Num verdadeiro sinal de mudança no mundo árabe, a personalidade dos media do Kuwait, Yousuf 'Abd Al-Karim Al-Zankawi, apelou a todos os Estados árabes e muçulmanos para que reconheçam Israel, abertamente e sem demora, e parem de chamar-lhe "a entidade sionista" ou "a ocupação israelita", termos que minam a legitimidade de Israel.
Num artigo publicado no diário kuwaitiano Al-Siyassa no sábado, Yousuf argumentou que, sentado-se ao lado de Israel nas Nações Unidas, esses Estados já reconheceram de facto o Estado judeu, e que devem aprender com países como o Qatar e Omã, que têm uma abordagem pragmática sobre Israel e mantêm abertamente vínculos com o país.
Al-Zankawi (à direita) escreve que a grande maioria do mundo apoia a
existência de Israel e que os países árabes começaram a mover-se nessa
direcção e devem concluir o processo.
"A
presença dos Estados árabes e islâmicos na Assembleia Geral da ONU, sob
o mesmo tecto que a delegação israelita, significa que reconhecem
Israel. Caso contrário, qual é o significado da sua presença [lá], ao lado de Israel, que eles não reconhecem? Todos
esses Estados árabes e islâmicos que não reconhecem Israel, se tiverem
coragem, que declarem perante os membros da Assembleia Geral da ONU, ou numa sessão do Conselho de Segurança [da ONU], que não
reconhecem Israel", desafiou Al-Zinkawi no jornal Al-Siyassa, de acordo com uma tradução feita pelo Middle East Media Research Institute (MEMRI).
"O Qatar
e o Sultanato de Omã lidam com a realidade de Israel de forma
pragmática, e reconhecem que é um facto consumado que não podemos
ignorar. Apesar de dificuldades ocasionais, esses países árabes mantêm
relações bilaterais em diversos domínios com Israel. Essas relações existem aberta e directamente."
Um proeminente teólogo e clérigo muçulmano do Qatar, que mantém visões radicais anti-semitas, disse que Israel transformou uma terra deserta e negligenciada num "oásis".
Yusuf al-Qaradawi é uma das autoridades modernas mais reconhecidas no Islão. Manifestou apoio aos extremistas da Irmandade Muçulmana no Egipto e foi impedido de entrar vários Estados europeus.
Neste vídeo, al-Qaradawi lamenta a falta de ética de trabalho na sociedade árabe e no final elogia Israel por ter transformado um deserto árido num Estado florescente:
"Se o próprio Estado palestino - por meio da Autoridade Palestina (AP), que é considerada como o representante legítimo dos palestinos , consolidou os seus laços com Israel, porque é que alguns países árabes e muçulmanos têm uma abordagem mais intransigente do que os palestinos?" - pergunta.
"Os países que estabeleceram laços com Israel entenderam a realidade como ela era e tomaram medidas activas para lidar com ela. O primeiro e mais importante deles é o Qatar, que acolheu recentemente um torneio de voleibol de praia, no qual Israel participou, há alguns dias. Se, por décadas, temos vindo a manter laços indirectos com Israel, por meio de empresas israelitas que operam sob as bandeiras de outros países - e a maioria das empresas e empresários árabes e islâmicos estão conscientes desta realidade ridícula - porque é que continuamos a manter esta política de farsa, e até quando?".
Ao contrário do Alcorão do Islão, que manda os muçulmanos submeterem todo o planeta ao controle literal pelo Islão, a Torá judaica promete aos filhos de Israel uma cota modesta e razoável de terra. Israel está a encarnado no mapa acima. O Mundo Islâmico é 660 vezes maior. Uma Palestina árabe jamais existiu:
Mas afinal quem são os "palestinos"?
Mudança dramática no Médio Oriente
Desde a Primavera Árabe e ao longo da última meia década, a postura dos países árabes no sentido de manterem relações com Israel mudou dramaticamente, com um número crescente de teóricos e de políticos árabes a apoiarem publicamente as relações abertas e plenas com o Estado judeu.
"Num artigo intitulado “Israel não é nosso inimigo”, publicado no jornal oficial kuwaitiano Al-Anba, o jornalista Saleh Al-Shayeji insta os países árabes a abandonarem “a ilusão da nação [árabe] unificada” e garantirem os seus próprios interesses individuais. Eles devem parar de ver Israel como um inimigo, simplesmente por causa do conflito com os "palestinos". Ele perguntou porque é que o Kuwait considera Israel, que nunca o invadiu ou combateu, como um inimigo, e vê o Iraque – que o invadiu e ocupou – como um aliado e um Estado irmão" - ECOANDO A VOZ DOS MÁRTIRES.
Em Janeiro, o Director-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Dore Gold, revelou que Israel mantém relações secretas com quase todos os países árabes.
Gold disse que Israel mantém contactos com "quase todos os Estados árabes, desde que, em seguida (por exigência desses Estados) os contactos não apareçam na primeira página dos jornais diários", e disse que existe "a vontade no mundo árabe de que se mantenham laços escondidos com Israel", denominando essa vontade como uma "mudança dramática".
"A Arábia Saudita reconhece que Israel é um aliado e não um inimigo, por causa das duas ameaças principais que enfrenta: o Irão e o Daesh (Estado Islâmico)", disse Netanyahu durante uma entrevista com Fareed Zakaria, da CNN, em Davos, na Suíça."Quem pode ajudar-nos?" - perguntam. "Obviamente, Israel e os Estados árabes sunitas não estão em lados opostos", disse o primeiro-ministro.
Em Fevereiro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apelou a uma mudança nos países que mantêm laços com Israel, para que passem a expressá-los publicamente, acrescentando que Israel está a enfrentar uma mudança dramática e positiva nos seus laços com vários países, e principalmente com o mundo árabe do Médio Oriente.
"Os maiores países árabes estão a mudar o seu ponto de vista acerca de Israel . Eles já não vêem Israel como inimigo, eles vêem Israel como seu aliado, especialmente na batalha contra o Islão militante", disse.
Por: Max Gelber, UNITED WITH ISRAEL. 12 Abril 2016.
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