“Fico com o coração partido ao ver a força aérea síria chacinar crianças [2300, informa o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, de um total de 60 mil vítimas contabilizadas este mês pela ONU]; ao ver a mortandade no Iraque causada pelo sectarismo religioso entre xiitas e sunitas; ao ver inocentes morrerem de fome no Iémen…”, disse-nos o influente analista no Golfo Pérsico. “A destruição e as atrocidades que vejo não são culpa de um inimigo externo. São cometidas por aqueles que deveriam proteger as suas populações. O mundo árabe tem muitos inimigos, mas Israel deveria estar no fim da lista. Os principais inimigos são internos: corrupção, falta de liberdade e desrespeito pelos direitos humanos. Os crimes dos ditadores árabes são muito piores do que todas as guerras israelo-árabes. Veja-se o Egipto: em vez de reconstruírem um país após a queda de Hosni Mubarak, salafistas querem destruir as Pirâmides.”
Abdulateef Al-Mulhim é um de muitos exemplos do que acontece quando a racionalidade se sobrepõe ao ódio. Margarida Santos Lopes, do Público, entrevistou por telefone.
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