domingo, 15 de abril de 2018

Aliados arrasam centro de produção de armas químicas na Síria


Imagens do ataque (acima). O artigo abaixo é uma tradução do artigo do Times of Israel. Para que conste, não há da parte deste vosso modesto tradutor qualquer sentimento de alegria ou triunfo em relação a este ataque. Há alívio por não ter havido baixas de nenhuma das partes e esperança de que Assad não volte a usar armas químicas sobre inocentes. E há cepticismo: se Assad sair (lembramos que esta situação foi despoletada por Obama, que apoiou, financiou e armou a al-Qaeda contra Assad) o povo sírio, ficará melhor? Não cremos.
Preocupante também, na nossa óptica, é que os Estados Unidos, a França e o Reino Unido ficam longe da Síria, e Israel tem fronteira com esse país, que está cheio de terrorista do Hezzbollah e de soldados do regime terrorista iraniano. E agora a Rússia tem mais pretextos para intensificar o armamento da Síria.
ACTUALIZAÇÃO: Houve mais ataques e morreram soldados iranianos.

Fotos de satélite mostram alvo sírio totalmente arrasado após os ataques liderados pelos EUA
Empresa israelita diz que a análise de imagens revela os três edifícios principais do centro de pesquisa de Barzeh, perto de Damasco, completamente destruídos pela campanha de bombardeamento ocidental.

Uma imagem de satélite mostra os três edifícios do centro de pesquisa de Barzeh, perto de Damasco, na Síria, supostamente usados ​​para desenvolver armas químicas, em 2013 (esquerda) e destruídos após o ataque dos EUA, Grã-Bretanha e França em 14 de Abril de 2018. (ImageSat International )

Imagens de satélite distribuídas no final deste sábado por uma empresa israelita de imagens revelaram a destruição de uma instalação de pesquisa síria alvejada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França no fim de semana.

Os mísseis aliados atacaram o coração de um arsenal de armas químicas da Síria, numa demonstração de força, e resolveram punir o governo de Assad por um suspeito ataque de gás venenoso contra civis.


200 sírios mortos em ataque químico; EUA furiosos com relatos "horripilantes"



Os alvos incluíram o local de pesquisa e desenvolvimento de armas químicas em Barzeh, na área de Damasco, que os EUA afirmam ter sido o centro de pesquisa, desenvolvimento, produção e testes de tecnologia de guerra química e biológica na Síria.
Fotos analisadas pela ImageSat International mostram três prédios no coração da instalação completamente destruídos.


Uma imagem de satélite mostra a instalação de pesquisa de Barzeh, perto de Damasco, na Síria, supostamente usada para desenvolver armas químicas, com os três edifícios destruídos após um ataque dos EUA, Grã-Bretanha e França em 14 de Abril de 2018. (ImageSat International)


A empresa israelita disse que as estruturas são os três "principais edifícios" do local, baseados em análises de informações.
Antes de uma reunião do Pentágono no sábado, autoridades disseram que bombardeiros estratégicos B-1B da Força Aérea Americana lançaram mísseis JASSM pela primeira vez em combate, evitando as defesas aéreas sírias. No total, a Marinha lançou pouco mais de 100 mísseis de cruzeiro Tomahawk a partir de destróieres no Mar Mediterrâneo.
"Um ataque perfeitamente executado", twittou o presidente dos EUA, Donald Trump, no sábado, após a sua segunda decisão em dois anos de disparar mísseis contra a Síria. “Não poderia ter tido um resultado melhor. Missão cumprida!".
Em entrevista colectiva no Pentágono, ao lado do Secretário de Defesa Jim Mattis e com oficiais militares britânicos e franceses ao  seu lado, para enfatizar a união aliada, o general Joseph Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto, disse que os ataques visavam principalmente três alvos no oeste da Síria.
Dunford disse que os mísseis atingiram a instalação de pesquisa de Barzeh. O segundo alvo era uma instalação de armazenamento de armas químicas a oeste de Homs. Ele disse que se acredita que este seja o principal local de produção de sarin e afins da Síria.
O terceiro alvo era uma instalação de armazenamento de equipamentos de armas químicas e um importante posto de comando, também a oeste de Homs, disse Dunford.
O ataque visou dissuadir o possível uso futuro de tais armas, embora o Pentágono tenha admitido no sábado que o regime sírio mantém a capacidade de armas químicas após a campanha liderada pelos EUA. 
Os principais aliados da Síria, Rússia e Irão, consideraram o uso da força pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França como um "crime militar" e um "acto de agressão", com o potencial de piorar a crise humanitária após anos de guerra civil.
"As boas almas não serão humilhadas", twittou o presidente sírio, Bashar Assad, enquanto centenas de sírios se reuniram em Damasco, a capital, onde exibiram sinais de vitória e acenaram bandeiras em cenas de desafio após o bombardeio de uma hora lançado na noite de sexta-feira).


