As comunidades não muçulmanas nos países muçulmanos, vivem sempre numa situação de privação de direitos - maior ou menor, consoante o rigor na aplicação da sharia. Na República Islâmica do Irão, os judeus não podem sair do país livremente, caso o desejem. O triste resultado é o que hoje vos trazemos, de gente que morre quando tenta "dar o salto". Faz lembrar o Muro de Berlim, no tempo do Comunismo.
Mossad: Os 3 judeus iranianos desaparecidos desde 1990 foram mortos quando fugiam para Israel
O Serviço de Informações israelita acabou com as especulações sobre o destino dos homens que desapareceram quando a sua fuga, organizada por Israel, não resultou.
, 27 de Julho, 2015
Duas décadas de mistério envolvendo o destino de três judeus iranianos que desapareceram em 1997 chegaram ao fim, depois de a Mossad ter confirmado que estes foram mortos pelas autoridades iranianas durante a tentativa de emigrar para Israel.
A Mossad não disse ainda, no entanto, como foram mortos, nem por quem.
Nourollah Rabi-Zade, de Shiraz, e os irmãos Syrous e Ibrahim Ghahremani, de Kermanshah, foram instruídos por agentes israelitas para se aproximarem da fronteira Irão-Paquistão para se encontrarem com um agente de ligação que iria levá-los para fora do país. No entanto, os três homens nunca apareceram no ponto de encontro, e nunca mais foram vistos, informou hoje o diário Yedioth Ahronoth.
O anúncio chega um ano depois de a agência de informações ter anunciado que uma outra tentativa fracassada de emigração orquestrada por Israel e supervisionada por funcionários da Mossad e da Agência Judaica, resultou na morte de oito judeus iranianos em fuga para Israel, em 1994.
À luz das novas informações, um tribunal rabínico israelita disse que as conclusões do Mossad são confiáveis, e determinou que as esposas das vítimas podem casar novamente.Sob a lei judaica, mulheres cujos maridos estão desaparecidos estão impedidas de se casar novamente até que a sua morte seja confirmada. O Rabino chefe sefardita Shlomo Amar proferiu uma decisão semelhante em relação às viúvas dos oito judeus que foram dados como mortos no ano passado.
De acordo com um relatório do Canal 10 no ano passado, os oito homens que desapareceram em 1994 tinham sido informados por contactos israelitas de que se deviam dirigir para o leste, para atravessarem a fronteira paquistanesa em três grupos. No que pareceu ser um caso de identidade equivocada, dois dos grupos foram confundidos com rebeldes anti-governo e mortos por forças iranianas, enquanto o terceiro grupo foi detido pelo governo, disse o relatório. Foram libertados mais tarde e mortos por membros de tribos locais.
Há alguns anos, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu à Mossad para reabrir a investigação sobre o destino dos judeus iranianos desaparecidos. Em Março passado, o gabinete do Primeiro-Ministro confirmou a morte de oito judeus, afirmando que eles "foram capturados durante a fuga e assassinados."
Famílias dos oito judeus iranianos reunidas David Meidan em 20 de Março de 2014. (foto: Courtesy)
O gabinete do Primeiro-Ministro não detalhou quando ou onde os oito foram mortos, ou por
quem, mas disse que a Mossad tinha recebido a informação de uma "fonte
confiável".
Na época, alguns membros da família expressaram indignação perante o Estado, por este não revelar o seu papel no desaparecimento, e por reter informações que poderiam ter libertado as esposas das vítimas dos seus laços de matrimónio.
Yoel Ram, filho de uma das oito vítimas, disse ao Canal 10 que a pressão intensa das famílias tinha levado as autoridades estatais a divulgar as informações sobre as mortes. Yehuda Kassif, um activista que fez campanha em nome das famílias, acusou o estado de planear e dirigir a tentativa de fuga dos homens e, em seguida, "se ter esquivado da responsabilidade quando a fuga teve um desfecho negativo."
Yehuda Kasif, um representante de longa data das famílias das vítimas, disse ao The Times of Israel que a silhueta do homem da última fotografia (ver em cima) dos desaparecidos é de um judeu iraniano que provavelmente foi morto no Irão, num incidente não relacionado com a tentativa de fuga da República Islâmica.
Traduzido de The Times of Israel
Na época, alguns membros da família expressaram indignação perante o Estado, por este não revelar o seu papel no desaparecimento, e por reter informações que poderiam ter libertado as esposas das vítimas dos seus laços de matrimónio.
Yoel Ram, filho de uma das oito vítimas, disse ao Canal 10 que a pressão intensa das famílias tinha levado as autoridades estatais a divulgar as informações sobre as mortes. Yehuda Kassif, um activista que fez campanha em nome das famílias, acusou o estado de planear e dirigir a tentativa de fuga dos homens e, em seguida, "se ter esquivado da responsabilidade quando a fuga teve um desfecho negativo."
Yehuda Kasif, um representante de longa data das famílias das vítimas, disse ao The Times of Israel que a silhueta do homem da última fotografia (ver em cima) dos desaparecidos é de um judeu iraniano que provavelmente foi morto no Irão, num incidente não relacionado com a tentativa de fuga da República Islâmica.
Traduzido de The Times of Israel
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