Nota: respeitámos o título original deste artigo, mas fazemos uma distinção entre esquerda democrática e esquerda islamófila.
A ESQUERDA ODEIA ISRAEL PORQUE ISRAEL É TUDO QUE A ESQUERDA DESPREZA: CAPITALISTA, CONSERVADOR E PATRIÓTICO
A ESQUERDA ODEIA ISRAEL PORQUE ISRAEL É TUDO QUE A ESQUERDA DESPREZA: CAPITALISTA, CONSERVADOR E PATRIÓTICO
para o BREIBART, 31 Jul 2014 - durante a Operação Protecção-Limite
Toda a gente, desde os jornalistas liberais a um membro da equipa de cricket de Inglaterra, estão a atacar Israel neste momento. O Independent descreve o país como "Estado pária". O Guardian considera a 'ocupação' israelita de Gaza como uma 'vergonhosa injustiça'. Enquanto isso, o jogador de críquete Moeen Ali prometeu o seu apoio aos palestinos ostentando pulseiras 'Free Gaza'. A opinião respeitável sabe quem são os maus neste conflito.
O que é que em Israel desperta tanta raiva? Será que é porque é um estado teocrático, empenhado em destruir o seu vizinho, que usa civis como escudos humanos, tortura e mata os seus opositores políticos, persegue os homossexuais, e despreza a liberdade de expressão e o Estado de Direito?
Não, espera aí, isso é o Hamas, e todos nós sabemos que eles são os bons da fita. Não importa o quão terrivelmente eles tratam os seus próprios povos e quantos inocentes eles explodem, abatem ou sequestram, nada é suficiente para que mereçam reparos.
O que não significa que Israel se pudesse safasse, se tivesse o mesmo comportamento, é claro. Israel não pode nem mesmo proteger o seu próprio povo sem atrair críticas. Israel é como o irmão mais velho de quem se espera sempre bom comportamento. Os irmãos mais novos podem fazer todas as loucuras, porque eles são julgados segundo diferentes padrões, enquanto o irmão mais velho deve permanecer calado e quieto, não importa quantas vezes seja pontapeado.
Um exemplo do gritante duplo padrão da esquerda: O 'Figaro' noticiou o ataque terrorista por bombista suicida a um autocarro em Jerusalém como podem ver acima: disse que houve um atentado e que um "palestiniano" morreu. Quem lê, fica naturalmente a pensar que o bombista foi a vítima e que os judeus (as vítimas) foram os atacantes. Enquanto os terroristas celebravam o ataque, os jornalistas de todo o Mundo celebravam à sua maneira: MENTINDO!
Não que os media informem quando Israel é pontapeado. Os media preferem lamentar as perdas palestinas significativamente mais elevadas, assumindo automaticamente que Israel não tem razão e absolvendo o Hamas por este ter iniciado a contenda. Israel, ao que parece, deve mostrar uma contenção que ninguém iria esperar realisticamente do Hamas se este possuísse o mesmo poder militar. Os relativistas que não vêem nenhuma diferença moral entre uma democracia liberal e um regime terrorista, não têm nenhum problema em esperar que os dois lados se comportem de forma diferente.
Uma coisa é certa, se Israel fosse apenas mais um inferno islâmico, teria uma vida muito mais fácil no cenário mundial. Mais sangue é derramado a cada ano na Somália, no Paquistão ou na Nigéria, do que em Gaza, mas a indignação com esses horrores empalidece ao lado da indignação que as acções de Israel provocam. Enterra-se a cabeça na areia, retorcem-se os critérios, fecham-se os olhos, e arranjam-se pretextos para atacar o país que todos adoram odiar.
A Agência de Notícias France Press é uma das maiores centrais de difamação de Israel. Foi hoje mesmo divulgado que o único site do mundo a quem a famigerada AFP não permite que divulgue os seus vídeos é o EUROPE-ISRAEL. Cá em Portugal temos por exemplo o Al-Público, um bastião do anti-semitismo mais abjecto.
Tratar-se-á apenas de anti-semitismo? O anti-semitismo grassa no mundo árabe, e os eternos críticos de Israel, provavelmente, contagiaram-se com um pouco desse proverbial ódio aos judeus. Mas não acho que resida aí o maior motivo da antipatia liberal ocidental. Se o anti-semitismo fosse o culpado, seria dirigido a Israel onde quer que estivesse no mundo. No entanto, é difícil imaginar que tivesse tantos problemas com os seus vizinhos, ou atraísse tanto ódio, se fosse um Estado europeu. Provavelmente seria uma outra na Suíça, e despertaria o mesmo desconforto.
No mundo muçulmano (nomeadamente em Gaza) as execuções de homossexuais são espectáculo público muito apreciado. O Irão (tão querido da esquerda) executou 700 infelizes em 6 meses. O deus-Obama e a esquerda em geral indignam-se porque o Quénia não aprova o casamento gay! Nem uma palavra sobre o massacre dos homossexuais sob o Islamismo.
O facto é que, quando se trata de Israel, ninguém parece estar interessado na verdade. Ninguém se importa que Israel tenha desistido das terras conquistadas durante a Guerra do Yom Kippur, na esperança de garantir a paz. Nem que tenha presenteado os palestinos com 3.000 estufas, aberto postos de fronteira e incentivado o comércio. Nem que os habitantes de Gaza tivessem respondido destruindo as estufas e elegendo um governo comprometido com a erradicação dos judeus, que tivessem disparado centenas de milhar de mísseis contra Israel, e cavado túneis sob o território israelita a partir dos quais lançaram ataques de surpresa.
Ninguém se importa que Israel dê aos habitantes de Gaza aviso prévio dos seus raides, enquanto o Hamas deliberadamente dirige os seus ataques contra os civis israelitas. Nem que o Hamas coloque as suas armas em escolas, mesquitas, hospitais e casas particulares, para maximizar a chance de baixas civis. Nem que Israel tenha prendido os culpados pelo assassinato de um jovem palestino, e oferecido reparações à família da vítima, enquanto o Hamas não fez nada para capturar ou punir os assassinos de três adolescentes israelitas. Nem que não haja quaisquer soldados israelitas em Gaza, apesar da narrativa de uma "força de ocupação", propalada pelos apologistas do Hamas.
Ninguém leva os factos em consideração, porque os factos são inúteis para a narrativa propagada pela esquerda pró-palestina - ou seja, de que esta é uma batalha entre um opressor macho e forte, contra um opositor fraco e oprimido, que os esquerdistas se sentem virtuosos em apoiar.
Israel é uma destilação de tudo o que os esquerdistas odeiam nas nações ocidentais: capitalista, conservador e ferozmente patriótico. É uma projecção dos seus próprios preconceitos sobre as supostas injustiças das sociedades que prezam os valores "errados" e as pessoas "erradas". Os esquerdistas ocidentais não compartilham as crenças espirituais dos palestinos, mas compartilham um inimigo comum. Na verdade, se Israel fosse retirado da equação, os seus críticos teriam pouco para dizer sobre Gaza ou sobre o Hamas. Trata-se de um casamento de conveniência.
O uso que a esquerda faz da situação árabe-israelita como plataforma para a a manifestação da sua auto-proclamada superioridade moral, e como metáfora das suas próprias inibições, cega-a para os males do Hamas e do resto da Irmandade Muçulmana. Parece alheia ao conflito ideológico entre os fundamentalistas islâmicos e os progressistas ocidentais, porque persiste em considerar os primeiros como vítimas de estimação. Poderão vir a descobrir a maneira mais dolorosa o quanto custa apoiar um inimigo que não faz distinção entre esquerdistas ocidentais e quaisquer outros infiéis.