O «moderado» que venceu as eleições no Irão defende a «destruição total de Israel». Com moderados assim, nem são precisos radicais para nada.
O Irão elegeu mais um supremacista islâmico, depois de outros candidatos terem sido eliminados pelas autoridades político-religiosas. Num país que é tudo menos laico e democrático (é mais aiatolocrático), a Imprensa Ocidental vai cobrir o acontecimento e faz coro apelidando o "eleito" de moderado. Fabuloso!
A autoridade máxima do país apareceu-nos hoje na TV reagindo à constatação óbvia dos norte-americanos, de que as eleições não são democráticas, mandando os Estados Unidos «para o Inferno». Imaginemos uma autoridade religiosa outra, por exemplo o Papa, ou o Arcebispo de Cantuária, a mandarem pessoas ou países para o Inferno. Seria o bom e o bonito...
Na véspera, o Ayatollah Ali Khamein tinha publicado na sua páguina do Facebook este cartoon:
A primeira constatação interessante é que o valente guerreiro do Islão usa o Facebook, essa ferramenta tecnológica diabólica (tanto mais que foi criada por um jovem que consegue reunir em si três pecados mortais: é judeu, norte-americano e apoia Israel).
A segunda constatação é que a criatividade anda por baixo. Defende o cartoon que as eleições americanas são controlados pelo "regime sionista". Então mas não é o planeta Terra inteiro a ser controlado pelos sionistas-judeus- lagartos espaciais?
Diz o JTA de 15 de Junho:
"O presidente dos EUA é eleito apenas por dois partidos, enquanto regime sionista controla tudo nos bastidores", disse um cartoon publicado nesta quinta-feira na página Facebook em Inglês do aiatolá Ali Khameini, o líder supremo do país.
O cartoon mostra o logótipo com a estrela de David, do American Israel Public Affairs Committee, sobre uma seta apontando para três oligarcas gordos com sacos de dinheiro como cabeças, pairando sobre uma linha de eleitores.
Presidentes iranianos, por outro lado, diz o cartoon, são eleitos por "pessoas comuns", e alguns não são filiados em partidos. Em outro gráfico, uma seta sobe a partir de uma linha de eleitores para um único candidato presidencial.
A página mostra também Khameini na votação de sexta-feira, e cita-o dizendo "Para o inferno com o reconhecimento" dos Estados Unidos ...
Por estranho que pareça, no Mundo Ocidental, há quem acredite neste tipo de propaganda. Sem se perguntar, por exemplo, como, a ser assim, Barack Hussein Obama foi eleito e reeleito, sendo que dos candidatos presidenciais foi sempre o que Israel menos gostava que fosse eleito.
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