quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Rufia da Vizinhança ganhou o Nobel

Bod Dylan (nesta foto junto ao Kotel/Muro das Lamentações, com filactérios, chapéu/kipá, e xale de oração judaicos) ganhou o Nobel da Literatura.

Em homenagem a este famoso judeu, fica aqui a sua canção Neighborhood Bully (O Rufia da Vizinhança), que não é outro senão o Estado Judaico e o Povo Judeu, que não é outro senão Israel, a quem são assacadas as culpas de todos os males do Mundo:


Para além do talento e do trabalho (ninguém ganha um Nobel da Literatura sem ambos), a poesia de Dylan, e a sua música, não são apreciadas apenas por um grupo selecto de intelectuais. Dylan é um dos músicos/poetas mais reconhecidos popularmente da História, como atestam os recordes de vendas dos seus discos e os espectáculos esgotados, continuamente e ao longo de décadas.
Alguns posts sobre Bob Dylan:

Para Sempre Jovem

'EU SEREI LIBERTADO'

O país sem direito à VIDA!


O RUFIA DA VIZINHANÇA

(Original de Bob Dylan, Tradução livre) 


O mau da fita é apenas um homem

Os seus inimigos dizem que ele é um invasor

Apanharam-no em desvantagem, de um milhão para um

Ele não tem nenhum lugar para escapar, não há lugar para fugir

Ele é o mau da fita

O mau da fita só vive para sobreviver

Ele criticado e condenado por estar vivo

Ele não pode defender-se, só tem que aguentar

Ele deve deitar-se e morrer, quando a porta é arrombada

Ele é o mau da fita

O mau da fita foi expulso de todas as terras

Ele é o exilado que vagueou pela Terra

A sua família espalhada, e o Seu Povo chacinado

Ele está sempre em julgamento apenas por ter nascido

Ele é o mau da fita

Escapou a um linchamento, e ainda foi criticado

As velhas condenam-no, dizem que ele deve desculpas

Destruiu uma fábrica de bombas

Ninguém ficou feliz

As bombas foram feitas para ele. Ele deve sofrer!

Ele é o mau da fita

Todas as chances estão contra ele

E há poucas as chances para ele

De sobreviver às regras que o mundo faz para ele

Porque há uma corda no seu pescoço e uma arma nas suas costas

E é dada a cada maníaco uma licença para o matar

Ele é o mau da fita

Não tem aliados com quem falar

O que ele recebe tem que pagar

Ninguém gosta dele, ninguém lhe dá nada

Ele compra armas obsoletas

Mas ninguém luta ao seu lado

Ele é o mau da fita

Ele está cercado por pacifistas que querem a paz

Que oram todas as noites

Para o derramamento de sangue cessar

Não fariam mal a uma mosca. Se o fizessem, chorariam.

Mas esperam que o mau da fita se extinga

Ele é o mau da fita

Todos os impérios o escravizaram

Egipto e Roma, a grande Babilónia

Ele fez um jardim do Paraíso na areia do Deserto

Com o seu esforço, sem ajuda de ninguém

Ele é o mau da fita

Os seus livros mais sagrados são espezinhados

Nenhum contrato que assinou foi cumprido pela outra parte

Ele tomou a migalhas do mundo e transformou-as em riqueza

Levou com a doença e transformou-a em saúde

Ele é o mau da fita

O que é que ele deve a alguém?

"Nada" - dizem. Ele só gosta de guerra!

Orgulho e preconceito e superstição

Esperam por ele como um cão pela ração

Ele é o mau da fita

O que fez ele para ter tantas cicatrizes?

Será que ele mudou o curso dos rios?

Será que ele polui a lua e as estrelas?

O mau da fita, de pé no seu Monte

Correndo contra o relógio, de pé no seu Monte

O mau da fita





P.S. - A esquerda-caviar está toda em histeria elitista. A comunista Alice Vieira já bolsou o seu fel, comparando Dylan a Quim Barreiros. (Tomara a Alice ter as qualidades humanas do Quim Barreiros. Tomaram muitos ter a qualidade musical do Quim Barreiros, que tem mais obra do que a música brejeira que o celebrizou). Um inqualificável qualquer do 'Observador' teve até a extrema elegância de desejar a morte a Bob Dylan. Porque será? Será do Guaraná? E um outro, que não é bem da esquerda caviar, deve estar a tratar de botar a habitual estrela azul na testa do Dylan. A vingança da mulher das pevides.

Mais que o Nobel, a música, a poesia, os livros vendidos, os concertos esgotados, as canções que toda a gente sabe trautear, falam por Dylan. O sucesso POPULAR fala por Dylan. Como 'popular' e 'esquerda' são conceitos OPOSTOS, esta acrimónia era de esperar.

Deixemos o génio Jimmi Hendrix falar por Dylan:

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