Raheel Raza
Activista muçulmana de Direitos Humanos visita Israel e diz que o Islão deve ser reformado
"Para curar a doença, primeiro é preciso chamá-lo pelo nome. Isso ainda não aconteceu com o Islão radical por causa do politicamente correcto. Israel parece ser a única comunidade onde as pessoas comprendem isto", disse Raheel Raza.
A activista de direitos humanos muçulmana, Raheel Raza, esteve recentemente em Jerusalém para apresentar o seu novo documentário, "By the Numbers: The Untold Story of Muslim Opinions and Demographics", que versa sobre as opiniões prevalecentes entre os muçulmanos de todo o Mundo e que o Mundo desconhece.
"Para curar a doença, primeiro é preciso chamá-lo pelo nome. Isso ainda não aconteceu com o Islão radical por causa do politicamente correcto. Israel parece ser a única comunidade onde as pessoas comprendem isto", disse Raza, numa palestra organizada pelo Fórum Legal Internacional, na terça-feira à noite na semana passada.
O seu novo documentário baseia-se nos resultados das sondagens do Instituto de Sondagens Pew, que estuda as crenças e opiniões entre os muçulmanos de todo o mundo. Raza, que narra o filme, aponta para que as sondagens do Pew Research Institute mostram que a maioria dos muçulmanos do mundo, 53 por cento, quer lei a Sharia como lei oficial dos seus países. Cerca de 39 por cento dos muçulmanos do mundo - 365 milhões de pessoas - acreditam que os crimes de honra são um castigo justo para uma mulher que teve relações sexuais extra-conjugais. Cerca de 27 por cento, 237 milhões de pessoas, acreditam que os apóstatas devem ser executados.
Outros resultados das sondagens mostram que 42 por cento dos muçulmanos franceses e 35 por cento dos muçulmanos britânicos com idades entre 18 e 29 anos acreditam que os atentados suicidas contra os não-muçulmanos são justificadados.
O mundo ocidental não percebe o perigo representado por estes números, acredita Raza.
"A nossa sociedade tem evoluído ao ponto em que podemos ter um debate civilizado sobre qualquer coisa, excepto, talvez, a questão mais importante do nosso tempo - a ascensão do Islão radical", disse ela.
Raza disse que quer não só aumentar a consciencialização sobre o Islão radical no mundo ocidental, mas também comunicar aos muçulmanos as ideias de amor e de paz inerentes ao Corão. "O Islão tem de ser levado para o século XXI. Assim, o conceito de jihad armada foi talvez apropriado no século VII, mas hoje ele tem que ser abandonado pela nossa religião".
"Nós precisamos diferenciar entre a mensagem espiritual do Alcorão e o Islão radical, que é sobre política, e não sobre Deus", disse ela.
Com agudo sentido de humor, Raheel Raza mencionou que recebe ameaças por causa da sua actividade, incluindo ameaças de morte "não muitas vezes - talvez apenas uma vez por semana."
Raza nasceu no Paquistão e mudou-se com a sua família para o Canadá em 1989. Tem vindo a defender a igualdade de género, os direitos das mulheres e o diálogo inter-religioso há mais de 20 anos, e já escreveu dois livros sobre os perigos representados pelo Islão radical. É também a presidente do Conselho para os Muçulmanos e o Futuro.
"A comunidade judaica, especialmente os judeus israelitas, é, julgo eu, a única comunidade que comprende esta mensagem", disse Raza.
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