O Holocausto aconteceu com a cumplicidade indiferente dos políticos, da Imprensa, das elites e de grandes camadas da população. O anti-semitismo que permitiu o Holocausto, não morreu.
Vemo-lo no assalto islamista e nazi às redes sociais, demonizando os judeus, mas vemo-lo também na hostilidade da população ao Estado Judaico, que é o único do Mundo a ser condenado quando se defende dos mesmos terroristas que já enfrentamos na Europa.
Vemo-lo na atitude enfastiada com que o mais pacato dos cidadãos suspira, a cada ano, por esta altura, que "os judeus só sabem é falar do Holocausto". Sim, os judeus lembrarem a tragédia que matou metade do seu povo, é considerado desagradável.
Mas garantimos que se os judeus se calassem e ignorassem o Holocausto (como muitos pretendem) não faltariam acusações de que são uma gente sem coração. Nada do que os judeus fizerem estará, alguma vez, correcto. Os judeus EXISTEM. E para esses, esse é o problema.
Memórias assustadores do Holocausto na Polónia
É bonito ver os judeus nas ruas de Cracóvia novamente, onde muitos morreram? Ou é apenas um passeio por um cemitério gigante?
Muitos judeus sabem o que é ter membros da família que morreram no Holocausto. Como toda a comunidade defende a memória dos seis milhões de vítimas, bem como das centenas de milhar de sobreviventes, as peregrinações aos locais europeus do Holocausto são uma prioridade para o povo judeu de hoje.
A Polónia foi um dos países que mais sofreram durante esse tempo trágico. 3 milhões 300 mil judeus polacos pereceram nas mãos dos nazis, e os não-judeus também sofreram muitas perdas, quando os alemães ocuparam o país.
Cracóvia, uma das maiores e mais antigas cidades da Polónia, tornou-se a capital polaca dos nazis, e abrigava o Gueto de Cracóvia, um dos cinco maiores guetos judeus na Europa. Embora a área só tenha sido construído para 3 mil prisioneiros, tornou-se o lar de cerca de 15 mil indivíduos, quando os nazis tentaram sequestrar toda a população judaica da cidade. Muitas famílias tiveram que se amontoar em apartamentos minúsculos, enquanto muitos outros foram forçados a viver na rua com quase nenhum sustento.
Forçados pelos nazis a mudarem-se para o Gueto de Cracóvia, os judeus transportaram os seus pertences em carroças puxadas por cavalos. (Historyplace.com)
Em 30 de Maio de 1942, os nazis começaram a deportar os moradores do gueto para os campos de extermínio. No ano seguinte o gueto foi completamente "liquefeito" - 11.000 judeus haviam sido enviados para a morte, e outros 8.000 para campos de trabalho. Os restantes 2.000, considerados inaptos para o trabalho, foram enviados para Auschwitz ou abatidos a tiro nas ruas de Cracóvia.
Fora da cidade, os nazis massacravam aldeias judaicas inteiras, como Lask e Vishnev, abatiam as pessoas a tiro ou queimavam-nas vivas dentro dos seus seus templos.
Memoriais desta enorme perda de vidas povoam Cracóvia e outras cidades polacas. Na Praça Zgody - agora chamada de Praça dos Heróis do Gueto - milhares de judeus eram alinhados antes de serem conduzidos em comboios para os campos. Hoje, estátuas de cadeiras erguem-se em silêncio sobre os paralelepípedos, simbolizando aqueles que morreram e o vazio que deixaram para trás.
Este e muitos outros locais na Polónia tornaram-se locais de peregrinação para descendentes de sobreviventes e vítimas. "Saber que estou na mesma terra em que eles viveram, na mesma terra que eles pisaram, é um sentimento avassalador", disse um desses visitantes. "É definitivamente muito emocionante."
"É difícil sentir algum gosto em aqui estar, sem que esteja misturado com uma dor profunda, muito profunda", disse o famoso autor e Professor de Direito de Harvard Alan Dershowitz, cujos familiares viviam em Cracóvia e acabaram mortos. "Quando pensamos na vida judaica próspera que existiu aqui durante mil anos, e quão rapidamente ele terminou, isso faz apreciar o que temos - é também preocupante e prepara-nos para as eventualidades do futuro."
Por: Maya Bornstein / Virtual Jerusalem
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