sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pimenta no cu dos outros é refresco * (3)




* Provérbio português listado nos dicionários de provérbios. Acalmem-se senhores moralistas. Guardem a vossa indignação para as vítimas do Islão e de outras abominações.

"Senhoras e senhores, vivemos num mundo infestado de tirania e terror, onde gays são pendurados em cadafalsos em Teerão, prisioneiros políticos são executados em Gaza, meninas são raptadas em massa na Nigéria, e centenas de milhares são mortos na Síria, Líbia e Iraque, porém quase metade - quase metade das resoluções do Conselho de Direitos Humanos da ONU - concentram-se num só país: têm-se dirigido contra Israel, a única democracia do Médio Oriente; Israel, onde as questões são debatidas abertamente num Parlamento, onde os Direitos Humanos são protegidos por Tribunais independentes, e onde as minorias vivem numa sociedade genuinamente livre."
Benjamin Netanyahu perante a Assembleia Geral da ONU, 29 de Setembro de 2014


Começámos esta série de posts há umas semanas, na sequência de uma das habituais orgias de ódio antissemita protagonizadas pela célula do PCP, perdão, pela Antena 1. Desta vez as honras estiveram a cargo da apoiante do terrorismo islâmico Marisa Matias e do propagandista, perdão, do jornalista, Luís Ochoa. 

A resposta vai a pouco e pouco, na medida da nossa reduzida disponibilidade (propagandeamos o Bem gratuitamente, eles proapgandeiam o Mal a troco de muito dinheirinho - a Marisa esfola 18 mil e tal euros para assentar as delicadas nádegas no Parlamento Europeu e para andar a passear pelos antros de terrorismo do Médio Oriente e por onde mais ela bem entende. Fora o resto que se adivinha. Mas apostamos que dá tudo ao povo. Pá.).

Pimenta no cu dos outros é refresco * (1)

Pimenta no cu dos outros é refresco * (2) 

No programa que motivou estes posts, assistimos a uma enxurrada de mentiras, a propósito da Operação Protecção-Limite. Batia-se na tecla da comparação de baixas. Uma tecla demagógica, já que o Exército de Israel protege os seus cidadãos, ao passo que os terroristas do Hamas usam os seus como escudos humanos. Mas a esquerda não democrática odeia Israel.

Ao contrário do que manda a ética jornalística, não foi dada a palavra a algum representante de Israel, que pudesse explicar que o seu país não pode ser o único no mundo a ter a obrigação de se deixar massacrar pelos terroristas islâmicos! 

Vamos deixar o Primeiro-Ministro de Israel responder por nós, interpolando alguns comentários e vídeos: 





Discurso do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu perante a Assembleia Geral da ONU, 29 de Setembro de 2014

Obrigado, Sr. Presidente. Distintos delegados, vim de Jerusalém para falar em nome do meu povo, o povo de Israel. Estou aqui para falar sobre os perigos que enfrentamos e sobre as oportunidades que buscamos. Vim aqui para expor as mentiras proferidas nesta mesma tribuna contra o meu pais e contra os corajosos soldados que o defendem.

Senhoras e senhores, o povo de Israel reza pela paz, mas as nossas esperanças e as esperanças do mundo pela paz estão em perigo porque em toda parte para onde olhamos há militantes do Islão a caminho. Não são militantes. Não é Islão. São militantes islâmicos. E tipicamente as suas primeiras vítimas são outros muçulmanos, mas não poupam ninguém: cristãos, judeus, yazidis, curdos. Nenhum credo, nenhuma fé, nenhum grupo étnico está livre deles. E isso está a espalhar-se rapidamente por todo o mundo.

Vocês conhecem o famoso ditado americano, que diz que toda política é local? Para os militantes islâmicos, toda a política é global, porque o seu objectivo supremo é dominar o mundo. Ora, essa ameaça poderá parecer exagerada para alguns, pois começa pequena, como um câncer que ataca uma parte específica do corpo. Mas se não for tratado, o câncer cresce, sofre metástases, e ataca áreas cada vez maiores. Para proteger a paz e segurança do mundo, devemos remover este câncer antes que seja tarde demais.

