quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Dizer: "Eu sou um sacana"...

Elias, Jesus, Moisés, se cá estivessem hoje, seriam perseguidos pelo simples facto de terem nascido judeus. Tem cabimento, o ódio? O ódio pelo ódio?


Vamos supor, por exemplo, que um cidadão odeia os ingleses que vivem em Portugal. Faz um comício a apelar ao assassínio destes. Naturalmente, é preso. No entanto, se seguirmos a lógica dos apoiantes de Dieudonné, basta chamar comédia ao comício e já está tudo bem.

O Ku Kux Klan já não tem nada com que se preocupar! Os ultra-nacionalistas que a Polícia Europeia detém periodicamente, também não. Tornem-se "humoristas"!

A indiferença perante o caso Dieudonné já é um sintoma preocupante de que o anti-semitismo voltou a ser publicamente aceite na Europa. Mas pode ser prenúncio de que algo grave se aproxima de novo. 

Ver post anterior - Dar canal a Dieudonné

Ver post Quem é Dieudonné, acerca do financiamento deste supremacista islâmico, racista e pró terrorista, pelo regime terrorista do Irão.


 Dieudonné é um prenúncio do que aí vem - Guy Millière


 Dieudonné antisémite

Não sou Socialista. Já tive a oportunidade de criticar o governo muitas vezes, e a Manuel Valls. Mas quando Manuel Valls assume uma posição digna, eu digo que Manuel Valls assume uma posição digna. E, neste caso, eu digo que Manuel Valls assume uma posição digna no caso Dieudonné.
Gostaria de acrescentar que os que invocam a liberdade de expressão ou os princípios inerentes à Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos estão errados: já não é, neste caso, de liberdade de expressão que se trata, mas de incentivo ao ódio, e, sem dúvida, de incitamento ao assassinato e ao genocídio.
(...) A liberdade de expressão não cobre o incitamento ao assassinato, ou a incitação ao genocídio, o que pode ser objecto de processos judiciais nos Estados Unidos - agora muito citados.
Dizer "eu sou racista" é algo que se encaixa na mesma categoria do que dizer "eu sou um sacana". Já dizer "Devemos matar os negros" é outra coisa.
Aqueles que falam de "espectáculo" também estão errados: não é um espectáculo, é um apelo público à cumplicidade dos racistas, anti-semitas, negadores do Holocausto, àqueles que desejam a destruição genocida de Israel, é uma acção pensada para excitar e para dar incentivos adicionais aos supracitados.
Faço notar que as palavras dos líderes da Frente Nacional sobre o assunto são  suficientes para mostrar que a Frente Nacional continua a manter uma relação 'bolorenta' com os judeus, o Judaísmo e Israel.
(...)
Numa sociedade como os EUA, Dieudonné seria considerado tão abjecto que já teria desaparecido do horizonte, e as salas onde actua estariam vazias. Apesar de Obama, os Estados Unidos continuam a ser um país altamente impermeável ao anti-semitismo, e nesse aspecto continuam a ser um país mais saudável do que a França. 
Encontramos nos EUA propaganda "pró-palestina", especialmente nos campus universitários, mas aqueles que disseminam essa propaganda evitam cuidadosamente os possa qualificar como anti-semitas incitadores de ódio.
Na França, a abjecção encarnada por Dieudonné enche salas, cria redes,  faz verdadeiros comícios e goza da cumplicidade de muita gente. Os comentários postados em vários artigos mostram que o anti-semitismo continua a viver, nos esgotos, e agora está aflorar em muitas sarjetas.
(...) uma parte perturbadora da população francesa combina a influência da extrema direita fundamentalista, das ideias Petainistas católicas, nacionalistas, míopes, anti-israeleitas e anti-americanas, da extrema esquerda que se distingue da extrema direita porque é favorável à islamização do mundo e contra o controle da imigração, e, especificamente, as das próprias correntes islâmicas anti-Israel e anti-Estados Unidos.
A extrema direita esconde o seu anti-semitismo sob o disfarce de "anti-sionismo", que é o nome sob o qual se abrigam, tanto a esquerda como as correntes islâmicas.
Dieudonné encontrou um público nas várias componentes desta nebulosa. (...)
Não vamos impedir estes aromas pútridos proibindo performances. Mas se as ondas de revolta contra o que esses shows forem altas, serão ondas seguros. E têm o meu apoio.
Não vamos impedir certas acções, proibindo-as. Mas fazer um gesto que era feito e que foi fotografado em Auschwitz, fazê-lo em frente a sinagogas, frente à escola judaica em Toulouse onde Merah assassinou crianças judias, frente a fotos de Anne Frank, e assim por diante, e ser tratado como um um ser infame por causa desse gesto, é totalmente legítimo.
Quem o faz, torna-se cúmplice moral de crimes contra a Humanidade passada e de crimes contra a Humanidade presente. Fazer face à ascensão desse gesto como ondas de revolta é seguro e legítimo.

