segunda-feira, 21 de agosto de 2017

"Basta!" - Gonçalo Dorotea Cevada


Da série: Os atentados são perpetrados por europeus e não por "refugiados": Ahmed Bourguerba é argelino e foi preso em Julho, por pertencer a organizações terroristas, estava a receber 625 euros em ajuda de integração mais 250 euros para arrendamento de casa.


Que suposta superioridade moral é essa que não nos permite admitir que o problema não está na suposta falta de integração social, mas na propaganda feita por certas mesquitas localizadas na Europa?

Já se escreveram dezenas, centenas de artigos de opinião sobre o terrorismo islâmico. Sobre os ataques que assassinaram nesta e naquela cidade Europeia, gente como nós. Inocentes. Muitos deles crianças. (Eu próprio já o fiz: o meu último artigo no Observador foi aliás sobre o 22 de Março em Londres).

Impõe-se a pergunta: será que depois de tantas palavras ainda há alguma coisa a dizer sobre o terrorismo islâmico? Será que já não foi escrito tudo e mais alguma coisa? Não. Falta sempre, e há sempre alguma coisa a dizer. E este gesto é provavelmente a única, e a melhor homenagem que nós, cidadãos, podemos fazer às vítimas de Barcelona.

Escrever mais um texto é simultaneamente não cair na tentação da indiferença de mais um ataque terrorista, e não cair na tentação da banalidade dos acontecimentos, nas estatísticas das vítimas. É evitar o quotidiano do medo. E é por isto que sou mais um a escrever sobre os ataques das Ramblas.

A 17 de Agosto, Barcelona entrou para a lista negra das cidades Europeias vítimas do terror. Palcos do pior que há nos homens.

E não tentemos racionalizar estes acontecimentos. Não tentemos justificar actos criminosos com explicações conjunturais de natureza social ou económica. Não há justificação para a matança das Ramblas, como não houve justificação para a matança de London Bridge ou para a matança no mercado de Natal de Berlim.

O atentado de Barcelona não foi diferente dos anteriores em Manchester, Londres ou Nice. Tal como nesses, no de Barcelona há um “nós” e há um “eles”. E a diferença não reside no ser, no acreditar ou no pensar mas no fazer. Eles mataram inocentes. Nós fomos as suas vítimas.

E isto tem que ficar claro: há um “nós” inocentes e há um “eles” terroristas islâmicos. Há um “nós” vítimas e há um “eles” culpados.

O 17 de Agosto em Barcelona não revela uma potencial fraqueza das autoridades Espanholas, que como sabemos têm neutralizados várias células terroristas e evitado vários ataques aqui e ali, mas a imprevisibilidade característica deste tipo de ataques.

Já o escrevi e repito: devemos fazer ou mudar alguma coisa? Não. Pelo menos se quisermos continuar a viver à nossa maneira. Como escrevi na altura do 22 de Março em Londres, a vida continua para aqueles que tiveram a sorte, sim, a sorte, de não estar naquela icónica Rambla que nos leva ao Mediterrâneo.

Mas não mudar nada no nosso quotidiano não significa que não possamos exigir mais aos nossos Governos. E exigir mais significa identificar mesquitas de propaganda política que não são mais do que buracos de lavagem cerebral de jovens e adultos. Exigir mais significa encerrar mesquitas onde se ensina o manifesto do Estado Islâmico e onde se planeiam ataques cobardes a inocentes como nós. 

Exigir mais significa repensar as relações diplomáticas com países do Golfo como o Qatar, a Arábia Saudita e o Kuwait. Países que não são mais do que fontes de financiamento de mesquitas salafistas que não servem mais do que centros de propagação da Sharía na Europa.

Dirão: este delirou. Respondo: longe disso.

Que suposta superioridade moral é essa que não nos permite admitir que o problema não está na suposta falta de integração social, mas na propaganda feita por certas mesquitas localizadas na Europa, e financiadas por Estados supostamente “amigos”? Quantos mais vão ter que ser esmagados por carros para dizermos basta? Se queremos manter as nossas Democracias temos que ser claros quanto a isto: não há espaço para ninhos de culto terrorista na Europa.

Em 2015, a Tunísia, país maioritariamente muçulmano, encerrou perto de 100 mesquitas salafistas que não eram mais do que antros de fanáticos e potenciais assassinos. Porque é que não fazemos o mesmo? Que suposta superioridade moral é essa que nos impede de reconhecer que para mantermos as nossas liberdades há linhas que têm que ser cruzadas? De quê é que estamos à espera?

Perdoem-me mas não há diálogo possível ou integração possíveis. E não há diálogo possível ou integração possíveis porque não podemos desculpar, racionalizar ou justificar os atentados de Barcelona, Bruxelas, Paris e Estocolmo.

Não temos que pedir desculpa por sermos Europeus, por nos embebedarmos a níveis de pré-coma alcoólico nas Ramblas ou por irmos nus tomar banho às seis da manhã a Barceloneta. Somos assim. É esta a nossa natureza. Acusem-nos de “infiéis”. Assumirei tal adjectivo como um elogio sobre os Homens livres.

Basta de justificação, basta de pedirmos desculpa, basta de acharmos que o problema é nosso e que está em nós e no nosso modo de vida. Nós somos os inocentes e eles, os terroristas, os culpados.

Como escreveu Rosa Díez, “El mejor homenaje a las víctimas y la mejor herencia que podemos dejar a las próximas generaciones es que no pidamos perdón por vivir en democracia”.


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O colunista do Observador não pode ir mais longe. Porque o problema não são as "certas mesquitas". Se um padre ou um rabino pregassem a morte dos "infiéis", as respectivas congregações seriam as primeiras a denunciá-los.
O problema é que o Islão é isto, sempre o foi e sempre será. A excepção são as mesquitas e os imãs moderados - que os há, mas pouquíssimos!
E de que serve uma mesquita ter fama de moderada se a doutrina é terrorista, genocida, criminosa, supremacista, ainda que para fora eles digam outra coisa?
Eis o que se ensina às crianças nas mesquitas "moderadas":




 


O Poder decidiu islamizar o Mundo:





Karl Popper e o Paradoxo da Tolerância
"A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância.
Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estamos preparados para defender uma sociedade tolerante contra os ataques dos intolerantes, então, os tolerantes serão destruídos, e a tolerância juntamente com eles.
Essa formulação não implica que devemos sempre suprimir as filosofias intolerantes, desde que tenhamos mecanismos para combatê-las com argumentos racionais, e que possamos mantê-las sob controlo diante da opinião pública. [.......] Devemos, portanto, em nome da tolerância, reivindicar o direito de não tolerar os intolerantes.
Devemos enfatizar que qualquer movimento que pregue a intolerância deva ser considerado fora da lei, e considerar a incitação à intolerância e perseguição devido a ela, como criminal."

- Fonte: Livro "A Sociedade Aberta e os seus inimigos".

 Não é segredo, está à vista de toda a gente:


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