Soberbo artigo no jornal i:
Israel e o discurso de ódio da esquerda portuguesa
Enquanto o Bloco de Esquerda canta hinos à sua amizade com grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah, nós devemos estar do lado daqueles que promovem a inovação, o desenvolvimento económico e social e a igualdade
1. Se há Estado que é tratado sistematicamente de forma injusta pelos meios de comunicação social portugueses, esse Estado é Israel. Na verdade, o Estado israelita é credor de destaque entre nós sobretudo por razões negativas: sempre que Israel provoca um dano colateral indesejado na defesa do seu território (por exemplo, a morte, por todos lamentada, de um civil palestiniano), começam a surgir, ululantes, as acusações ao Estado formado na sequência da ordem mundial emergente da ii Guerra Mundial, por resolução da ONU de 1948. Os críticos mais moderados do Estado israelita asseveram convictamente (com a convicção própria dos muitos que muito ignoram) que se tratou de uma cedência dos Estados Unidos ao poderoso “lóbi globalista” judeu que tinha (tem) um notável ascendente sobre a política norte-americana: o Estado de Israel seria, pois, uma criação puramente artificial, de natureza jurídica, para albergar os interesses de algumas “elites privilegiadas”.
2. Ignora tal visão – dolosa ou negligentemente – que o povo judeu reivindica, com o devido respaldo histórico, os territórios que compõem hoje as suas fronteiras físicas como o berço da sua nação. Durante séculos, os judeus foram uma nação sem Estado, sem território fixo: com a agravante de que foram, ao longo da História, alvo de perseguições, vítimas de ódios com diversas motivações, que redundaram em programas bárbaros de genocídio aqui tão perto de nós. É fácil afirmar que lamentamos o que sucedeu sob a égide do regime nazi, que todos nos emocionamos com a história de Anne Frank – o difícil é depois concretizar tal consternação em defesa do direito fundamental do povo judeu de ter o território que reflete a sua história e que traduza a sua riqueza espiritual. O que não faltam por aí são aqueles que formulam discursos líricos muito belos e eficazes do ponto de vista retórico sobre o arrependimento europeu por aquilo que sucedeu nas décadas de 30 e 40 do século passado – mas que, ao mesmo tempo e com o mesmo à-vontade, atacam Israel com uma virulência pouco usual no discurso político português. E que, por vezes, até parecem legitimar os ataques – frequentemente muito mais letais do ponto de vista de perdas de vidas humanas – palestinianos contra o território e cidadãos israelitas. É, destarte, esta duplicidade moral (transversal, infelizmente, a vários setores e correntes de opinião em Portugal) que cumpre sublinhar – e, sem dúvidas ou hesitações, condenar.
3. Por outro lado, temos aqueles que, motivados por dogmas político-ideológicos sectários, adotam um discurso de ódio anti-Israel. São na sua larguíssima maioria grupos ligados ao Bloco de Esquerda e ao PCP (com vasos comunicantes com alguns setores do PS) que destilam uma retórica de propagação da violência frequentemente para além do que deveria ser tolerado numa sociedade democrática e pluralista. Até de violência psíquica e emocional que se materializa em atos: pense-se, por exemplo, na recusa de um grupo de investigadores portugueses em aceitar o financiamento de um programa de cooperação académica israelita apenas porque… o dinheiro provém do Estado de Israel! Desse criminoso bárbaro, símbolo do capitalismo global, na visão dos extremistas de esquerda. Não deixa de ser curioso que são os mesmos que propagam os valores da tolerância, da fraternidade, do apelo à antidiscriminação no espaço público-mediático, que diabolizam o presidente Donald Trump como sendo racista, xenófobo e misógino, que depois praticam esse ato plenamente tolerante e nada discriminatório que é recusar qualquer contributo financeiro, qualquer ligação cultural provinda do Estado de Israel. Apenas por ser Israel! E nunca se revelam capazes de condenar a morte de cidadãos israelitas vítimas de atos de violência política perpetrados por palestinianos – ao invés do que sucede com as pessoas sensatas, moderadas, não necessariamente apoiantes de Israel, que condenam moralmente quer a morte de israelitas, quer a morte de palestinianos.