Na semana passada, muitos dos países aqui representados aplaudiram o Presidente Obama por liderar o esforço para confrontar o Estado Islâmico, e, apesar disso, semanas antes, alguns desses mesmos países, os mesmos países que agora apoiam o combate ao Estado Islâmico, opuseram-se a Israel por combater o Hamas. Obviamente, eles não entendem que o Estado Islâmico e o Hamas são ramos da mesma árvore venenosa.

O Estado Islâmico e o Hamas partilham um credo fanático, que ambos procuram impor muito além do território sob seu controle. Ouçam o auto-declarado califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Isto é o que ele disse há dois meses: “Em breve chegará o dia em que o muçulmano caminhará em toda parte como um chefe. Os muçulmanos farão o mundo ouvir e entender o significado do terrorismo e destruirão o ídolo da democracia".

Agora ouçam Khaled Mashal, o líder do Hamas. Ele proclama uma visão similar do futuro, quando proclama: ”Dizemos isto ao Ocidente - por Alá vocês serão derrotados. Amanhã a nossa nação sentar-se-á no trono do mundo".

Como ficou claro, a meta imediata do Hamas é destruir Israel, mas o Hamas tem um objetivo mais amplo. Também desejam um califado. O Hamas partilha as ambições globais dos seus parceiros militantes islâmicos, e é por isso que os seus apoiantes celebraram ruidosamente nas ruas de Gaza quando milhares de americanos foram assassinados no 11 de Setembro, e é por isso que os seus líderes condenam os Estados Unidos por matarem Osama Bin Laden, que eles louvavam como um guerreiro sagrado.


Bárbaros de Gaza celebram os atentados de 11 de Setembro de 2001:



Portanto, quando se trata das suas maiores metas, o Hamas é o Estado Islâmico e o Estado Islâmico é o Hamas. E aquilo que eles compartilham é o que todos os militantes islâmicos têm em comum. O Boko Haram na Nigéria, a  al-Shabab na Somália, o Hezbollah no Líbano, a al-Nusra na Síria, o exército Mahdi no Iraque, e os ramos da al-Qaida no Iémen, Líbia, Filipinas, Índia e em outros países.

O mundo deplora o ISIS, mas adora o Hamas. PORQUÊ? Entre outras coisas, porque os partidos da esquerda não democrática e a generalidade da Imprensa operam à imagem do PCP; do Bloco de Esquerda, do Al-Público ou da Antena 1 (vulgo Rádio 'Avante!'):



Alguns são radicais sunitas, outros radicais xiitas, alguns desejam restaurar um califado pré-medieval do Século VII, outros querem desencadear o retorno apocalíptico de um imã do Século IX. Eles operam em países diferentes, almejam diferentes vítimas, e até se matam entre eles, na sua batalha pela supremacia. Mas todos partilham uma ideologia fanática. Todos procuram criar enclaves cada vez maiores de militantes onde não haja liberdade nem tolerância., onde as mulheres são tratadas como escravas, onde os cristãos são dizimados e as minorias subjugadas, e onde às vezes têm que optar: convertam-se ou morram. Para eles, qualquer um pode ser considerado um infiel, incluindo outros muçulmanos. 
Os cristãos, curdos e yazidis decapitados, crucificados, enterrados ou queimados vivos, são moeda corrente nas regiões dominadas pelos jihadistas. Mas nem os muçulmanos são poupados, se forem da confissão "errada":



Senhoras e Senhores, a ambição dos militantes islâmicos de dominar o mundo parece louca, mas também assim foi com as ambições globais de outra ideologia fanática que esteve no poder há oito décadas. Os nazis acreditavam numa raça superior. Os militantes islâmicos acreditam numa fé superior.

