Aconselhamos uma visita ao facebook de Israel em Portugal, onde recolhemos este poema:
Em terra de Lusitanos
E do líder Viriathus
Resistiam aos Romanos
Emboscados em escarpados
Chamaram-lhe a Lusitânia
Os Romanos do império
A península era a Hispânia
Por vontade e Desidério
Os hebreus já cá viviam
Vindos de Jerusalém
Como Sefarade a viam
Tinham a terra por mãe
Setenta depois de Cristo
Arrasada Jerusalém
Mais cativos de Tito
Para Sefarade vêm
Nesta terra de adoção
Buscando de D’us o favor
Praticando em devoção
A torah, lei do Senhor
Do Gharb chegou Tariq
Derrotando o Rei dos Godos
Caiu toledo e Rodric
Diante do Islão e seus povos
Do Andaluz ao Al Gharb
Os costumes do Islão
Trazidos desde o Magreb
Por Califas. o Alcorão
Cinco séculos cá viveram
Árabe, Judeu e Cristão
Em Alfamas coabitaram
Sem grande consternação
Mesclando, culturas e povos
Seus hábitos, e linguagens
Forçados a Cristãos-novos
Por perseguições e chantagens
No final do século quinze
Sai o édito de expulsão
Aos não católicos se exige
Que abandonem a nação
Queria o rei cair em graça
Por Maria de Aragão
Manuel I, foi desgraça
Para Judeus e pra Nação
Instalou-se a inquisição
Tribunal do santo Ofício
Sua principal intenção
Malévola desde o início
Torturavam e queimavam
Os tais filhos de Abraão
Suas riquezas confiscavam
Quer confessassem ou não
De uma só vez em Lisboa
Pelas bandas do Rossio
Se massacrou gente boa
Num completo desvario
Em mil quinhentos e seis
Na Igreja de S. Domingos
Rezavam p ’la peste os fiéis
Havendo ali cristãos novos
Alguém disse: é um sinal
Jurando ter visto uma luz
Numa imagem em pedestal
Representando Jesus
E o marrano explicou
Não é milagre nenhum
Um raio de luz entrou
É uma coisa tão comum
Herege! Todos gritaram
Este renegou Jesus
E ali mesmo o lincharam
Só por um raio de luz
Saídos daquele lugar
Foi iniciada a chacina
Com sermões a inflamar
Por dois frades de batina
E a barbárie foi tanta
Por três dias se seguiu
Nunca se viu tal matança
Mesmo à beira do Rossio
E também muitas crianças
Foram aos pais retiradas
Pra ilhas noutras andanças
Em S.Tomé desterradas
Tamanhas atrocidades
Foram ali cometidas
Anjos em tenras idades
Pagaram com suas vidas
E foram expulsos os sábios
E os doutores de medicina
Até quem trouxe astrolábios
Não escapava da chacina
Foi assim uma tal sangria
De cérebros nesta nação
Que a ciência regredia
Em total escuridão
Pra onde iam prosperavam
Levavam a bênção consigo
E logo que se instalavam
Porque D’us é Pai amigo
A Holanda os recebeu
E a Alemanha também
Ao Brasil desenvolveu
E aos “States” mar, além
Após vinte e cinco anos
Primeira tragédia em Lisboa
Fica a cidade em escombros
Castigo de Deus se apregoa
Dois Séculos e meio depois
Uma nova destruição
O Mundo se estarreceu
Com tremor e compaixão
Dizia-se: castigo divino
E continuava, a suspeita
O sefardita ladino
Era motivo de espreita
Teria sido castigo?
Talvez, mas p’ la inquisição!
D’ús tem neste povo antigo
Grande amor e afeição
Também Jesus era Hebreu
E Maria a sua mãe
Foi morto p ’lo povo seu
No Gólgota, Jerusalém
Isaías cinquenta e três
Mostra o servo sofredor
Yeshua de uma só vez
Nos resgatou por amor
Portugal deve a Israel
Tudo isto e muito mais
Lá nos nasceu Emmanuel
Yeshua cumpriu os sinais
Disse D’us a Abrão:
Quem te abençoar terá
Motivo pra galardão.
Mas, maldição recairá
Sobre quem amaldiçoar
Os teus filhos ó varão!
Em ti, Eu vou bendizer
Toda a Terra sem exceção
Já no tempo do holocausto
Houve um justo em Sefarade
Salvou este, o povo exausto
Vítima de tanta maldade
As ordens contrariou
Era cônsul em Bordéus
E Salazar decretou
Represálias sobre os seus
Aristides Sousa Mendes
Foi o nome desse justo
Se orgulham os Portugueses
Deste herói do holocausto
Salvação vem dos judeus.
Disse à mulher de Samaria
No poço de Jacó., Jesus
Por volta do meio-dia
Era de si que Ele falava
À mulher samaritana
O Messias ali estava
Terá ela dito Hossana?
Sefarade e Israel
Estão ligados pela história
Antes de haver Portugal
Sefarade era memória
Pedro Eme - 2012
Do mesmo site, aqui vai uma surfada em Israel. Podia ser em Portugal.
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