Temo, infelizmente, que Dieudonné seja um dos sinais de alerta para o que aí vem.
Temo que tendências mais densas e profundas estejam a produzir-se em França.
Temo que os amigos de Manuel Valls, que trabalham dentro do partido socialista, apoiem essas tendências, sem sempre saber que o fazem.
Temo que os amigos de Patrick Cohen que trabalham na nomenklatura dos media também estejam a servir essas tendências, sem que eles próprios tenham noção disso.
Temo que estejamos num momento muito insalubre.
Os judeus franceses que deixam a França a cada ano, como nós deixamos um navio que desliza para o naufrágio, é um facto.
Os judeus que deixam a França a cada ano, porque sentem o que está a acontecer, é um sinal dos tempos, é um facto.
Eu entendo essas partidas.

 
© Guy Millière para Dreuz.info.

- E eu temo que o Millière tenha razão. Mas não acontecerá sem que se lhes dê luta. Nunca esperei na minha vida, desde que vi a série «Holocausto» quando era criança, vir a ter que esconder judeus no meu sótão. Mas se for preciso, fá-lo-ei.

Amanhã há mais...

11 comentários:

  1. Cher Ami, vous n'aurez pas à cacher des Juifs car maintenant les Juifs ont Israel. Ça déplaît à beaucoup de gens en Europe mais tant pis pour eux. P.

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    1. Merci de votre visite, et que Dieu bénisse Israël. :-)

      Israel Bloom

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  2. Não tenho dúvidas que a Europa Ocidental entrou em declinio.
    Irreversivel? Não sei, mas esta época entristece-me.
    Quando a estupidez e maldade andam de mão dada e dominam as mentes da escumalha, ups, queria dizer das massas, nada de bom se avizinha.

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  3. Quer comentar este artigo?

    O misterioso e prolongado sucesso da minoria judaica na Alemanha

    http://citadino.blogspot.pt/2014/01/o-misterioso-e-prolongado-sucesso-da.html



    Wikipedia - Sir Arthur Wynne Morgan Bryant (na foto ao lado), (18 de Fevereiro de 1899 – 22 de Janeiro de 1985), foi um historiador britânico muito popular e colunista do Illustrated London News. Os seus numerosos livros incluem estudos da História inglesa dos séculos dezoito e dezanove.

    No seu livro Unfinished Victory [1940 - Vitória Incompleta], o historiador Sir Arthur Bryant descreve o poder judaico na Alemanha entre as duas Guerras Mundiais (pp. 136-144):

    Foram os judeus com as suas ligações internacionais e o seu talento hereditário para a finança que melhor foram capazes de aproveitar estas oportunidades. Fizeram-no com tal sucesso que, mesmo em Novembro de 1938, depois de cinco anos de legislação anti-semita e perseguição, eram ainda donos, segundo o correspondente da Times em Berlim, de qualquer coisa como um terço da propriedade imobiliária do Reich. A maior parte dela caiu-lhes nas mãos durante a inflação. Mas para aqueles que perderam tudo, esta desconcertante transferência pareceu uma monstruosa injustiça. Depois de prolongados sofrimentos tinham agora ficado privados dos seus bens. Viram-nos passar para as mãos de estranhos, muitos dos quais não tinham partilhado os seus sacrifícios e pouco ou nada se importavam com a bandeira e tradições nacionais. Os judeus obtiveram uma formidável ascendência na política, nos negócios e nas profissões académicas, não obstante constituírem menos de um por cento da população."

    "Os bancos, incluindo o Reichsbank [Banco Central Alemão] e os grandes bancos privados, eram praticamente controlados por eles. Assim como o negócio das editoras, o cinema, os teatros e grande parte da imprensa, de facto, todos os meios que formam a opinião pública num país civilizado. O maior jornal do país com uma circulação diária de quatro milhões de unidades era um monopólio judeu. De ano para ano era cada vez mais difícil a um gentio (não-judeu) aceder ou manter-se nalguma profissão privilegiada. Nesta altura não eram os 'Arianos' que praticavam discriminação racial. Era uma discriminação que funcionava sem violência. Era exercida por uma minoria contra uma maioria. Não havia perseguição, apenas eliminação. Era o contraste entre a riqueza desfrutada e faustosamente ostentada por estranhos de gostos cosmopolitas, e a pobreza e a miséria dos alemães nativos, que tornou o anti-semitismo tão perigoso e uma força ameaçadora na nova Europa. Pedintes montados a cavalo são raramente populares, e menos ainda aqueles que acabaram do vos deitar abaixo da sela."