Eles apenas discordam sobre quem dentre eles será o chefe da fé superior. É nisso que eles discordam. E portanto, a questão é se os militantes islâmicos terão o poder de concretizar as suas ambições desenfreadas. 


«O turbante e a suástica» é um documentário que aconselhamos. Nazis e islamistas sempre se deram muito bem. Hitler continua a ser um herói para os maometanos, como Maomé e o Islão era o único profeta e a única religião que Hitler admirava:





Há um local onde isso poderá acontecer em breve - o estado islâmico do Irão. Durante 35 anos, o Irão tem buscado incansavelmente a missão global que foi criada pelo seu fundador, o Aiatolá Khomeini, nestas palavras: “Exportaremos a nossa revolução ao mundo inteiro, até que o grito “não há deus excepto Alá” ecoe em todo o mundo.” E desde então, os brutais chefes do regime, os guardas revolucionários do Irão, têm feito exactamente isso. Ouçam o seu actual comandante, General Mohammad Ali Jafari. Ele declarou claramente a sua meta. Disse: “O nosso imã não limitou a revolução islâmica a este país, o nosso dever é preparar o caminho para um governo islâmico mundial.”

O presidente do Irão, Rouhani, esteve aqui a semana passada e derramou lágrimas de crocodilo por aquilo que ele chamou globalização do terrorismo. Talvez ele devesse ter-nos poupado aquelas lágrimas falsas e em vez disso deveria ter uma palavra com os comandantes da guarda revolucionária do Irão. Ele poderia pedir-lhes para encerrarem a campanha global de terror do Irão, que tem incluído ataques em duas dúzias de países em cinco continentes, desde 2011.

Dizer que o Irão não pratica o terrorismo é como dizer que Derek Jeter nunca jogou no New York Yankees. Ou seja - essa diminuição feita pelo presidente iraniano sobre o aumento do terrorismo tem sido uma das maiores falsidades da história.

Alguns dizem que a campanha de terror global do Irão, e que a subversão nos países de todo o Médio Oriente  e muito além do Médio Oriente é obra de extremistas. Dizem que as coisas estão a mudar. Falam sobre a eleição do ano passado no Irão. Alegam que o presidente e o ministro dos Negócios Estrangeiros, ambos de falinhas mansas, mudaram não apenas o tom da política externa do Irão mas também a sua substância. Eles acreditam que Rouhani e Zarif querem se reconciliar-se com o Ocidente, que eles abandonaram a missão global da Revolução Islâmica. Será verdade?

Vejamos o que o Ministro Zarif escreveu no seu livro há alguns anos: "Temos um problema fundamental com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Isso porque somos herdeiros de uma missão global que é a nossa razão de ser, uma missão global que está incrustada dentro de nós".

E então Zarif faz uma pergunta - creio que interessante. Como é que a Malásia - ele refere um país esmagadoramente muçulmano - como pode a Malásia não ter problemas semelhantes? E responde: "Porque a Malásia não está a tentar mudar a ordem internacional".

Esta é a sua moderação. Portanto não se deixem enganar pelo charme manipulador do Irão. É projectado com um objectivo: retirar as sanções e remover os obstáculos do caminho do Irão para as bombas. A República Islâmica agora está a tentar abrir caminho para um acordo que removerá as sanções que ainda enfrenta e que a deixará com uma capacidade acrescida para enriquecer urânio. Isso iria efectivamente fortalecer o lugar do Irão como um poder nuclear com fins militares. E no futuro, em hora de sua escolha, o Irão, o regime mais perigoso da terra, na região mais perigosa do mundo, obteria as armas mais poderosas do mundo.

Permitir que isso aconteça seria uma grave ameaça a todos nós. Uma coisa é defrontar militantes islâmicos em camiões armados com espingardas automáticas Kalashnikov. Outra é defrontar militantes islâmicos equipados com armas de destruição em massa.