4. O valor da vida humana não é contingente face às preferências político-ideológicas e às proveniências geográficas das vítimas: antes tem um valor absoluto, sendo suficiente para merecer a nossa repulsa moral saber que um ser humano foi vitimado. No meio académico – que deveria constituir um espaço de liberdade e tolerância exemplares, pressupostos essenciais da criatividade que deve animar o espírito dos nossos intelectuais –, a retórica anti-Israel não é menos estridente. De facto, numa das mais recentes deslocações do embaixador de Israel em exercício de funções no nosso país (que, entretanto, já deixou Portugal), um grupo de estudantes orquestrados pelo Bloco de Esquerda pretendeu a todo o custo impedir o acesso daquele representante diplomático ao auditório da faculdade (não faltaram mesmo os tradicionais e tão icónicos ovos – o que é estranho, visto que a esquerda normalmente também gosta de sinalizar a sua superioridade moral pelo combate ao desperdício alimentar; ora, perderam-se uns quantos belos ovos estrelados e omeletes com a brincadeira do BE…). Ora, isto é inadmissível. Entendamo-nos: o Bloco de Esquerda e o PCP podem, no exercício da sua liberdade de expressão constitucionalmente protegida, criticar o Estado de Israel ou decisões pontuais do governo de Israel, como qualquer um de nós o pode fazer. O que não podem é incitar à violência, ao ódio, branqueando atos de violência.
5. Repare-se neste paradoxo: André Ventura, no âmbito da sua candidatura autárquica a Loures, criticou o facto de, na sua opinião, a comunidade cigana gozar de um estatuto de privilégio que não tem paralelo com qualquer outra categoria de cidadãos portugueses. O Bloco de Esquerda, no exercício de um direito que lhe assiste, apresentou uma queixa no Ministério Público contra André Ventura, alegando a prática de um crime de incitamento ao ódio. A justiça seguiu os seus trâmites e o Ministério Público atuou, neste caso, exemplarmente. No entanto, o mesmo Bloco de Esquerda incita os seus jovens militantes a lançarem a confusão e o caos nas universidades para impedir o discurso do embaixador de Israel e quase proíbe que investigadores recebam financiamento do mesmo Estado! Ora, isto não é incitamento ao ódio? À violência? Acaso houvesse coerência, o Ministério Público não teria sido chamado a intervir e investigar a eventual prática do crime de incitamento ao ódio? Basta ler, aliás, a esquerda.net e o jornal “Avante!” (embora este último com um registo ligeiramente diferente…). Mais uma vez se prova que a esquerda se mobiliza e domina as estruturas de poder, agindo e criando, com eficácia, a aparência de que a direita é sectária (o que é uma fantasia) – e a direita fica sempre quietinha, passiva perante o sectarismo (que é uma realidade) da esquerda que nos governa. Repetimos: que nos governa na atual conjuntura. O Bloco de Esquerda, com a anuência do PCP e deste PS, fez o que tinha a fazer: a direita, com muita pena nossa, falha vezes de mais na defesa das suas posições.
6. Dito isto, a aversão a Israel fez-se sentir mais uma vez no espaço comunicacional português: desta feita, pela omissão relativa ou desvalorização da viagem histórica e com enorme sucesso do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, ao Médio Oriente, a primeira após o anúncio pelo presidente Donald Trump da transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém. Nas suas intervenções e encontros com líderes políticos da região, Mike Pence reiterou que a transferência da embaixada já está decidida e vai mesmo concretizar-se (em parte) no próximo ano. Tal não implica, porém, qualquer inflexão na solução da coexistência pacífica de dois Estados soberanos na região: a transferência da embaixada é uma medida a favor do direito de Israel escolher, como qualquer outro Estado, a sua capital; não é uma decisão contra ninguém. Mike Pence – sensato, cordato e muito racional por natureza – conseguiu transmitir esta ideia mesmo a líderes renitentes, como o rei da Jordânia. De notar ainda que um dos momentos altos da deslocação a Israel do vice-presidente Pence foi a entrevista concedida à i24 pela mulher, Karen Pence, que revelou qualidades diplomáticas e de comunicação que não lhe eram reconhecidas. É que em Israel, ao contrário dos países amigos do Bloco de Esquerda e do PCP, a mulher tem um estatuto jurídico igual ao homem, sendo sujeito de direitos, que não apenas de deveres e proibições.
