É tão bom ser pequenino,
Ter pai, ter mãe, ter avós,
E ter esp’rança no destino
E ter quem goste de nós.
Rimsha Masih, de 14 anos, ficou detida numa prisão de segurança máxima
no Paquistão, em Agosto de 2012. A acusação era falsa. Mas, depois de
ameaças de morte, ela e a família tiveram de abandonar o país. - Público
O venerável Imã Kahild Jadoon terá colocado as páginas queimadas do Corão nas mãos da menina
A menina cristã paquistanesa, lembramos, tem um atraso mental. Aproveitando-se disso, um clérigo muçulmano colocou-lhe nas mão umas páginas queimadas do Corão e chamou a vizinhança. Como em certos países a Justiça, além de cega, é estúpida, não há contexto que valha para dirigir a sua aplicação, e se o facto é que blasfémia é crime no Paquistão, ela teria de facto queimado o Corão. E pronto! Há que matá-la!
Entretanto, descobriu-se a tramóia, e é o clérigo que se sujeita a ir desta para melhor. Contudo, o ódio religioso é incompatível com a razão e a justiça. E Rimsha não estava em segurança no seu país. Teve que ir para o Canadá, terra de infiéis, de decadência moral, de odiados Cruzados, terra do Mal - como todo o Ocidente, como todo o mundo livre e democrático. Mas onde a comunidade muçulmana é a que mais cresce. E com ela crescem as ameaças terroristas. Ainda recentemente no Canadá a Polícia desmontou um atentado que estava planeado para fazer explodir linha de comboio, comboio e passageiros, numa acção que os autores pretendiam "espectacular e pensada para causar uma enorme carnificina".
A quem odeia, a verdade não aquece nem arrefece. Ou talvez aqueça - os ânimos. Tomemos como exemplo o caso das Cruzadas, apontadas como um dos motivos mais fortes para a presente guerra santa islâmica contra o Ocidente.Os muçulmanos esquecem convenientemente que as Cruzadas foram uma resposta à guerra santa islâmica. E não uma iniciativa dos cristãos e da Europa. Idem para as recentes expedições anti-terroristas dos Aliados, que os islamistas interpretam como um ataque gratuito e sem motivo contra o "povo muçulmano".
Também neste caso, a populaça vê Rimsha não como a vítima inocente de uma pérfida conspiração, mas como a causadora da desgraça de um clérigo muçulmano.
No Paquistão e nos tempos que correm, é difícil fazer uma actualização constante das acções terroristas islâmicas. Os autocarros que vão pelos ares, os trabalhadores da Organização Mundial de Saúde que são abatidos por vacinarem crianças, os turistas assassinados porque os estrangeiros "são para matar", os casos e os números são tão avultados que acabam por provocar uma dormência do horror e da indignação.
Rana Tanveer contou esta história no Express Tribune, ontem.
Aasia Bibi, acusada de blasfémia em condições altamente suspeitas, está no corredor da morte, no Paquistão:
Aasia Bibi é uma cristã paquistanesa que continua a aguardar a execução, apesar de a acusação de ter sid considerada infundada.
Bibi, de 45 anos, está presa desde 19 de Junho de 2009, quando os seus vizinhos muçulmanos a acusaram de fazer comentários depreciativos sobre o Santo Profeta.O então governador do Punjab, Salmaan Taseer, visitou Bibi na prisão e denunciou a sua condenação como infundada, injusta e improcedente.
Dois meses depois, Taseer e Aasia Bibi tinha esperança numa rápida libertação, quando o governador foi morto por uma rajada de balas disparadas pelo seu próprio guarda-costas.
Dois anos e meio depois, Bibi ainda aguarda uma data para a audiência do seu apelo para ser libertada.
Aslam Pervez Sahotra, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, apelou ao Chefe de Justiça do Paquistão para que o recurso de Bibi seja ouvido o mais cedo possível. Não recebeu resposta.Aslam disse que Aasia Bibi enfrenta ameaças de terrorismo dos outros presos e carcereiros na prisão de Sheikhupura e relatou que ela foi espancada por um funcionário da prisão em Outubro de 2011.
"Para sua segurança, e por causa das muitas lacunas na sua condenação, o recurso deve ser ouvido IMEDIATAMENTE. Estamos esperançosos de que seja absolvida pelo Supremo Tribunal", disse ele.
Isto não pode deixar de nos fazer lembrar os tempos da Inquisição, quando bastava uma acusação para que qualquer cidadão estar metido em problemas. As diferenças são que a Inquisição ficava muito aquém da jihad islâmica, que despacha mais gente num ano que a Inquisição em 350, em tempos de obscurantismo geral...
Agradecemos ao Público ter feito a hiperligação para este post.
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