Gustavo Santos é life-coach. A sua profissão é ensinar aos outros como é que se vive. É assim a modos que um imã, só que se calhar não é muçulmano.
Gustavo Santos ficou célebre pelo desvelo com que defendeu os terroristas que massacraram a Redacção do jornal satírico Charlie Hebdo:
A isto chama-se efectivamente SABER VIVER. O Tavinho percebeu que os muçulmanos vêm aí outra vez, e tratou logo de prestar vassalagem aos seus futuros Senhores - até para ver se se livra de alguma pequena decapitação (o que, parecendo que não, dá sempre jeito).
Durante décadas, o Charlie Hebdo satirizou todas as religiões, todas as figuras públicas e todas as ideologias possíveis e imaginárias. E foi uma barrigada de riso. Porque os alvos - já se sabia - jamais iriam pegar em metralhadoras e desatar a matar pessoas. O Tavinho, nomeadamente, nunca se indignou quando o Charlie "gozou sistematicamente com convicções alheias" não terroristas:
E ACABOU O FUTEBOL?
Se alguma coisa o imã Gustavo Santos e outras pessoas igualmente evoluídas nos ensinaram a todos, é que, sempre que os terroristas muçulmanos exterminam pessoas, alguma razão têm. Concretamente, nos ataques de Paris, o comunicado dos terroristas condenava essa abominação que constitui a prática do futebol (e o "imbecil do François Hollande", um "imbecil" que lhes deu guarida em França e que assistia ao jogo).
Jogadores da selecção francesa adorando a Alá
Eles já tinham avisado que, no Islão devoto, no Islão deles, o futebol é proibido, e até que iriam bombardear o próximo Campeonato Mundial. Nós passámos a palavra, neste post, para os amigos se deixarem desse hábito tão pernicioso que é jogar à bola.
Os terroristas, sempre bondosos, bem se cansaram a educar-nos: em Mosul, por exemplo, 13 adolescentes foram executados publicamente, com muita paz e muito amor, porque tiveram a infeliz ideia de assistir ao jogo de futebol da Taça de Ásia entre o Iraque e a Jordânia.
Os "crimes" foram anunciados em toda a cidade por altifalantes, e os pais dos jovens tiveram que se esconder, para não serem também executados - por culpa deles, que não ensinaram aos filhos que o futebol ofende a Alá!
Mas subsistem-nos algumas dúvidas relativamente ao código moral do Estado Islâmico & C.ia. Se, por um lado, o futebol é proibido, por outro, não é raro que, na sequência das habituais decapitações, os terroristas joguem futebol com as cabeças acabadinhas de cortar:
Muitos são os sites que mostram as fotos desta interessante modalidade desportiva.
Futebol com bola, dá direito a pena de morte, mas futebol com cabeça de infiel, não tem problema?
Gustavo Santos, tu que és a referência intelectual, cultural e moral da Humanidade, ajuda-nos, na tua imensa Sabedoria, a esclarecer este mistério. A última coisa que nós queremos é "gozar sistematicamente com convicções alheias", e, como vemos muito futebol, tememos ofender o Islão.
E A MÚSICA? ACABOU A MÚSICA?
O comunicado do Estado Islâmico também deixava expresso que o massacre no Le Bataclan se deveu a que lá se realizava "uma festa indecente". Em consequência disso, amorosamente, os terroristas foram lá e mataram aquela gente toda - o que se teria evitado se déssemos todos ouvidos aos Gustavos da vida e evitássemos ofendê-los!
Os Velvet Underground no Le Bataclan, em 1972, a pecarem.
Os islamofóbicos do site A Religião da Paz, por exemplo, perguntam:
("Em que outra religião os seus mais devotos membros se filmam a cortar gargantas de pessoas enquanto gritam orações ao seu deus?").
"What other religion's most devoted members videotape themselves cutting people's throats while screaming praises to their god?".
("Em que outra religião os seus mais devotos membros se filmam a cortar gargantas de pessoas enquanto gritam orações ao seu deus?").
Ora lá está... Os cidadãos que são tão amorosamente decapitados neste encantador vídeo, cometeram um pecado inadmissível: foram a uma festa, ouviram música e divertiram-se! E depois queixam-se!
Mas se por um lado eles matam as pessoas por ouvirem música, por outro gravam vídeos com música, a publicitar e anunciar as suas amorosas chacinas. O que fazer?
Mas se por um lado eles matam as pessoas por ouvirem música, por outro gravam vídeos com música, a publicitar e anunciar as suas amorosas chacinas. O que fazer?
Iluminem-nos, ó Gustavos deste Mundo, que tantos e tão omniscientes sois! Como é que a gente joga à bola? Com bola ou com cabeça cortada? Que música é que a gente pode ouvir ou não ouvir? Como é que a gente deve viver?
Gustavo Santos, sem turbante, acompanhado de uma pecadora sem burqa.
- Allah Akbar, meus semelhantes!
P.S. - Agora mesmo: notícias de mais mortos em Israel, dezenas deles no Mali, portugueses em Bruxelas confessam que "vivem no medo". O Mundo entenderá agora como vivem os israelitas todos os dias, ou, pelo contrário, continuará a achar boa ideia entregá-los numa bandeja aos terroristas, para os acalmar durante um mês ou dois? Derrotar o terrorismo islâmico é infantilmente simples. Derrotar uma opinião pública doutrinada no marxismo cultural, nas teorias da conspiração e no auto-ódio, isso é que é todo um desafio.
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