quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Os jornalistas e Israel - Conclusão

Concluímos com este post a tradução de artigo de Matti Friedman. Jornalista e escritor profissional, ele consegue explicar de forma eloquente o que aqui afirmamos e documentamos há quase três anos:  
Israel, ainda que pequenino e odiado, é um oásis de democracia e a guarda avançada do Mundo Livre no seio do Mundo Islâmico. Mundo Islâmico que se lança mais uma vez ao assalto não só de Israel, mas de todo o Mundo Livre.

O Islão não é o que os jornalistas do Al-Público ou da Al-BBC lhe dizem; é uma ideologia que visa e sempre visou o domínio global, por todos os meios. Vê-mo-lo diariamente, por muito que a Imprensa diga que cada um das centenas de milhar de mártires do Islão são "um caso isolado, uma vítima de loucos que não compreendem que o Islão é Paz".

Se não ler mais nada neste blogue, leia este artigo!
"Muitos no Ocidente preferem claramente o velho conforto de analisar as falhas morais dos judeus, e o sentimento familiar de superioridade que isso lhes traz, a confrontarem uma realidade infeliz e confusa. Esses, podem convencer-se de que o que se passa no Médio Oriente é "problema dos judeus", ou mesmo "culpa dos judeus". Mas os jornalistas envolvem-se nessas fantasias às custas da sua credibilidade e da da sua profissão."


A Imprensa Ocidental inverte os factos quando o tema é Islão e Médio Oriente. Na nossa barra lateral, sob o título O TERRORISMO GLOBAL, temos uma lista de sites dedicados a desmontar as mentiras dos jornaleiros.
Guia de um "insider" para a história mais importante da Terra
Um ex-correspondente da AP explica como e porquê os repórteres entendem Israel tão mal, e porque é que isso é tão importante.
Por Matti Friedman
26 de Agosto de 2014
Que importa se o Mundo é mal informado sobre Israel?

Porque há uma grande distância entre o que as coisas são e a forma como são descritas, as opiniões estão erradas e as políticas estão erradas, e os observadores são regularmente surpreendidos pelos acontecimentos.
Tudo isto já aconteceu antes. Nos anos que levaram à queda do comunismo soviético, em 1991, como o especialista em Rússia Leon Aron escreveu num ensaio de 2011 sobre Política Externa, "praticamente nenhum perito, nenhum erudito, diplomata ou político Ocidental previu o colapso iminente da União Soviética."
O império estava podre há anos e os sinais estavam lá, mas as pessoas que deveriam vê-los e denunciá-los falharam, e quando a superpotência implodiu toda gente ficou surpreendida.
Mulher israelita atingida por um míssil: os israelitas atacados e assassinados pelos terroristas islâmicos não têm espaço na Imprensa. Quando Israel combate os terroristas, a Imprensa condena Israel.

E houve a guerra civil espanhola: "Bem cedo na minha vida eu tinha notado que nenhum evento é sempre correctamente relatado nos jornais, mas em Espanha, pela primeira vez, eu vi reportagens de jornais que não apresentavam qualquer relação com os factos, nem mesmo a relação de uma mentira comum. Eu vi, na verdade, a história sendo escrita, não em termos do que tinha acontecido, mas do que deveria ter acontecido de acordo com várias "linhas do partido. '" Isto foi George Orwell que escreveu em 1942.
Um colete "PRESS" e explosões em fundo, ou a credibilidade instantânea - Quando Israel responde à guerra ininterrupta que os terroristas lhe movem, o Mundo acorda e manda para lá jornalistas. Com instruções para mostrarem a resposta de Israel, ignorarem o que lhe dá origem, e esconderem que Israel tem razão, que nenhum outro país aguenta o que Israel aguenta e nenhum reage tão moderadamente - a ponto de ser condenado pela sua ética!
Orwell não embarcou num avião na Catalunha, não falou ao lado de um canhão Republicano, e não foi filmado enquanto repetia o que toda a gente dizia ou escrevia, e que qualquer idiota poderia ver: armamento, escombros, corpos. 
Ele olhou para além das fantasias ideológicas dos seus pares e sabia que o que era importante não era necessariamente visível. Ele entendia que a guerra em Espanha não era de todo uma questão sobre Espanha, mas sim um confronto de dois sistemas totalitários, alemão e russo. Ele sabia que estava a testemunhar uma ameaça à civilização europeia, ele escreveu-o, e ele estava certo.
Entender o que aconteceu em Gaza neste verão significa compreender o Hezbollah no Líbano, o aumento dos jihadistas sunitas na Síria e no Iraque, e os longos tentáculos do Irão. Exige descobrir porque é que países como Egipto e Arábia Saudita agora se posicionam mais perto de Israel do que do Hamas. 
Acima de tudo, obriga-nos a entender o que está claro para quase todos no Médio Oriente: A força ascendente na nossa parte do mundo não é a  democracia ou a modernidade. É, antes, uma estirpe poderosa do Islão que assume formas diferentes e por vezes conflitantes, e que está disposta a empregar violência extrema numa missão para unir a região sob seu controle e confrontar o Ocidente. Aqueles que compreendam este facto serão capazes de olhar em volta e ligar os pontos.

 
5 polícias israelitas atropelados por um terrorista em Jerusalém. O pão nosso de cada dia. A Imprensa ignora ou distorce: se o terrorista for abatido, a Imprensa relata que os polícias mataram um "palestino".

Israel não é uma ideia, um símbolo do bem ou do mal, ou um teste às opiniões liberais em jantares de sociedade. É um
pequeno país na parte mais assustadora do Mundo - que está cada vez mais assustadora.
O que se passa em Israel deve ser reportado criticamente, como acontece em qualquer outro lugar, e compreendido em contexto e proporção adequados. Israel não é uma das histórias mais importantes do mundo, nem sequer do Médio Oriente; seja qual for o desfecho dos eventos que decorram nesta região na próxima década, eles terão tanto a ver com Israel como a Segunda Guerra Mundial teve a ver com a Espanha.
Israel é um pontinho no mapa - um evento menor no contexto de tudo o que se passa na região. Acontece que transporta consigo uma carga emocional incomum.
Muitos no Ocidente preferem claramente o velho conforto de analisar as falhas morais dos judeus, e o sentimento familiar de superioridade que isso lhes traz, a confrontarem uma realidade infeliz e confusa.
Eles podem convencer-se de que o que se passa no Médio Oriente é "problema dos judeus", ou mesmo "culpa dos judeus". Mas os jornalistas envolvem-se nessas fantasias às custas da sua credibilidade e da da sua profissão. E, como nos dizia Orwell, o Mundo cultiva fantasias por sua sua conta e risco.

 FIM

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