Agora que Mubarak provavelmente vai ser libertado, vem a propósito esta revelação, que dá razão ao velho adágio. O Exército quis evitar males maiores e provocou um mal pior:
O Exército Egípcio Falsificou as Eleições - titula o Israel Nation News
O ex-ministro Yossi Beilin revelou numa coluna publicada no diário Israel Hayom no domingo que o exército egípcio manipulou os resultados das eleições presidenciais do ano passado, em que islamista Mohammed Mursi foi declarado vencedor.
"Um oficial egípcio disse-me pessoalmente que o Exército falsificou as eleições presidenciais em Junho de 2012, temendo tumultos generalizados se o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, perdesse a corrida", escreveu Beilin.
A fonte, que pediu para permanecer anónima, disse a Beilin que o último primeiro-ministro do ex-presidente Hosni Mubarak, Ahmed Shafiq, venceu a corrida "por uma margem estreita. Mas os generais do exército - que desejavam para garantir que a lei e a ordem seriam mantida após as eleições - temiam que, se Morsi fosse derrotado, a Irmandade Muçulmana se recusaria a reconhecer os resultados e acabaria por conduzir-se como agora. "
"Os resultados oficiais, 51,73% para Morsi e 48,27% para Shafiq, são quase a inversão exacta do que realmente aconteceu nas urnas", escreveu Beilin. (...)
Veremos se o soneto não vai ainda piorar...
P.S. - Entretanto, e sem surpresas, o moderado aiatola Khameini, líder da república islamista do Irão, também já encontrou culpados para a situação no Egipto: os Judeus, é claro! Segundo ele, a amizade de Mubarak com Israel e os Estados Unidos é que levou à revolta popular e agora a culpa dos desacatos da Irmandade Muçulmana é de Israel. Faz lembrar as análises do P.C.P. a todas as eleições portuguesas...
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