    (continua)

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    1. Já há uns tempos eu mesmo publiquei esse texto, no post «Israelismo».

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  4. (continuação)


    As palavras de Arthur Bryant redigidas em 1940, em plena Guerra Mundial, parecem plagiadas de um texto de Eça de Queirós escrito sessenta anos antes:




    Eça de Queirós

    Cartas de Inglaterra 1877-1882

    O motivo do furor anti-semítico é simplesmente a crescente prosperidade da colónia judaica, colónia relativamente pequena, apenas composta de quatrocentos mil judeus; mas que pela sua actividade, a sua pertinácia, a sua disciplina, está fazendo uma concorrência triunfante à burguesia alemã.

    A alta finança e o pequeno comércio estão-lhe igualmente nas mãos: é o judeu que empresta aos estados e aos príncipes, é a ele que o pequeno proprietário hipoteca as terras. Nas profissões liberais absorve tudo: é ele o advogado com mais causas e o médico com mais clientela: se na mesma rua há dois tendeiros, um alemão e outro judeu, o filho da Germânia ao fim do ano está falido, o filho de Israel tem carruagem! Isto tornou-se mais frisante depois da guerra: e o bom alemão não pode tolerar este espectáculo do judeu engordando, enriquecendo, reluzindo, enquanto ele, carregado de louros, tem de emigrar para a América à busca de pão.

    Mas se a riqueza do judeu o irrita, a ostentação que o judeu faz da sua riqueza enlouquece-o de furor. E, neste ponto, devo dizer que o Alemão tem razão. A antiga legenda do israelita, magro, esguio, adunco, caminhando cosido com a parede, e coando por entre as pálpebras um olhar turvo e desconfiado – pertence ao passado.

    O judeu hoje é um gordo. Traz a cabeça alta, tem a pança ostentosa e enche a rua. É necessário vê-los em Londres, em Berlim, ou em Viena: nas menores coisas, entrando em um café ou ocupando uma cadeira de teatro, têm um ar arrogante e ricaço, que escandaliza. A sua pompa espectaculosa de Salomões "parvenus" ofende o nosso gosto contemporâneo, que é sóbrio. Falam sempre alto, como em país vencido, e em um restaurante de Londres ou de Berlim nada há mais intolerável que a gralhada semítica. Cobrem-se de jóias, todos os arreios das carruagens são de ouro, e amam o luxo grosso. Tudo isto irrita.

    Mas o pior ainda na Alemanha é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem o luxo, tão hábil que tem um sabor de conspiração: na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e imprensa. Quase todas as grandes casas bancárias da Alemanha, quase todos os grandes jornais, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante e o traz dependente pelo capital; mas, injúria suprema, pela voz dos seus jornais, ordena-lhe o que há-de fazer, o que há-de pensar, como se há-de governar e com que se há-de bater!

    Tudo isto ainda seria suportável se o judeu se fundisse com a raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isolado, compacto, inacessível e impenetrável. As muralhas formidáveis do Templo de Salomão, que foram arrasadas, continuam a pôr em torno dele um obstáculo de cidadelas. Dentro de Berlim há uma verdadeira Jerusalém inexpugnável: aí se refugiam com o seu Deus, o seu livro, os seus costumes, o seu Sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozando o ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã, querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica.

    Só casam entre si; entre si, ajudam-se regiamente, dando-se uns aos outros milhões – mas não favoreceriam com um troco um alemão esfomeado; e põem um orgulho, um coquetismo insolente em se diferençar do resto da nação em tudo, desde a maneira de pensar até à maneira de vestir. Naturalmente, um exclusivismo tão acentuado é interpretado como hostilidade – e pago com ódio.»

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    1. Já há uns tempos eu mesmo publiquei esse texto, no post «Israelismo». O que pretende que eu comente? Já leu os posts da série «Jesus, Judeu e Circuncidado», para perceber que a perseguição aos judeus não é só de hoje?

      Se são perseguidos, como quer que se vão «integrar-se» e casar fora da comunidade? Se todos os odeiam, como quer que eles vão com a maior cara de pau sentar-se à mesa do botequim com os não-judeus? Para levarem uma carga de pancada ou pior?

