Continução de:
"O Futebol volta a ser Cristão" - 1
"O Futebol volta a ser Cristão" - 2
Recordando o Mundial do Brasil: "Os muçulmanos Ribery, Benzema e Govou, foram seleccionados, apesar de implicados num escândalo de sexo com uma prostituta menor. mas isso, já se sabe, só é grave se for o católico romano Berlusconi!".
"O FUTEBOL VOLTA A SER CRISTÃO"
Via DREUZ.INFO
Explicar um fenómeno novo
O grande número de conversões permitiu a dada altura pressagiar um triunfo do Islão no futebol francês. O sociólogo Stéphane Beaud escreveu em 2011 (em jargão sociológico):
"Num contexto em que aumenta em certos bairros o número de filhos de argelinos ou marroquinos, que se tornaram o grupo maioritário em termos de morfologia social, estes conseguem impor mais eficazmente as suas normas religiosas e sociais, especialmente nesse momento de hesitação na definição da identidade que é a adolescência."
"Em bairros com alta (e crescente) representação de norte-africanos, é manifesta a maior visibilidade do Islão (mesquitas, açougueiros halal, etc.), a prática dominante desta religião, o controlo social ampliado do cumprimento das proibições e a conversão de grupos minoritários (pessoas originárias das Antilhas, os chamados "gauleses", etc.)".
Da autoria do escultor franco-argelino Adel Abdessemed, a estátua celebratória da cabeçada de Zinedine Zidane em Marco Materazzi, foi adquirida pelo Qatar, e deveria ser exposta no Museu Árabe de Arte Moderna, em Doha, numa exposição intitulada "A Idade de Ouro"...
Mas acabou por ser retirada, após uma campanha que a denunciava como "idolatria", que é interdita pelo Islão.
Escrevemos, a propósito:
O Fosso Civilizacional Ocidente x Islão
Alguns anos mais tarde, o fenómeno oposto aparece: "Hoje, os jogadores católicos franceses interessam-se mais por Deus, e não se escondem. Eles seguem o exemplo dos muçulmanos e dos jogadores da América do Sul" - confirmou um dirigente de um clube que deseja permanecer anónimo.
A ostentação da religião pelos muçulmanos, provavelmente, "desinibiu" os outros. A religião tornou-se um assunto frequente, mais do que a política: "Os jogadores de futebol passam muito tempo em viagem, e conversam sobre religião e sobre as suas respectivas culturas. Eles são curiosos e abertos. Há muitas troca de ideias entre eles", disse o mesmo dirigente.
Trata-se de uma forma de reacção de identidade: se os outros jogadores se dizem muçulmanos, então o que somos nós? Não podemos dizer: "Nada". Então dizemos que somos cristãos.
Esta identificação é em parte o resultado dos excessos do Islão comunitário. O Mundial de 2010 foi o auge. O grupo dos convertidos tornou-se cada vez mais reivindicativo: Ribery, Anelka, Abidal.
O "francês" da equipa nacional, Yoann Gourcuff, foi desprezado por motivos étnico-religiosos, foi condenado ao ostracismo. Sendo uma minoria, o branco deve ser assimilado e converter-se ao Islão (à imagem de Ribery), caso contrário permanecerá permanecem isolado. Ou então, pode identificar-se com outra comunidade de fé e reencontrar a sua cultura original. Este último desenvolvimento tem sido ajudado pelo testemunho de jogadores estrangeiros.
(CONTINUA)
Veja o nosso post:
Anelka, a «vítima»
Anelka fazendo a saudação neo-nazi.
Veja também o post:
Ribery, Benzema e Govou, foram seleccionados?
em que mostrámos vídeos de jogadores franceses que se recusam a cantar o hino nacional (ou que riem e cospem durante o mesmo), que afirmam que não se consideram franceses e que protagonizam sucessivos escândalos (nomeadamente sexuais), e perguntámos:
"Alguns seleccionados odeiam a França. Então, porque é que vivem e jogam lá?".
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