Lembro-me de que no ano passado, todos aqui estavam preocupados com as armas químicas na Síria, incluindo a chance de que elas caíssem nas mãos de terroristas. Bem, isso não aconteceu, e o Presidente Obama merece grande crédito por liderar o esforço diplomático para desmantelar praticamente toda a capacidade de armas químicas da Síria. Imaginem o quanto seria mais perigoso o Estado Islâmico, se possuísse armas químicas. Agora imaginem o quanto o Estado Islâmico seria ainda mais perigoso se possuísse armas nucleares.

Senhoras e Senhores, vocês deixariam o Estado Islâmico enriquecer urânio? Deixariam que construísse um pesado reactor de água? Deixariam que desenvolvesse mísseis balísticos intercontinentais? Claro que não. Então não devem deixar o Irão fazer essas coisas, porque é isso que acontecerá. Se o Irão produzir bombas atómicas, todo o charme e todos os sorrisos irão desaparecer de repente. Vão sumir-se. E então os aiatolás mostrarão a sua verdadeira face e libertarão o seu fanatismo agressivo no mundo inteiro.


Há somente um rumo a tomar contra essa ameaça. As capacidades militares nucleares do Irão devem ser desmanteladas. (Aplauso). Não se enganem: o Estado Islâmico deve ser desmantelado. Mas derrotá-lo e deixar o Irão como potência nuclear é vencer a batalha e perder a guerra. (Aplauso). Derrotar o Estado Islâmico e deixar o Irão como uma potência nuclear é vencer a batalha e perder a guerra.

Senhoras e senhores, a luta contra o Islão militante é indivisível. Quando o Islão vence em alguma parte, vence em toda parte. Quando sofre um golpe num lugar, é derrotado em todo o lugar. É por isso que a luta de Israel contra o Hamas não é apenas nossa, é a vossa luta. Israel está a lutar contra um fanatismo hoje que os vossos países podem ser forçados a enfrentar amanhã. 

Durante 50 dias, no verão passado, o Hamas lançou milhares de mísseis contra Israel, muitos deles fornecidos pelo Irão. Quero que pensem sobre o que os vossos países fariam se milhares de mísseis fossem lançados contra as vossas cidades. Imaginem milhões de cidadãos tendo segundos para se esconder em abrigos, dia após dia. Vocês não deixariam terroristas lançarem mísseis contra as vossas cidades com impunidade, nem deixariam que cavassem túneis de terror sob as vossas fronteiras para infiltrar as vossas cidades, a fim de matarem e raptarem os vosso cidadãos. Israel defendeu-se justamente contra ataques de mísseis e túneis do terror. (Aplausos). Porém Israel enfrentou outro desafio. Enfrentámos uma propaganda de guerra, porque, numa tentativa para ganhar a simpatia do mundo, o Hamas cinicamente usou civis palestinos como escudos humanos. 

Usou escolas - não apenas escolas; escolas da ONU - casas, mesquitas, até hospitais para armazenar e disparar mísseis contra Israel. Quando Israel atacou os lançadores de mísseis e os túneis, civis palestinos foram trágica mas não intencionalmente mortos. Há imagens comoventes que resultaram, e essas provocaram acusações mentirosas de que Israel estava deliberadamente a atacar civis. Não estávamos. Lamentamos profundamente toda e cada perda de civis.


E a verdade é esta: Israel faz tudo para minimizar as perdas de civis palestinos. O Hamas faz tudo para aumentar as perdas de civis israelitas e as perdas de civis palestinos. Israel entregou folhetos, fez telefonemas, enviou mensagens de texto, avisos em árabe na televisão palestina, tudo isso para possibilitar que os civis palestinos evacuassem áreas em perigo. Nenhum outro país e nenhum outro exército na História foi tão longe para evitar perdas entre a população civil dos seus inimigos. (Aplauso). 


