opinião
Judeus
por VIRIATO SOROMENHO-MARQUESA "questão judaica" é hoje, na Europa, uma mera relíquia daquilo que foi durante séculos. Na verdade, poucos têm coragem de o dizer, mas embora a abominável "decisão final" (Endlösung), urdida pelo regime nazi para as minorias judaicas da Europa ocupada, tenha ficado por metade, tal foi suficiente para privar a Europa desse filão de resiliência, criatividade e inteligência que as minorias judaicas representaram na história das nações europeias. Os sobreviventes do extermínio, na sua maioria, estão hoje em Israel, ou são um dos motores da prosperidade dos EUA.
O ódio "popular" aos judeus é um dos fatores da decadência europeia. Não é preciso ser Antero de Quental para perceber que a decadência peninsular se inicia com a expulsão dos judeus, na altura em que a organização dos impérios marítimos de Portugal e Espanha mais precisaria do seu contributo. Basta olhar para a Alemanha de 2012. Com a mesma população que tinha ao tempo da República de Weimar, mas sem o impulso da sua vibrante comunidade judaica, exterminada ou exilada pelo Holocausto, a cultura alemã de hoje é, na comparação, pobre e sem brilho.
Onde estão os filósofos, os escritores, os cientistas, os músicos, os cineastas, de ascendência judaica, que fizeram a grandeza universal da Alemanha até1933? Basta ler a biografia de George Steiner, Errata, para compreender os motivos que levaram Nietzsche a considerar os judeus como uma (malograda) vanguarda cosmopolita da unidade europeia, contra o perigo da autodestruição. As crianças judias assassinadas em França apenas nos recordam que, sob o verniz da tolerância europeia, jaz um virulento génio maligno pronto a despertar. A mediocridade não suporta a diferença e a singularidade de mérito que os judeus deixaram na nossa cultura comum. E que falta isso nos faz agora
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Nota 1 - Reveja, sff "Eça de Queirós - 'Israelismo".
Nota 2 - Neste blog somos por TODOS os perseguidos, todos os injustiçados, todos os oprimidos, todos os que não têm voz.
Não nos achamos merecedores de nenhum prémio por causa disso. Faz parte de se ser uma pessoa minimamente decente. É aliás, fácil, ser-se activista, por exemplo, pela defesa dos tibetanos. Só os comunistas mais radicais, daqueles que aprovam as matanças do louco norte-coreano e que subordinam as suas «opiniões» à «pureza ideológica do comunismo» é que são capazes de negar que o Tibete é uma nação, que os tibetanos são o povo nativo, e que estão sob a opressão brutal do regime chinês, a.k.a. O Império do Mal.
Ser-se pelos cristãos, actualmente a minoria mais perseguida do Mundo (RESCUE CHRISTIANS) já acarreta alguns perigos "sociais". No mínimo, seremos apelidados de 'loucos' e 'reaccionários'. Por dois motivos:
a) Porque quem massacra os cristãos são os muçulmanos, e, no mundo modernaço e ateu, é SACRILÉGIO a mínima alusão ao Islão que não seja de submissão e adoração incondicional.
b) Para o imbecil atmosferocefálico médio politicamente correcto dos nossos dias, ser-se cristão é ser-se pessoalmente culpado pelos crimes da Inquisição.
Mas alguém vir dizer a VERDADE sobre Israel e sobre os judeus, nos tempos que correm, é de uma coragem muito grande, sobretudo quando se é figura pública. Ainda há gente da têmpera de Aristides de Sousa Mendes, nesta Europa que regressa a passos largos à barbárie nazi.
Excelente texto de Viriato. Copiei e postei no facebook.
ResponderEliminarUm texto para reflexão de muitos antissemitas na Europa.
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