A demonização da classe trabalhadora permite que os chamados "anti-fascistas" imponham a sua falsa narrativa.
Participei na Marcha Gays Against Sharia, Unite Against Hate (Gays Contra a Sharia, Unidos Contra o Ódio) em Manchester, no dia 11 de Junho. À medida que a multidão se juntava, alguns transeuntes assistiam, numa ponte pedonal, e passeei entre eles para escutar.
Os gritos habituais de "escória nazi" e "escória racista" soaram. É a isto que aqueles que protestam contra o Islão estão habituados, juntamente com invectivas tais como "As vossas filhas hão-de casar com negros!". Então um jovem casal sacudiu a cabeça um lado para o outro e disse: "Olha para eles. Exactamente o que se esperaria que a EDL (Liga de Defesa Inglesa) pareça: LIXO BRANCO!".
E, em poucas palavras, é isto.
Eu já tinha reparado antes nas amplas diferenças entre grupos como a EDL e outros grupos anti-islâmicos, e os chamados "anti-fascistas" que se opõem a eles. Os "anti-fascistas" costumam apresentar-se vestidos de preto, e muitas vezes têm os seus rostos cobertos, mas para mim, a diferença mais notável é que um grupo parece mais classe trabalhadora do que o outro. Diferentes estilos de vestimenta, diferentes tipos de tatuagem, diferentes tipos de penteados.
E é a demonização das classes trabalhadoras que permite que os "anti-fascistas" escapem com a sua narrativa de que é o outro lado que odeia, o outro lado é que são os grosseiros, o outro lado é que são os ignorantes, a escória racista. Ajudado e instigado, é claro, pela Imprensa, e ansiosamente aprovado pelos políticos. Porque tudo ajuda a sustentar a narrativa de que são aqueles que atacam o Islão que são a fonte do problema.
(Manifestantes da Liga de Defesa Inglesa seguram uma bandeira de Israel. Comparem-nos com os meninos burgueses do Black Block e das manifestações anti-semitas e pró-terroristas do Bloco de Esquerda, e vejam onde está a classe trabalhadora).
É fácil para pessoas de classe média, profissionais qualificados, gabarem-se de que têm amigos muçulmanos e de que acham que não há nenhum problema com o Islão. Porque os muçulmanos que conhecem são susceptíveis de ser também profissionais de classe média, educados no Ocidente, possivelmente da elite governante do seu país de origem.
É provável, também, que eles nem sequer sejam muçulmanos praticantes - pessoalmente, nunca aderi ao clube daqueles que afirmam ter "amigos muçulmanos", porque todas as pessoas do meu círculo de amigos de origens muçulmanas são ateias, agnósticas ou Cristãos convertidos.
(Zeinal Abedin Mohamed Bava, famoso executivo português, ex-Presidente da Oi. É licenciado em Engenharia Electrónica e Electrotécnica pela University College London. A sua família é muçulmana sunita originária da Índia Portuguesa. Um exemplo de muçulmanos ou descendentes de muçulmanos com instrução superior, de classe alta, ricos, influentes, cultos, educados, cosmopolitas, com quem a classe trabalhadora não convive, e que nada têm a ver com jihades e sharias).
São as classes trabalhadoras que vivem lado a lado com os problemas que a ideologia islâmica trouxe para as comunidades europeias. São predominantemente as classes trabalhadoras, por exemplo, que vivem há anos, há décadas, com o flagelo do "grooming", o estupro de crianças na maior parte por muçulmanos, os gangues de estupro.
E mesmo assim, a narrativa dominante sobre esses gangues de violadores, é que são apenas meninas de famílias pobres que acabam nas suas garras. Eu digo às pessoas que conheço um homem que é ------ (background profissional excluído por privacidade) cuja filha foi violada. Suspiro! Choque! Não! Como pode ser isso! Isso estraga a história de que a tragédia do estupro de crianças só acontece com aqueles que são deseducados e negligentes, que deixam os seus filhos sem vigilância. Isso permite-nos transferir a culpa dos perpetradores para os pais. Mas isso não é outra coisa senão uma nova versão de que "os pobres só têm o que merecem".
As classes médias também não conseguem entender a exuberante e barulhenta expressão da masculinidade da classe trabalhadora que é vista em tais marchas.
O contabilista médio, o arquitecto ou o antiquário, é improvável que sejam encontrados marchando pelas ruas e entoando energicamente: "VOCÊS PODEM ENFIAR O VOSSO MALDITO ISIS NO RABO!" - se bem que qualquer pessoa que esteja boa da cabeça deva simpatizar com o sentimento.
Na minha opinião, esse cântico é muito mais humorístico e humano do que os gritos de "escória nazi" que lhe contrapõem. Mas, visto em massa, e à distância, é mal interpretado como simplesmente a ponta de um iceberg violento.
A aura de vandalismo associa-se à classe trabalhadora, mas nunca às classes média e alta. Quando eu estava na minha faculdade de Oxbridge, estive uma noite num distinto salão, e um toff , de smoking, atirou uma garrafa de champanhe pelo ar.
(Um 'toff' é, em calão britânico, alguém nascido rico, cuja fortuna o resguarda dos problemas enfrentados pelo resto das pessoas. Acaba geralmente por se dedicar a política).
Ele estava bêbado, e a garrafa quase me atingiu, vindo partir-se aos meus pés. O decano multou-o em £ 15, e tenho certeza de que o episódio não teve mais efeitos sobre a sua vida. Tais histórias são típicas - postas por conta da loucura juvenil, do "ele vai acabar por crescer e portar-se bem". No entanto, qual é a primeira coisa que você sabe sobre Tommy Robinson? Ele era um hooligan de futebol. Ele será um hooligan de futebol para a vida, mas o meu atacante é, sem dúvida, agora, um banqueiro comercial, um advogado ou um CEO, que provavelmente nem se lembra desse incidente.