Ora, essa preocupação pela vida dos palestinos foi ainda mais notável uma vez que os civis israelitas estavam a ser bombardeados por mísseis dia após dia, noite após noite. E, enquanto as suas famílias estavam a ser atacadas pelo Hamas, o exército de Israel, os bravos soldados do IDF, os nossos jovens, mantiveram os mais altos padrões morais de qualquer exército do mundo. (Aplausos). Os soldados de Israel merecem não condenacão, mas admiração, admiração das pessoas decentes em toda parte. (Aplauso).

Ora, aqui está o que o Hamas fez. O Hamas lançou os seus mísseis a partir de áreas residenciais e disse aos palestinos para ignorarem os avisos de Israel para sairem. E, caso as pessoas não entendessem a mensagem, eles executavam os civis palestinos em Gaza que ousassem protestar. 

E, não menos repreensível, o Hamas deliberadamente colocou os seus mísseis onde as crianças palestinas moram e brincam. Deixem-me mostrar-vos uma foto. Foi tirada por uma equipe da França durante o recente conflito. Mostra dois lançadores de mísseis do Hamas, usados para nos atacar. Pode-se ver três crianças brincando perto deles. O Hamas deliberadamente coloca os seus mísseis em áreas residenciais como esta - centenas deles.

Senhoras e senhores, este é um crime de guerra. E digo-o ao Presidente Abbas, estes são crimes, crimes de guerra, cometidos pelos seus parceiros do Hamas no governo de unidade nacional que o senhor dirige e pelo qual é responsável. E estes são os verdadeiros crimes de guerra que vocês deveriam ter investigado ou falado contra neste pódio na semana passada. (aplauso) 

Na nossa etiqueta Operação Protecção-Limite mostrámos uma quantidade apreciável de fotos, vídeos, testemunhos, propaganda do Hamas a exortar ao «martírio» dos escudos humanos, e a punição bárbara dos que se recusaram a não o fazer.

Senhoras e senhores, enquanto as crianças de Israel se amontoam em abrigos e os mísseis de defesa de Israel atacam os mísseis do Hamas nos céus, a profunda diferença moral entre Israel e Hamas não poderia ser mais evidente. Israel usa os seus mísseis para proteger as suas crianças. O Hamas usa as suas crianças para proteger os seus mísseis. (Aplausos). 

Ao investigar Israel em vez do Hamas por crimes de guerra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU traiu a sua nobre missão de proteger os inocentes. Na verdade, o que está a fazer é virar as leis de guerra de cabeça para baixo. Israel, que tomou medidas para minimizar as perdas civis - é condenado. O Hamas, que atacou e se escondeu atrás de civis - um duplo crime de guerra - Hamas recebe passe livre.

O Conselho de Direitos Humanos está a enviar uma clara mensagem aos terroristas em toda parte: usem civis como escudos humanos. Usem-nos sempre, sempre, sempre. E sabem porquê? Porque, infelizmente, funciona. 

Ao conceder legitimidade internacional ao uso de escudos humanos, o Conselho de Direitos Humanos da ONU torna-se um conselho de direitos terroristas, e isso terá repercussões - provavelmente já tem - sobre o uso de civis como escudos humanos. Não são apenas os nossos interesses. Não são apenas os nossos valores que estão sob ataque. São os vossos interesses e os vossos valores.

Senhoras e senhores, vivemos num mundo infestado de tirania e terror, onde gays são pendurados em cadafalsos em Teerão, prisioneiros políticos são executados em Gaza, meninas são raptadas em massa na Nigéria, e centenas de milhares são mortos na Síria, Líbia e Iraque, porém quase metade - quase metade das resoluções do Conselho de Direitos Humanos da ONU concentram-se num só país: têm-se dirigido contra Israel, a única democracia no Médio Oriente; Israel, onde as questões são debatidas abertamente num Parlamento, onde os Direitos Humanos são protegidos por Tribunais independentes, e onde as minorias vivem numa sociedade genuinamente livre.

O tratamento preconceituoso Conselho de Direitos Humanos da ONU - e esta é uma contradição, mas uso-a na mesma - em relação a Israel é apenas uma manifestação de um dos maiores preconceitos do mundo. Vemos multidões na Europa hoje pedindo câmaras de gás para os judeus. Ouvimos alguns líderes nacionais comparando Israel aos nazis. 

