terça-feira, 18 de junho de 2013

Diga "Justiça" em Neonazês...

A Língua é dinâmica, sabemos hoje, graças aos programas de TV e Rádio sobre Linguística. E como é dinâmica, oferece-nos todos os dias exemplos admiráveis de criatividade. Certas palavras mudam, se aplicadas a judeus ou a não judeus.

Por exemplo: Justiça, para pessoas propriamente ditas, diz-se "Justiça". Se se aplicar a judeus chama-se "Vingança".

Há coisas fantásticas, não há?

Este simpático ancião, por exemplo, "contribuiu intencionalmente para execuções extrajudiciais e torturas cometidas contra judeus” e “espancava regularmente os judeus detidos com as mãos despidas, chicoteava-os sem razão particular, sem atender à condição, sexo, idade ou saúde das pessoas agredidas".


Olhai a imagem. Um simpático avozinho como este senhor Laszlo Csatari, deve lá agora ser incomodado por ter participado entusiasticamente na deportação, tortura e execução sumária de mais de 6 milhões de judeus - e outros igualmente culpados por crimes tais como os de serem negros, ciganos, homossexuais, Testemunhas de Jeová, intelectuais ou políticos!

Um valeroso politólogo anónimo escreve no Público:

Por amor de Deus. Com 98 anos???? Deixem mas é o homem em paz. Em 70 anos nunca o conseguiram apanhar e agora que o homem está com os pés para a cova é que o querem julgar? Isso só prova a incompetência desse Centro de judeus fanáticos que 70 anos depois ainda procuram vingar-se dos poucos indivíduos ainda vivos e na casa dos 90 ou 100 anos, que obedeceram às ordens do regime nazi (também porque na altura se não obedecessem eram presos ou mortos). Se calhar estes judeus fundamentalistas querem é desviar as atenções do que se passa diariamente em Israel com construções de muros e assassinatos de palestinianos. Para quando um Centro Arafat para julgar atrocidades cometidas por israelitas contra palestinianos? Podem começar por julgar o Ariel Sharon que está em coma há 5 anos e não pode fugir 


É por causa destas e de outras é que é de manter viva a memória do Holocausto, onde pereceram pessoas iguais a si que me lê, a mim que vou alinhavando umas prosas modestíssimas a mando da minha consciência, e ao neonazi que assim escreveu. E aos nossos pais. E aos nossos avós. E aos nossos filhos. E aos nossos netos. E aos bebés que nasceram nos vagões a caminho dos campos da  morte, muitos de cesariana feita com canivete e a sangue-frio!

Sobre a pertinência de se lembrar o Holocausto já escrevi aqui.

Sobre as ALDRABICES islamofascistas e neonazis como as que este leitor debita, vou escrevendo todos os dias, até que os dedos me doam, ou que alguém me silencie, que não sou mais que os 6 milhões de pessoas que lá ficaram.

E aqui fica um pequeno documentário de Alfred Hitchcock acerca do Holocausto, que muito boa gente já nega ter existido:


 

2 comentários:

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