7. Em jeito de conclusão, refira-se que Israel está na moda: com a aposta firme do presidente Trump na estabilização da região (é ver o livro que iremos publicar já no próximo mês – “DIA D – O Dia de The Donald” com a chancela da Ideia Fixa), Netanyahu mostrou que tem um instinto político exemplar. Em Davos foi estrela no programa de Fareed Zakaria , mostrando um país moderno, cosmopolita e que se prepara para o futuro. Israel – um Estado com uma história muito recente – é já o 10.o classificado no Index Bloomberg de Inovação. Enquanto o Bloco de Esquerda canta hinos à sua amizade com grupos extremistas como o Hamas e o Hezbollah, nós devemos estar do lado daqueles que promovem a inovação, o de-senvolvimento económico e social e a igualdade. Estranhamos, por conseguinte, que o PSD tenha votado ao lado da extrema-esquerda na condenação da decisão do presidente Trump de transferir a embaixada para Jerusalém: se tivéssemos responsabilidades no partido, pelo menos impor-se-ia a abstenção. Por uma questão de princípio e de valores.
Escreve à terça-feira
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UNIDOS PELO ÓDIO: Manife de apoio ao Hamas, em Lisboa, unindo jihadistas, comunistas, hippies, nazis, feministas, gays, sob a égide do Louçã e do Arnaldo Matos do MRPP, apoiante assumidíssimo do ISIS:
Que mal fizeram os judeus à Humanidade?
Quem escolhe amar as ditaduras comunistas e islamistas e odiar o pequeno Israel, nunca estudará, mas os que odeiam de boa-fé, podem conhecer a VERDADE e mudar de ideias:
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Se a verdade passasse na TV e nos jornais... Mas eles são pagos para mentir...
Os nazis, os comunistas e os islamistas estão sempre unidos no ódio a Israel. Acusam Israel de ter "invadido a Palestina", o que é a mesma coisa que acusar os suíços de terem invadido a Confederação Helvética.
Acusam os judeus de não serem "os verdadeiros judeus"; onde será que os "falsos judeus" esconderam os "verdadeiros judeus"?, além de que a Ciência confirma que os judeus de hoje são descendentes dos da Bíblia, por assim dizer.
Acusam Israel de não ser democrático, mas não têm uma única prova de tal estupidez, e ao mesmo tempo apoiam Irões e Coreias do Norte, grandes democracias!!!
Acusam Israel de se defender dos terroristas, e Israel tem o exército mais moral da História, que até criticado por isso. Queriam que Israel se deixasse massacrar, e mesmo assim diriam que os israelitas eram cobardes.
Acusam Israel de "mutilar sexualmente as crianças", mas os muçulmanos também praticam a circuncisão (não só a masculina mas a feminina, que essa sim é um horror).
Acusam Israel de que o Talmude (um livro antigo de exegese) tem passagens condenáveis: além as passagens referidas são fabricadas e obviamente falsas, e de que há outras polémicas mas que pedem estudo e contextualização para serem entendidas, seria lógico por exemplo acusar a Alemanha da autoria do Mein Kampf ou a Inglaterra pela autoria do Martelo das Bruxas?
Acusam Israel de ser o "povo escolhido", mas ignoram propositadamente que essa designação Bíblica, da Idade do Bronze , não implica nenhum estatuto de privilégio, muito pelo contrário, como a História demonstra, os judeus foram de facto "escolhidos" mas para muito penar.
Acusam os judeus de serem todos comunistas acérrimos, ou todos capitalistas opulentos, conforme convenha à ideologia do acusador, mas esquecem-se de que não podem ser todos uma e outra coisa e que eles são pessoas como nós.
Acusam Israel de existir, apoiam os grupos terroristas e os regimes terroristas. Como não têm nada de concreto para acusar, inventam. Israel e os judeus são o canário na mina da Humanidade, como alguém disse.
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