Que o Ocidente não esteve bem no processo conhecido como Primavera Árabe de 2010, todos sabemos. Mas daí à propaganda agora veiculada pelos media, de que "a culpa é nossa", e que "por isso agora temos que aceitar todos os milhões de pessoas que queiram vir para a Europa", vai uma certa distância.
Milhões de cidadãos árabes e muçulmanos que tomaram as ruas, desejosos de democracia e liberdade, desejosos de uma sociedade laica, desejosos de uma vida digna, desejosos de pão e de educação, não são "culpa nossa".
No Egipto, os mesmos milhões que depuseram Mubarak, depuseram Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana. Não são autómatos controláveis à distância "por nós".
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