quarta-feira, 17 de junho de 2015

Um jarro com 3000 anos


Descoberta rara atesta presença judaica em Israel até aos tempos bíblicos do Rei David
Um achado arqueológico raro oferece novas evidências sobre a Era bíblica do Rei David, como registado nas Escrituras e na História judaica antiga na Terra de Israel.

Esta inscrição única, do tempo do Rei David, foi descoberta em Khirbet Qeiyafa, no Vale de Elah,
anunciou terça-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). 
O vale de Elah, localizado perto da cidade moderna de Beit Shemesh, é famoso como o lugar onde os israelitas estavam acampados quando David matou o gigante Golias, guerreiro filisteu.
Um jarro de cerâmica com cerca de 3.000 anos de idade, dividido em numerosos fragmentos, foi descoberto em 2012, em escavações realizadas pelo professor Yosef Garfinkel, do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica de Jerusalém, e pelo conferencista Saar Ganor, ambos directores do Projecto Arqueológico do IAA de Khirbet Qeiyafa. 
Letras escritas no alfabeto cananeu podem ver-se em vários fragmentos, o que provocou a curiosidade dos pesquisadores.
Os trabalhos de restauração intensiva realizados nos laboratórios de artefactos do IAA, durante os quais centenas de fragmentos de cerâmica foram colados para reconstituir o recipiente inteiro, resolveram o enigma - o recipiente tem inscrito o nome Eshba'al Ben Bada.



A peça após o restauro. (Tal Rogovsky)

"Esta é a primeira vez que o nome Eshba'al aparece numa inscrição
antiga  no país", disseram Garfinkel e Ganor. "Eshba'al Ben Shaul, que governava Israel ao mesmo tempo que David [quando o Reino foi dividido], é conhecido da Bíblia. Eshba'al foi assassinado e decapitado, e a sua cabeça foi trazida a David em Hebron, tal como descrito no Livro de Samuel II, capítulos 3-4." 
"É interessante notar que o nome Eshba'al aparece na Bíblia, e agora também no registo arqueológico, somente durante o reinado do Rei David, na primeira metade do século 10 a.C.. Este nome não foi usado mais tarde no período do Primeiro Templo. A correlação entre a tradição bíblica e os achados arqueológicos indica que este era um nome comum usado somente durante esse período. O nome Bada é único e não aparece em inscrições antigas ou na tradição bíblica", acrescentaram os estudiosos.
O facto de que o nome Eshba'al foi gravado num jarro sugere que ele era uma pessoa importante, dizem os especialistas. Ele foi, aparentemente, o proprietário de uma grande propriedade agrícola, e os produtos aí recolhidos eram embalados e transportados em recipientes que levavam o seu nome. Esta é uma evidência clara de estratificação social e da criação de uma classe económica estabelecida, que ocorreu na época da formação do Reino de Judá.
"Em Samuel II houve aparentemente relutância em usar o nome Eshba'al, que era uma reminiscência do deus cananeu de destruição, Baal, e o nome original foi, portanto, alterado para Ish-Boshet, mas o nome original Eshba'al  foi preservado no Livro das Crónicas", disseram Garfinkel e Ganor. "Assim, por exemplo, o nome do senhor da guerra Gideon Ben Joás foi também alterado de Jerrubaal para Jerubesheth."

Uma cidade bíblica completamente revelada

  
Uma vista aérea de Khirbet Qeiyafa. (Universidade Hebraica)

Khirbet Qeiyafa é identificada como a cidade bíblica de Sha'arayim. Durante várias temporadas de escavações dirigidas por Garfinkel e Ganor, uma cidade fortificada, dois portões, um palácio, armazéns, habitações e salas de culto foram expostos.
A cidade data do tempo do Rei David, no final do século XI e início do século X a.C..
Artefactos únicos, até então desconhecidos, foram descobertos no local. Por exemplo, em 2008, a mais antiga inscrição hebraica do mundo foi aí descoberta. Outra inscrição do mesmo período é agora revelada.
Garfinkel e Ganor disseram: "Até há cerca de cinco anos, nós não sabíamos de inscrições que datassem do século X a.C. no antigo Reino de Judá. Nos últimos anos foram descobertas quatro inscrições: duas em Khirbet Qeiyafa, uma em Jerusalém e uma em Beit Shemesh. Isso muda completamente a nossa compreensão da distribuição da escrita no Reino de Judá, e é agora claro que a escrita era muito mais difundida do que se pensava anteriormente. Parece que na organização do Reino era necessário um quadro de funcionários e escribas, e a sua actividade é revelada nestas inscrições ".
       
Via United With Israel

P.S. - Vivemos tempos estranhos, sem dúvida.  Nunca houve tanta informação como hoje, mas ainda assim a desinformação multiplica-se. É com incredulidade que ouvimos às vezes algumas pessoas afirmarem que os Judeus são "um povo sem terra", que "nunca tiveram um país", etc., etc.. Poucos povos no mundo têm tanta legitimidade no direito ao seu território como o Estado Judaico. A sua História está registada, para além das fontes tradicionais, na obra literária mais famosa de todos os Tempos: a Bíblia!

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