Essa não é uma função das políticas de Israel. É uma função de mentes doentias, e essa doença tem um nome, antissemitismo. Está agora a espalhar-se na sociedade educada onde se mascara como crítica legítima a Israel. 

Durante séculos o povo judeu tem sido demonizado com libelos de sangue e acusações de deicídio. Hoje o Estado Judaico é demonizado com libelo de apartheid e acusações de genocídio. Em que universo moral o genocídio inclui avisar a população civil do inimigo para sair do perigo, ou garantir que este receba toneladas - toneladas! - de ajuda humanitária todo os dias, enquanto milhares de mísseis estão a ser lançados contra nós, ou montar um hospital de campo para ajudar os seus feridos?

Bem, suponho que é o mesmo universo moral onde um homem que escreveu uma dissertação de mentiras sobre o Holocausto e que insiste numa Palestina livre de judeus - Judenrein - possa ficar neste pódio e sem vergonha acusar Israel de genocídio e limpeza étnica. No passado, mentiras ultrajantes contra os judeus foram as precursoras do massacre de nosso povo. Hoje, nós, o povo judeu, temos o poder de nos defendermos. Vamo-nos defender contra os nossos inimigos no campo de batalha - (aplauso) - vamos mostrar as suas mentiras contra nós no tribunal da opinião pública. Israel vai continuar de pé, orgulhoso e erecto. (Aplauso)

Senhoras e senhores, apesar dos enormes desafios que Israel enfrenta, creio que temos uma oportunidade histórica. Após décadas vendo Israel como seu inimigo, países líderes no mundo árabe cada vez mais reconhecem que, juntos, nós e eles enfrentamos muitos dos mesmos perigos, e principalmente, isso significa um Irão com armas nucleares e movimentos islâmicos ganhando espaço no mundo sunita. O nosso desafio é transformar esses interesses comuns para criar uma parceria produtiva, que construa um Médio Oriente mais seguro, pacífico e próspero. Juntos, podemos fortalecer a segurança regional, podemos fazer avançar projectos de água, agricultura, transportes,  saúde, energia tantos outros campos.

Creio que a parceria entre nós pode ajudar a trazer paz entre Israel e os palestinos. Muitos há longo tempo presumem que uma paz Israel-Palestina pode ajudar numa aproximação maior entre Israel e o mundo árabe. Mas actualmente, penso que poderia funcionar de modo contrário, ou seja, que uma aproximação mais ampla entre Israel e o mundo árabe pode ajudar na paz entre israelitas e palestinos. E para conseguir esta paz, devemos olhar não apenas para Jerusalém e Ramallah, mas também para o Cairo, Amman, Abu Dhabi, Riyadh e outros.

Creio que a paz pode ser feita com o envolvimento activo dos países árabes - aqueles que estão dispostos a dar apoio político, material e outros. Estou pronto a assumir um compromisso histórico, não porque Israel ocupa uma terra estrangeira. O povo de Israel não é ocupante na Terra de Israel. (Aplausos). História, arqueologia e o senso comum deixam claro que temos tido um apego singular a esta terra durante mais de 3.000 anos.

Quero paz porque quero criar um futuro melhor para o meu povo, mas deve ser uma paz genuína, ancorada no reconhecimento mútuo e na segurança duradoura, com acordos de segurança sólidos, porque vejam, a retirada de Israel do Líbano e de Gaza criou dois enclaves islâmicos nas nossas fronteiras, dos quais dezenas de milhar de mísseis foram lançados sobre Israel, e essas experiências aumentam as preocupações de Israel sobre segurança e sobre potenciais concessões territoriais no futuro.