O céu de Damasco iluminado por mísseis, quando os EUA lançaram o ataque contra a Síria visando diferentes partes da capital, no sábado, 14 de Abril de 2018 (AP Photo / Hassan Ammar)

Um grupo global de vigilância de guerra química disse que a sua missão de investigação seguiria como planeado em Douma, onde o aparente uso de gás venenoso contra civis em 7 de Abril, que matou mais de 40 pessoas e forçou os aliados ocidentais a atacar. A Síria negou a acusação.
Mas o Ministro dos Negócios Estrangeiros da França disse que "não há dúvida" de que o governo de Assad foi responsável e ameaçou atacar novamente as armas químicas, como fez o secretário da Defesa dos EUA, Jim Mattis, que disse que o ataque foi um "um tiro isolado", contanto que armas químicas não sejam usadas novamente.
Autoridades do Pentágono disseram que os ataques, realizados por aeronaves tripuladas e navios que lançaram mísseis de cruzeiro no Mar Mediterrâneo, visaram o coração dos programas de Assad para desenvolver e produzir armas químicas.
As Forças Armadas da Rússia disseram que unidades de defesa aérea síria derrubaram 71 dos 103 mísseis de cruzeiro disparados pelos aliados. 

 Apoiantees do presidente sírio, Bashar al-Assad, protestam contra o ataque da coligação liderada pelos EUA na Síria, em 14 de Abril de 2018, em Los Angeles, Califórnia. (David McNew / Getty Images / AFP)

Mattis disse que não há relatos de baixas, no que ele descreveu como um ataque pesado, mas cuidadosamente limitado. 
Trump disse que os EUA estão preparados para sustentar as pressões económicas, diplomáticas e militares sobre Assad até que ele termine o que Trump chamou um padrão criminoso de matar o seu próprio povo com armas químicas internacionalmente proibidas. Isso não significa que os ataques militares continuem. De facto, Dunford disse que nenhum ataque adicional estava planeado.


Míssil Tomahawk atinge o alvo, no sábado, 14 de Abril de 2018, como parte da resposta militar ao uso de armas químicas pela Síria (tenente Matthew Daniels / US Navy via AP)

O líder russo Vladimir Putin reafirmou o cepticismo do Kremlin sobre a alegação dos Aliados, dizendo que os especialistas militares russos não encontraram nenhum vestígio do ataque. Ele criticou os EUA e seus aliados por lançarem o ataque sem esperarem que inspectores internacionais visitassem a área.
Mas a primeira-ministra britânica, Theresa May, citou relatos de que o governo sírio usou grandes contentores cheios de combustível, explosivos e pedaços de metal - para lançar os produtos químicos. "Nenhum outro grupo" poderia ter realizado esse ataque, disse ela, acrescentando que o uso da força pelos aliados era "correcto e legal".
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a resposta do Ocidente foi "necessária e apropriada". 
Mattis revelou que os EUA ainda não confirmaram que o ataque a Douma - o mais recente ataque suspeito de armas químicas na Síria, em 7 de Abril - incluiu o uso de gás sarin. Ele disse que pelo menos um produto químico foi usado - o cloro, que também tem uso industrial legítimo e não provocou antes uma resposta militar dos EUA.
Ele disse que os alvos foram seleccionados pelos oficiais norte-americanos, britânicos e franceses para minimizar as baixas civis.


