sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Bem de primeira necessidade

 

'WE ALL HAVE A HAND IN CREATING PEACE'

Para todos os nossos leitores, amigos e inimigos, votos de um bom fim-de-semana, com muita paz - esse bem de primeira necessidade a que nem toda a gente tem acesso. Está nas nossas mãos contribuir para a paz, não optando pela confortável indiferença. Shabbat Shalom. Deus connosco.

Imagem de Face to Zion.

3 comentários:

  1. O actual apoio dos Estados Unidos ao governo israelita corresponde aos interesses próprios americanos. Numa região onde o nacionalismo árabe pode ameaçar o controle de petróleo pelos americanos assim como outros interesses estratégicos, Israel tem desempenhado um papel fundamental evitando vitórias de movimentos árabes, não apenas na Palestina como também no Líbano e na Jordânia. Israel manteve a Síria, com o seu governo nacionalista que já foi aliado da União Soviética, sob controlo, e a força aérea israelita é preponderante na região.

    Como foi descrito por um analista israelita durante o escândalo Irão-Contras, onde Israel teve um papel crucial como intermediário, "É como se Israel se tivesse tornado noutra agência federal [americana], uma que é conveniente utilizar quando se quer algo feito sem muito barulho." O ex-ministro de Estado americano, Alexander Haig, descreveu Israel como o maior e o único porta-aviões americano que é impossível afundar.

    O alto nível continuado de ajuda dos EUA a Israel deriva menos da preocupação pela sobrevivência de Israel mas antes do desejo de que Israel continue o seu domínio político sobre os Palestinianos e que mantenha o seu domínio militar da região.

    Na realidade, um Estado israelita em constante estado de guerra - tecnologicamente sofisticado e militarmente avançado, mas com uma economia dependente dos Estados Unidos, está muito mais disposto a executar operações que outros aliados considerariam inaceitáveis, do que um Estado Israelita que estivesse em paz com os seus vizinhos.

    Israel recebe actualmente três mil milhões de dólares por ano em ajuda militar dos Estados Unidos.

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    1. A economia de Israel não depende dos EUA, apesar de Israel ter sido acossado e espoliado da sua terra para a única porção do Médio Oriente que não tem petróleo. A aliança militar estratégica dos EUA com Israel, que é para onde vai o dinheiro, não é diferente da nossa nas Lages, ou da que tinham com o Egipto quando gerido pela Irmandade Muçulmana. Os EUA gastam o seu orçamento militar da forma que lhes sai menos onerosa, e colaborar com a Defesa de Israel é uma dessas formas. E a verdade é que no caso de Israel é o mundo inteiro que beneficia com a existência de uma democracia no Médio Oriente, pronta a travar os sonhos de hegemonia global islâmica (mesmo os que odeiam Israel). Os EUA têm outros aliados na região, como bem sabe, mas muito fluidos, pois a lealdade destes antes de mais é para com o tão ambicionado Califado. Jogam com pau de dois bicos, mas estão prontos a cair para o lado do Islão global à mínima oportunidade (tal como o próprio Obama, que declara sem rodeios que estará sempre ao lado do Islão se as coisas se complicarem). Se o Irão chegar a possuir a bomba, é o mundo inteiro que se verá arrastado para um 3º conflito global. Antes disso, Israel travará tais pretensões, para salvaguardar a sua existência. Mas todo o mundo colherá daí benefícios óbvios, pois na pior das hipóteses o fluxo do petróleo cessaria e regrediríamos à Idade Média num esfregar de olhos. Com todos os seus defeitos, os EUA ainda são insubstituíveis como polícia global. Um dia, quando a triste espécie humana evoluir um bocadinho mais, não precisaremos desse tipo de polícia, mas até lá, antes os EUA que a Rússia ou a China. A Rússia é, de resto, outra potência expansionista que tem em Israel o mais próximo travão a um avanço evidente, limitando-se por enquanto e respeitosamente a armar o Irão, a Síria, e outros simpáticos regimes. A China é um corredor de fundo, que não precisou de dar um tiro para pôr o Ocidente em decadência acelerada.

      Os EUA não estão preocupados com a sobrevivência de Israel, hoje; mas em tempos recentes tinham ainda a convicção (discutível) de que Israel tem uma missão profética. Coisas que já nos enviariam para o campo da antropologia cultural e que não vale a pena abordar aqui.

      Gostei do seu blog, mas não gostei dos apelos à violência, confesso. A violência justifica-se em legítima defesa, mas deve ser sempre o último recurso. Não vamos regredir à I República e ao alfaiate coxo da Rua dos Fanqueiros, com as suas listas de ricos a abater. Tristes tempos esses...

      Paz,

      Israel Bloom

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    2. http://amigodeisrael.blogspot.pt/2013/11/irao-its-end-of-world.html

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