segunda-feira, 13 de julho de 2015

O incêndio da Igreja dos Pães e dos Peixes


Há uns dias apareceu por aqui uma pessoa que pretendia que nós "ocultámos" o incêndio da Igreja dos Pães e dos Peixes, em Israel. E que - pretendia a mesma pessoa - esse incêndio é que é grave, ao contrário da mortandade que o Islão provoca diariamente, e que, segundo a mesma pessoa, não tem importância nenhuma. 

Esclarecemos: Não comentámos o incêndio, porque não podemos comentar tudo. E porque já nos enganámos antes, na ânsia de querermos provar a nossa imparcialidade. Mas houve amigos de Israel que comentaram. Foi o caso do blog Shalom Israel, que condenou energicamente o acto e citou o Ministro da Administração Interna, Gilad Erdan:

"Este é um acto vil e cobarde que veementemente condeno. Não permitiremos que ninguém interrompa a coexistência das diferentes religiões e culturas em Israel. Qualquer acto contra a tolerância religiosa fere o valor mais importante do estado de Israel, e nós temos paciência de nível zero para com actos desta natureza."

Ora acontece que a dita igreja afinal não foi incendiada por israelitas. Podia ter sido. Os israelitas, e os judeus, não são super-homens nem santos. São gente como nós, que também erra. Mas por acaso não foram israelitas nem judeus que incendiaram a igreja. Foram muçulmanos devotos. Ficámos a saber pelo nosso blog amigo Lura do Grilo:

"A Igreja associada ao local da multiplicação do pão e dos peixes foi incendiada por muçulmanos devotos. Sempre a religião da paz ... os jornalistas abandonaram o caso."
Esta notícia, que ressoou nos media globais enquanto se pensava que tinham sido nacionalistas judeus os autores do crime, deixou de interessar. Pelos séculos fora, os responsáveis serão, portanto, sempre, os judeus. 

Mandam as leis e o senso-comum que a verdade seja reposta com o mesmo destaque. Mas já sabemos que há um país e um povo que não gozam dos mesmos direitos que os outros...

A propósito, recomendamos o post da Lura do Grilo sobre os fachas de Gaza e a propaganda anti-semita da RTP, a TV que todos pagamos:

Dos fachas de Gaza

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