Um soldado sírio filma os danos do Centro de Pesquisa Científica Síria que foi atacado pelos EUA, Inglaterra e França para punir o presidente Bashar Assad por suspeita de ataque químico contra civis, em Barzeh, perto de Damasco, Síria, sábado, 14 de Abril de 2018 ( AP Photo / Hassan Ammar)
 

"Isto é difícil de fazer numa situação como esta", disse ele, tendo em conta a volatilidade dos agentes químicos.
A líder britânica May disse em Londres que o Ocidente tentou "todos os meios possíveis" para impedir que Assad usasse armas químicas. "Mas os nossos esforços foram repetidamente frustrados" pela Síria e pela Rússia, disse ela.

"Portanto, não há alternativa viável ao uso da força para impedir o uso de armas químicas pelo regime sírio", disse May. “Isto não é intervir numa guerra civil. Não é operar uma mudança de regime”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou em comunicado que o alvo do ataque era o "arsenal químico clandestino" do governo sírio. 
O governo sírio negou repetidamente qualquer uso de armas proibidas.


 Esta imagem fornecida pelo Departamento de Defesa foi apresentada como parte de um slide informativo no briefing do Pentágono no sábado, 14 de Abril de 2018, e mostra uma foto de uma avaliação preliminar de danos do Bunker de Armas Químicas Him Shinshar na Síria, que foi atingida por mísseis da coligação liderada pelos EUA, em resposta ao uso de armas químicas pela Síria em 7 de Abril. (Departamento de Defesa via AP)

3 comentários:

  1. Trump parece não ter interesse em derrubar Assad mas apenas parar o uso de armas químicas o que eu espero ser verdade já que em sua campanha Trump prometeu não repetir os erros de seus antecessores. Eu sinceramente tenho minhas dúvidas se Assad realmente usou armas químicas pois além dele estar ganhando e uma coisa dessas poderia virar o jogo, os rebeldes já usaram armas químicas no passado pra acusar o Assad, o blog até já falou sobre isso. O fato é que um dos motivos do Assad não ter caído é porque uma boa parcela da população o apoia como pudemos ver após essa intervenção aliada, claro que a Rússia também contribuiu mas o apoio da população é indispensável. Lembramos com tudo que o Assad não é um santo e os rebeldes também não, eu não concordo com a ideologia do Assad mas acho que ele é a melhor opção pros cristãos porque no Egito de Morsi nos vimos o que um governo democraticamente eleito por muçulmanos faz. Agora se Israel ocupasse a Síria como fez com o Libano ou os americanos ocupassem permanentemente lá pra garantir liberdade religiosa... Entretanto mesmo que o regime de Saddam Hussein no Iraque fosse secular e os cristãos gozassem de uma pequena proteção quando ele caiu seus homens viraram terroristas como os do Isis, meu medo é que a queda de Assad faça a pequena minoria alaluita se tornar uma milícia que persiga cristãos e outras minorias que o Assad atualmente protege.

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    1. É verdade, amigo. A intervenção ocidental nesses países não tem resolvido nada. São sociedades bárbaras, apenas governáveis pela força. Exportar democracia para lá é utópico. Tem como efeito provocar a união islâmica contra o Ocidente e levar ao poder gente do mesmo calibre que os que foram depostos. Eles não toleram que os infiéis se metam nos assuntos islâmicos. O melhor que podemos fazer, na minha opinião, é o que Israel e pessoas como o Walid Shoebat fazem (tratar os feridos, curar os doentes, resgatar minorias perseguidas, trazendo-as secretamente para países seguros).

      Abraço,

      OdF

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    2. Israel deveria fazer uma ocupação perpétua nesses países, estariam no seu direito já que Deus fez uma promessa a eles. Mas Cristo quando voltar e ser aceito pelos judeus governara o mundo todo então podemos ficar tranquilos mas eu acho que o ocidente não deve interferir no mundo islâmico apenas se o ocidente estiver ameaçado pois esses imigrantes estão islamizando o ocidente fora que é hipocrisia atacar os aliados do Irã mas ser parceiro de Arábia Saudita e demais monarquias do golfo, Turquia e até do Sudão agora que financiam a islamização mundial e cometem violações de direitos humanos, o ocidente deveria apenas equipar Israel com armamento forte e depois ignorar essas ditaduras e é claro dar um jeito no avanço do islamismo por aqui que está aliado com o tão terrível quanto, socialismo sob a forma do marxismo cultural que está corrompendo a sociedade.... Mas o final dos tempos está chegando.

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