"Se olharmos para as redes sociais logo após os recentes assassinatos terroristas em Westminster Bridge, ficaremos surpreendidos com tanto ódio dos bem-pensantes, dirigido não ao assassino Khalid Masood e à cultura que o radicalizou, mas sim ao crítico mais conhecido dessa cultura, Tommy Robinson" - Spectator.
Os homens da classe trabalhadora que conheci na marcha eram perfeitamente civis e amigáveis. 'Scuse me, love', ‘alright, love’, ‘how you enjoying your day, love?’'. O tipo de gente que gostamos de ter ao nosso lado quando as coisas ficam feias. Um deles, educadamente, ofereceu-se o seu spliff (NDT: charro/baseado/cigarro de marijuana). (Eu declinei).
Na minha opinião, embora houvesse um grupo misto de pessoas, havia mais homens do que mulheres, e por isso, num relance, a multidão tem um "índice de testosterona" mais alto e, portanto, para um observador casual e descuidado podem parecer mais "agressivos".
Mas a forma como os manifestantes anti-islâmicos são estereotipados como bandidos e "chungas", empresta credibilidade à cobertura dos media, que atribui qualquer violência, qualquer briga, qualquer garrafa atirada, a um lado... Não é necessário sequer declará-lo. Os media sugerem, e o estereótipo faz o resto.
Os meninos-bem ocidentais amam os terroristas islâmicos (acima, os "palestinos"), que por sua vez amam o Nazismo:
"Ô téu pai dévé xér térrórista! Éxé cá umá bombá!"
É claro que essa história de bandidos violentos é algo que desencorajaria a participação de mais mulheres, famílias e pessoas de "classe média de boas maneiras". Um participante chegou a perguntar-me educadamente, se por acaso eu estava na manifestação errada, por engano, e 'você não deveria estar do outro lado?'. 'Não, assegurou-lhe que nós estamos convosco', (nós, duas senhoras da classe média e de meia idade). "Óptimo", foi a resposta, e tivemos um bom bate-papo.
Mas essa suposição de que qualquer pessoa de classe média está automaticamente "do outro lado" também é reforçada pelo ostracismo social imposto às críticas ao Islão. "Oh, perdi a maioria dos meus amigos", disse-me a senhora que conheci na manifestação.
Esta é uma história típica. E, infelizmente, alguns deles são amigos reais, e não apenas amigos do Facebook.
E assim vão as coisas.
A expressão de preocupações sobre o Islão é vista como própria de bandidos racistas e não educados, a visão da classe trabalhadora como indigna, cujas vozes podem ser silenciadas, mesmo por aqueles, como muitos políticos de esquerda, que afirmam representá-la.
Isso "justifica" que a classe trabalhadora não seja ouvida. Supõe-se que esses oiks (NDT: parolos, caipiras) analfabetos não podem ter estudado o Alcorão, não podem ter folheado a biografia lúgubre de Maomé, que não podem estar familiarizados com as leis religiosas e aos tratados islâmicos, não podem saber do que falam.
"As classes trabalhadoras é que causaram o problema".
"As classes trabalhadoras estão a inventar problemas, porque são racistas".
"As classes trabalhadoras nem sequer se queixam efectivamente. Eles marcham, eles cantam canções grosseiras sobre o ISIS. Eles não estão a reclamar de forma suficientemente educada".
Oh, a ironia, que aqueles que afirmam ser de esquerda, não têm mais que desprezo pelas classes trabalhadoras.
No início da marcha, uma espécie de míssil líquido foi atirado contra mim, quebrando-se aos meus pés e salpicando o meu casaco. O meu vizinho marchante foi da opinião de que era uma garrafa de cerveja, mas, pessoalmente, apostaria o meu dinheiro em como era urina.
Ao juntar-me ao grupo anti-islâmico, eu era agora um alvo legítimo para o desprezo anti-fascista.
Aqueles que pensam que qualquer um que é contra o Islão deve ser uma escória desprezível da classe trabalhadora, são os que atiram as garrafas de mijo.
Harriet Taylor
WeNeedtoTalkAboutIslam
Tommy Robinson é um herói da classe trabalhadora:
Portuguesa de Londres teve a palavra cortada na Al-SIC, por dizer a VERDADE:
A lei islâmica já domina, na Grã-Bretanha:
Os muçulmanos não escondem ao que vêm:
A colonização islâmica da Grã-Bretanha é um objectivo do Islão:
Ingleses são espancados nas ruas:
Há muito que o dizemos, mas há quem o diga melhor que nós - Este é o eterno ódio do doutor ao futrica. Os filhos-família a destruírem tudo, por desfastio, nos Maios de 68, e a apedrejarem os filhos do povo, que vestem a farda da Polícia. Os filhos de papá que se reúnem em ruidosas manifestações (um happening, pá, devias ter ido!) para exigir a obliteração de Israel e do Mundo Livre em geral, e dar vivas aos terroristas do Hamas. Ou do Hezzbollah. Ou até do ISIS.
Tudo isto temos mostrado aqui no blogue, não vos maçamos com hiperligações. O auto-ódio chique e a culpa burguesa. O desprezo pelos "ignorantes", que teimam em defender a sua Pátria, a sua família, e são os primeiros a marchar para as guerras, enquanto os chiques ouvem os cabelos crescer e gritam a favor da "PAZ!", com voz fininha...
Revolucionários do Pápi
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