebol, essa nova e unânime religião global, o veículo para ficarmos a saber um bocadinho mais da realidade do mundo islâmico, que muitos ainda vêem assim:
A fantasia islâmica (encontrado na página pessoal de um jovem que distribui na Internet insultos a Israel, com a legenda 'PEACE'
Repugna naturalmente ao nosso sentido de democracia e igualdade que os nossos craques vão pontapear o esférico em estádios erguidos com sangue, suor e lágrimas dos pobres imigrantes, tratados muito pior do que escravos.
Mas há outros casos que, sem a muleta futebolística, não são tão mediáticos. E no entanto não há campeonatos ou bolas de ouro que tenham mais importância do que a pobre empregada doméstica indonésia que se viu acusada de feitiçaria (!!!) na Arábia Saudita. Por cá, essas coisas moram nos livros de Harry Potter. Por lá, dão direito a decapitação. E que chances de defesa em Tribunal terá uma empregada doméstica, mulher, estrangeira, contra a palavra do patrão, homem e natural do país, que alegadamente "encontrou artefactos de feitiçaria" entre as posses da empregada?
Ainda não há muito tempo publicámos um post sobre um imigrante asiático barbaramente espancado por um saudita, por, alegadamente, ter falado para a mulher deste:
Raymond Ibrahim, é um especialista em Islão amplamente divulgado. Podem encontrá-lo por exemplo no seu site oficial:
Raymond Ibrahim faz parte do David Horowitz Freedom Center e do Fórum do Médio Oriente. Escreve uma coluna semanal para a Jihad Watch.
Raymond Ibrahim: O fecho da mente muçulmana (crítica de livro)
Na semana passada, a "polícia religiosa da Arábia Saudita prendeu uma empregada indonésia por esta ter lançado um feitiço sobre uma família local e 'transformado a sua vida de cabeça para baixo". A empregada "confessou" o uso de feitiçaria, e "especialistas levaram itens mágicos na posse desta e conseguiram desmontar e parar o feitiço".
Longe de serem aberrações absurdas e ocasionais, tais eventos, que estão a tornar-se melhor conhecidos graças à Internet, são lembretes gritantes da incompatibilidade entre as visões de mundo ocidentais e muçulmanas, ou, mais precisamente, de que os povos ocidentais têm dificuldade de transcender os seus próprios paradigmas e entender a cosmovisão muçulmana num todo, para além da questão da feitiçaria.
No seu livro, The Closing of the Muslim Mind, Robert Reilly, um membro sénior do Conselho Americano de Política Externa, ajuda a explicar a visão muçulmana do mundo, documentando as raízes históricas e doutrinárias por detrás dela (...).
O livro é um lembrete da importância da epistemologia: antes de compreender os actos muçulmanos, é preciso entender a mente muçulmana. A frase de Shakespeare, "Não há nada de bom ou mau, é o pensamento que assim o determina", no Islão torna-se "Não há nada de bom ou mau, é Allah que assim o determina".
O autor lança luz sobre as lutas entre as diferentes escolas do Islão, mostrando como no século XX as escolas deterministas e fatalistas triunfaram, desferindo o golpe de morte, não só para a noção de livre-arbítrio, mas na lei natural, mostrando como "uma deformação teológica produziu uma cultura disfuncional". Daqui pode-se compreender o impacto total da afirmação popular "as portas do ijtihad [intelectualização] foram fechadas no século X".
Reilly narra como os gigantes da filosofia muçulmana, como Ghazali e Ashari, concluíram que o conhecimento era incognoscível, que as verdades morais só podem ser verificadas por meio de revelação. Assim, todo o Conhecimento, os próprios limites da realidade passaram a ser limitados às palavras do Alcorão e do seu enunciador, o profeta Maomé.
As ramificações de tal calcificação intelectual são imensas: "Todos os actos são em si moralmente neutros".
"Allah não ordena certos comportamentos porque são bons; os comportamentos é que são bons porque Allah os ordena. Da mesma forma, ele não proíbe o assassinato porque é mau; mas é mau porque ele proíbe".
Equívocos, como o seguinte por Ashari, tornaram-se comuns: "Mentir é mau só porque Allah declarou que é mau .... E se ele tivesse declarado que era bom, seria bom, e se ele o ordenou, ninguém pode contradizê-lo".
"É claro que, e como Ashari sabia, a divindade islâmica e o seu profeta permitem e até incentivam os muçulmanos a enganar".
Da mesma forma, o espírito de investigação perece: "a única coisa que vale a pena saber é a que esteja de acordo com a Shari'a: obrigatória, recomendada, permitida, desencorajada, ou proibida. O resto é irrelevante".
É precisamente por esta razão que no Islão, a lei, o que é certo ou errado, como se deve viver, são submersas pela "teologia", e o certo e o errado passam a depender de meras palavras. (...)
Da mesma forma ocorre no reino da ciência: Reilly cita um paquistanês, um físico (não um pobre ignorante "radical"), que afirma que é anti-islâmico acreditar que a combinação de hidrogénio e oxigénio produz água, mas que os muçulmanos "devem antes dizer que quando se combina hidrogénio e oxigénio, em seguida, pela vontade de Allah [que não precisa ser sempre consistente ] a água é criada".
Cientista islâmico explica que a Terra é plana
Clérigo islâmico ensina a mentir sobre o Islão
O fecho da mente muçulmana explica a singularidade da epistemologia muçulmana e a sua antítese às sensibilidades ocidentais: isso explica porque é que a empregada de limpeza é presa e acusada de feitiçaria, o pavor de "animais enfeitiçados"; explica o "aleitamento materno" adulto e porque é que mentir não coloca problemas morais, explica o porquê de os principais clérigos muçulmanos insistirem que a Terra é plana e que ingerir as fezes e urina de Maomé é salutar; explica porque é que os jihadistas acreditam que seu terror é piedoso e um paraíso libidinoso os aguarda.
Todas essas formas "alternativas" de pensamento fazem sentido quando se aceita que, na mente puramente muçulmana, o raciocínio intuitivo, a consciência humana, e até mesmo o senso comum tomam o banco traseiro e oferecem o lugar da frente às palavras literais de Allah e do seu profeta, visto como as fontes da toda a verdade e realidade, ou, inevitavelmente, a partir de uma perspectiva não-muçulmana, as palavras de um iludido ou enganador do século VII árabe.
Lamentavelmente, muitas pessoas estão preocupadas é com o Joseph Blatter, e não com os desgraçados que caem nas malhas da escravatura. Não que ela não se pratique no resto do mundo - ainda hoje vimos na TV uma reportagem sobre a escravatura na apanha da azeitona no Alentejo. O problema é que no Islão, a escravatura, o abuso sexual de menores, a submissão total das mulheres, a mutilação genital feminina, a 'guerra santa', a 'teologia do ódio', e tantas outras aberrações, são autorizadas e encorajadas!
Veja por exemplo este post: Escravatura Sexual Século XXI
Fofinho: clérigo muçulmano ensina as crianças a morrer por Allah!
Ainda mais foforrucho: outro clérigo ensina as crianças a odiar os judeus.
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