Essas preocupações com a segurança são ainda maiores hoje. Olhem em volta. O Médio Oriente está em caos, Estados estão a desintegrar-se, e militantes islâmicos estão a preencher o vazio. Israel não pode ter territórios dos quais se retire, novamente dominados por militantes islâmicos, como acontceu em Gaza e no Líbano. Isso colocaria em perigo 80 por cento da nossa população.  a poucas milhas do Estado Islâmico.

Israel, minúsculo na grande mancha verde do mundo islâmico,  é frequentemente apelidado de potência expansionista!!! 90% dos 11 milhões de muçulmanos mortos em guerras no Médio Oriente foram mortos por outros muçulmanos.
0,3% foram mortos por Israel, em 66 anos de investidas terroristas contra o Estado Judaico.


A cegueira das marisas matias deste mundo leva-as a ver um único problema no Médio Oriente e quiçá no mundo inteiro: Israel, um país quatro vezes menor que o nosso Portugalinho, que teima em não caminhar de livre vontade para o definitivo Holocausto que os terroristas lhe preparam sem cessar!

Agora pensem um pouco. A distância entre as linhas de 1967 e os subúrbios de Tel Aviv é como a distância entre o edifício da ONU, aqui, e a Times Square. Israel é um país minúsculo. É por isso que em qualquer acordo de paz, que obviamente vai precisar de um acordo territorial, sempre insistirei que Israel possa defender-se por si mesmo contra qualquer ameaça. (Aplausos) 

Apesar de tudo o que tem acontecido, alguns ainda não levam a sério a segurança de Israel. Mas sempre o farei - (aplauso) porque como Primeiro Ministro de Israel, tenho a enorme responsabilidade de garantir o futuro do povo judeu e do estado judaico. E não importa que pressão sofra, jamais deixarei de cumprir essa responsabilidade. (Aplauso)

Creio que com uma nova abordagem por parte dos nossos vizinhos, podemos avançar na paz, apesar das dificuldades que enfrentamos. Em Israel, temos um registo de tornar o impossível possível. Fizemos uma terra desolada florescer, e com poucos recursos naturais, usamos a mente fértil do nosso povo para transformar Israel num centro global de tecnologia e inovação, e a paz, claro, permitiria a Israel realizar todo o seu potencial, e trazer um futuro promissor não apenas para o nosso povo, não apenas para o povo palestino, mas para muitos, muitos outros na nossa região. Mas o velho projecto para a paz deve ser actualizado. Deve levar em conta novas realidades, novos papéis e responsabilidades para os nossos vizinhos árabes.

Senhoras e senhores, há um novo Médio Oriente. Apresenta novos perigos, mas também novas oportunidades. Israel está preparado para trabalhar com parceiros árabes e a comunidade internacional para enfrentar esses perigos e agarrar essas oportunidades. Juntos, devemos reconhecer a ameaça global dos militantes islâmicos, a prioridade de desmontar a capacidade de armas nucleares e o papel indispensável dos países árabes em avançar na paz com os palestinos. 

Tudo isso pode ser arrojado, face à sabedoria política convencional, mas é a verdade, e a verdade deve sempre ser dita, especialmente aqui na ONU. (Aplauso) 

Isaías, o nosso profeta da paz, ensinou-nos há 3.000 anos em Jerusalém a dizer a verdade ao poder; (Fala em hebraico) "Por Tsion, não ficarei em silêncio, em prol de Jerusalém, não ficarei parado até que a justiça brilhe e sua salvação reluza como uma tocha ardente".

Senhoras e senhores, vamos acender a tocha da verdade e da justiça para salvaguardar o nosso futuro em comum. Obrigado. (Aplauso) 



- Se estivessem em Israel, se tivessem nascido judeus e experimentassem a injustiça, o preconceito e a difamação, muitos dos que padecem desses males teriam outros juízos. Sobre os políticos e os jornalistas pesam grandes responsabilidades na actual situação no Médio Oriente e no mundo. Chegará o dia em que terão de apresentar contas. Quem tem ouvidos que ouça, como disse certo judeu, por acaso muito famoso...

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