      E se querem casar dentro da comunidade, o que os impede? Nada que outras comunidades não façam; com a agravante de este ser um povo na Diáspora não para fugir à fome, como os portugueses ou os irlandeses, mas para fugir ao genocídio. Nessas condições, é essencial sobreviver como povo, como nação, como identidade, como religião.

      Qualquer povo nas mesmas condições fez o mesmo ao longo da História. A diferença entre, digamos, os judeus e os ciganos, é que estes últimos não andam por aí a ganhar prémios Nobel, por razões que desconheço. Talvez para não agravarem o ódio que as pessoas nutrem pelos povos errantes, expulsos da sua Pátria, a viverem por favor em terra alheia e a serem perseguidos por meio mundo.

      Por isso mesmo os judeus restauraram a sua independência, para poderem viver na sua terra sem chatear ninguém. Mas pelos vistos, nem aí podem estar, têm que dar a sua Pátria quadrimilenar aos egípcios e aos jordanos.

      Então, se não podem estar em Israel e não podem estar fora de Israel, responda-me o caro Digo para onde hão-de eles ir? Suicídio colectivo? Câmaras de gás outra vez? Cidades submarinas? Antárctida?

      Aposto consigo que se eles se matassem todos, haveria gente a reclamar contra os custos de enterrar aquela gente toda. Ou contra a poluição, caso os cremassem. Ora pense, pense bem no escrutínio que este povo tem estado sujeito, e a ginástica que tem feito para ter sobrevivido ao longo de mais de quatro milénios.

      Israel Bloom

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    2. Há-de ler também a parte em que Eça descreve os fanáticos a gritarem contra os «cães infiéis» à porta das mesquitas do Cairo... e a serem presos pela Polícia. Hoje estão no poder, veja só o retrocesso civilizacional, desde há 100 anos.

      Acerca das suas mensagens subsequentes, não publico propaganda nazi e racista, tenha paciência. Infelizmente,a despeito da inteligência e cultura que V. possa ter, sofre da doença mental do anti-semitismo.

      A única cura que conheço para essa doença é o esclarecimento. Infelizmente, você só aqui vem para deixar propaganda, e sobrevoa o que o pode instruir. Que é o que fazem por sistema os anti-semitas: evitam o que lhe possa desfazer o ódio aos judeus e consomem apenas a propaganda que lho inflame.

      Que Deus o abençoe abundantemente, caso seja crente.

      Israel Bloom

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  5. P.S. - Leia o livro todo, para perceber melhor o contexto e o estilo de narrativa de Eça de Queirós. Verá como ele descreve os ingleses, os alemães, os árabes. E verá que esta descrição dos judeus é carinhosa, por comparação.

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  6. Em suma, se não há povo judeu nem raça judaica (logo, não pode haver nenhum território de origem), se a esmagadora maioria dos judeus são ateus, afinal o que são os judeus?

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    1. Há nação judaica, e tem mais de 4 mil anos de existência ininterrupta como tal, e de permanência em Israel, também ininterrupta. Há Estado Judaico, múltiplas vezes invadido, mas hoje graças a Deus independente de novo até ao fim dos tempos. Há uma História Judaica de mais de 4 mil anos - assim vocês a quisessem conhecer, em vez de acreditarem nos homens lagartos espaciais, na negação do Holocausto, nos Protocolos dos Sábios do Sião, etc.... «Raça» não é biologicamente correcto e cheira a nazismo, mas há etnia judaica, e os estudos de ADN desmentem cabalmente as teorias esquizofrénicas de Davd Icke & C.a de que os judeus são russos convertidos, etc.. Há uma religião judaica, mas o Estado Hebraico não é confessional, como os Estados Islâmicos, onde para se estar na Política a um certo nível, ou ocupar cargos públicos, tem que se ser muçulmano. Em Israel, como em Portugal, no Canadá, na Rússia, a religião é uma questão pessoal. A ligação da religião ao Estado, em Israel, é histórica, como ocorre em democracias como a Índia ou o Japão, onde a História dos países se confunde coma História do Bramanismo e do Xintoísmo, respectivamente, sem que isso signifique que outras confissões religiosas ou etnias sejam discriminadas. Mesmo Portugal, que é um país fundado sob a égide do Catolicismo e da Cruzada do Ocidente, é tradicionalmente católico, mas não discrimina ninguém. Eu, por exemplo, não sou católico, e gozo de plenos direitos em Portugal :-) O Jorge Sampaio era ateu e etnicamente judeu e foi P.R. sem problema algum. O primeiro «ministro das finanças», de D. Afonso Henriques, era judeu, sabia? Eles são de um modo geral inteligentes e trabalhadores, coitados, não têm culpa de que Deus os tenha feito assim.

      Israel Bloom

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