Uma série de cartas trocadas entre a empresa Bayer e o regime de Hitler acaba de ser tornada pública. A empresa testou produtos tóxicos em "lotes" de mulheres judias.
No início de Agosto, a empresa farmacêutica e química alemã Bayer retirou um dos seus medicamentos contra o colesterol. Associado a um outro remédio, ele matou mais de 50 pessoas em todo o mundo.
A presença do nome desta empresa nas manchetes desperta memórias dolorosas.
Sob o regime nazi, a Bayer, uma subsidiária do consórcio químico IG Farben (1), procedeu a experiências médicas em prisioneiros, adquiridos, nomeadamente, nos campos de concentração.
Na edição de Fevereiro de 1947 do Patriote Résistant, encontramos cinco cartas enviadas pela Casa Bayer ao comandante do campo de extermínio de Auschwitz. As cartas foram foram publicadas num artigo sobre algumas das malfeitorias da indústria alemã durante o Nazismo - a firma foi julgada pelo Tribunal de Nuremberga.
As cartas , que foram encontradas durante a libertação de Auschwitz pelo Exército Vermelho, datam de Abril a Maio de 1943. E dispensam quaisquer comentários:Primeira carta:
"A fim de experimentarmos um medicamento para dormir, seria possível fornecerem-nos algumas mulheres? Digam-nos em que condições, que as formalidades para a transferência dessas mulheres serão tratadas por nós."
Segunda carta:
"Acusamos a recepção da carta. Consideramos o preço de 200 marcos exagerado, oferecemos 170 marcos por indivíduo, precisamos de 150 mulheres".
Terceira carta:
"Ok para o preço acordado. Então, por favor preparem um lote de 150 mulheres saudáveis que nós iremos buscar em breve".
Quarta carta:
"Já estamos na posse do lote de 150 mulheres. A vossa escolha foi satisfatória, embora os indivíduos sejam muito fracos e magros. Vamos manter-vos informado sobre os resultados das experiências".
Quinta carta:
"As experiências não foram conclusivas. Os indivíduos estão mortos. Escreveremos em breve para vos pedirmos para prepararem outro lote".
(1) A IG Farben foi fornecedora dos nazis, que usaram o Zyklon B nas câmaras de gás. A IG Farben e usou maciçamente a força de trabalho dos prisioneiros dos campos de extermínio nas suas fábricas. Condenada por crimes contra a humanidade em Nuremberga e dissolvida, a IG Farben ainda tem um estatuto jurídico, apesar do seu desmantelamento e divisão entre as empresas Bayer, BASF e Hochst.
Fonte: Cbgnetwork via EUROPE-ISRAEL.
13 de Dezembro de 1941 - Mulheres judias aguardam a sua execução, em Skede, Letónia. Em fundo os cadáveres amontoam-se, à medida que o extermínio prossegue. (Yad Vashem).
- Eu jurei nunca me calar, sempre e onde quer que haja seres humanos sujeitos a sofrimento e humilhação. Devemos sempre tomar partido. A neutralidade joga a favor do opressor, nunca da vítima. O silêncio encoraja o atormentador, nunca o atormentado!
- Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto.
(Fazemos nossas as suas palavras).
HOLOCAUSTO no nosso blogue.
Apesar de as cartas dispensarem comentários, não podemos deixar de ficar atónitos:
- Enquanto dizemos que "Nunca mais!", está decorrer um novo Holocausto - desta vez o dos cristãos - e muito pouca gente parece preocupar-se. Pelo contrário, até levam em ombros Obama, Hillary e toda a administração norte-americana, que minimizam este genocídio.
Judeus: sempre culpados de uma coisa, do seu oposto, e de tudo o que fica no meio!
- 70 anos após o horror do Holocausto, as suas maiores vitimas - os judeus - voltam a ser acusadas de todos os males do mundo (até de se terem feito exterminar para provocarem a "pena" das pessoas!!!), sem quaisquer provas e contra toda a racionalidade*.
- Em contrapartida, os alemães, que cometeram as maiores atrocidades e originaram a guerra mais horrenda da História, continuam nas palminhas. Não queremos mal aos alemães, mas... imaginemos que tinha sido ao contrário, que tinham sido os judeus a exterminar milhões de inocentes, o que não se diria,o que não se faria...
* - Os obcecados islamonazis e suas teorias da conspiração
Emblema do famoso clube Bayer Leverkusen - Não queríamos que as pessoas odiassem os alemães (nós não os odiamos, os judeus não os odeiam, e os alemães não são todos nazis ou culpados pelo Holocausto e pela Guerra), mas... e se tivesse sido ao contrário?
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"Quando os nazis proclamavam que ‘todo o mal vem dos Judeus’ na verdade o que estavam a dizer é que todo o mal vinha desse espírito indomável da razão, da tolerância, do progresso e do amor do próximo. O nihilismo não se opõe apenas a certas ideias e concepções, opõe-se ao próprio conceito de civilização."
- Klaus Mann, 1939
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