"Quando grupos comunistas iam às residências para recolher os livros sagrados, os rosários, as estatuetas, as imagens e os crucifixos das famílias católicas e saiam das casas carregados de objectos religiosos, havia sempre quem lhes dissesse: "Esperem, esperem um pouco, porque esqueceram uma cruz". Os comunistas perguntavam então: "Onde está? Não a vimos?". Nesse momento toda a família reunida frente a eles fazia o sinal da cruz, dizendo-lhes: "Eis aqui a cruz que jamais nos podereis retirar".
"Não obstante o genocídio radical que sofreram, durante o ano de 1990 cinquenta mil católicos manifestaram-se: ou morrer ou retirar das praças as estátuas de Stalin e Enver Hoxha; ou morrer ou celebrar a Primeira Missa em público após trinta anos. Graças às intervenções internacionais, nada de danoso aconteceu. A Missa foi celebrada num cemitério católico de Shkodra, cemitério profanado e capela incendiada."
- Excertos de carta do padre albanês Simon Jubani, sobre a perseguição aos católicos na Albânia e a profanação dos seus locais e artefactos sagrados.
Para os católicos, poderá ser "apenas um 'ehal'", como para os judeus poderia ser "apenas um sacrário". Em ambos os casos a palavra "apenas" está mais.
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