Um dos melhores episódios de Fawlty Towers (senão mesmo o melhor) chama-se «Alemães» e brinca inteligentemente com o Nazismo e a II Grande Guerra. O inesquecível «Allo, Allo», idem. Herman José tinha uma personagem em O Tal Canal chamada Fabrizius, que era uma paródia ao ditador germânico. Lembro-me de um dos primeiros discos do Herman ter umas frases em Alemão, ao estilo Banda Desenhada a saírem da boca de um pré-Fabrizius, dizendo mais ou menos «You vill buy ziz record if you don't you vill gonna die».
Dei uma vista de olhos na Internet e aí está, em cima.
Não esquecendo os Monty Phyton, com o seu imortal sketch intitulado «Mr. Hilter»:
Acontece que o mundo o HUMOR, e sobretudo do humor inteligente, tem as suas regras próprias, que diferem de todas as outras. Este cartaz de que hoje tivemos conhecimento através da coluna de Esther Mucznik no Público, se pretendeu ter piada, falhou:
Mas se uma má piada pode acontecer a qualquer um, a demora em retirar o infeliz cartaz já é indício de que qualquer coisa vai menos bem. Quanto mais não fosse, o conteúdo do cartaz é insuportavelmente sabujo!
Vivemos um período difícil, e nestes períodos as ideologias totalitárias ganham adeptos. Os tiranos e os tiranetes costumam ser nestas alturas lembrados pelo seu «pulso forte» e conduzidos à condição de «homens providenciais». Esquece-se as malfeitorias e atrocidades que cometeram em nome dos duvidosos benefícios que distribuíram.
O Nazismo, com a sua atraente panóplia de símbolos e cultos, e o seu apelo ao «heroísmo», atrai jovens tão impressionáveis quanto ignorantes e imaturos. Este cartaz é por isso duplamente infeliz, pois para mal já chega quantidade de neonazis que são seduzidos para as fileiras em idade escolar.
Como se não bastasse, atravessamos um período de desalento e medo. É sintomático ter havido apenas um professor a manifestar-se contra o mau-gosto da peça. E não nos admira que ainda venha a ser apodado de «não respeitador da liberdade alheia» - por parte dos admiradores de Hitler e afins, que evocam sempre a liberdade de expressão para promoverem regimes e figuras que as eliminam!
E por falar em indiferença (para não repetir a sabujice e a perversão da liberdade de expressão), é igualmente assombrosa a rápida rendição ao regresso do anterior Primeiro-Ministro como «comentador político». Mas isso a articulista explica melhor que eu. E Eduardo Cintra Torres também.
E de indiferença em indiferença, vai-se acentuando a nossa decadência. Esperamos não ter em breve que implorar pela nossa... sobrevivência.
Vivemos um período difícil, e nestes períodos as ideologias totalitárias ganham adeptos. Os tiranos e os tiranetes costumam ser nestas alturas lembrados pelo seu «pulso forte» e conduzidos à condição de «homens providenciais». Esquece-se as malfeitorias e atrocidades que cometeram em nome dos duvidosos benefícios que distribuíram.
O Nazismo, com a sua atraente panóplia de símbolos e cultos, e o seu apelo ao «heroísmo», atrai jovens tão impressionáveis quanto ignorantes e imaturos. Este cartaz é por isso duplamente infeliz, pois para mal já chega quantidade de neonazis que são seduzidos para as fileiras em idade escolar.
Como se não bastasse, atravessamos um período de desalento e medo. É sintomático ter havido apenas um professor a manifestar-se contra o mau-gosto da peça. E não nos admira que ainda venha a ser apodado de «não respeitador da liberdade alheia» - por parte dos admiradores de Hitler e afins, que evocam sempre a liberdade de expressão para promoverem regimes e figuras que as eliminam!
E por falar em indiferença (para não repetir a sabujice e a perversão da liberdade de expressão), é igualmente assombrosa a rápida rendição ao regresso do anterior Primeiro-Ministro como «comentador político». Mas isso a articulista explica melhor que eu. E Eduardo Cintra Torres também.
E de indiferença em indiferença, vai-se acentuando a nossa decadência. Esperamos não ter em breve que implorar pela nossa... sobrevivência.
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