Egipto continua a ferro e fogo
Horripilante e triste notícia do Público. O Egipto de Mubarak não era pêra doce, e o regime nunca deu sinais de se preocupar com a pobreza extrema em que vivia grande parte da população. Mas o Governo que saiu das esperançosas movimentações da Primavera Árabe, afecto à Irmandade Muçulmana não está a conseguir melhor. A começar pela indiferença relativamente a acontecimentos como este.
Neste momento o Egipto é palco de batalha campal entre os partidários da Sharia, a lei religiosa islâmica, e os resistentes que apearam Mubarak sonhando com uma abertura à democracia. A situação polarizou-se e radicalizou-se. O Presidente Morsi condena os actos de violência, mas aparentemente nada faz para os deter. Nas ruas, grupos de vigilantes e polícias religiosos ad hoc atacam minorias religiosas e partidários da democracia. Não se vislumbra, para já, um desenlace pacífico. A comunidade cristã copta tem sido apanhada no meio da tempestade, com resultados desastrosos.
No seu blog, Walter Russell Mead relata uma cena especialmente violenta, ocorrida no Cairo, onde radicais muçulmanos atacaram com pedras e cocktails Molotov uma cerimónia fúnebre pelas vítimas de confrontos religiosos. Os cristãos coptas, mulheres e crianças incluídos, refugiaram-se na Catedral de S. Marcos, sede do Papado Copta. A "ajuda" da polícia foi disparar gás lacrimogéneo para a catedral.
Morsi condenou estes ataques «como se fossem contra si mesmo», mas aparentemente não tem meios para manter a ordem pública. A Polícia continua em greve, e o Presidente tem muitos outros assuntos com que se preocupar. No Egipto faltam bens essenciais, e as posições radicalizam-se. O Governo parece não ter controlo na situação, cada vez mais grave.
Na imagem: manifestante pró-democracia em confrontos com a polícia a 25 de Janeiro deste ano, na Praça Tahrir, no Cairo.
POST-SCRIPTUM: Chamando a atenção para que as imagens são extremamente chocantes, insiro um vídeo que ilustra o que as palavras só por si tornam menos pungente, para que se entenda que estamos a falar de coisas graves, que acontecem a gente como nós:
Morsi é uma besta... besta com todas as letras. Pretende exterminar a população que é a única herdeira do Egipto: os coptas. Ele e a sua quadrilha são descendentes de brutais invasores do Egipto. A sua boca suja de ódio muçulmano incita a inoculação de mais ódio contra os judeus mesmo nas crianças.
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