Terroristas
Estado Islâmico: os amalequitas de hoje? (Foto AP)
"O Senhor estará em guerra contra Amaleque de geração em geração" (Êxodo 17:16)
Algumas
histórias que ouvimos quando crianças ficam connosco toda a vida. Elas falam de
algo profundo dentro da nossa psique, da nossa alma. A história dos amalequitasé uma dessas histórias. É sobre aqueles que desejam matar os judeus. Sobre as
pessoas que acreditam que os judeus devem ser exterminados como povo e como
nação. O ódio é tão forte que eles encorajam até as mortes entre eles mesmos,
nesse esforço.
Há quarenta anos, o rabino Eliyahu Kitov escreveu no Livro da Nossa Herança:
"O ódio levou-os ao ponto de estarem prontos a cometer suicídio, apenas como forma de expressarem ódio. Eles (os amalequitas) vieram para destruir e odiar."
É
ensinado ao povo judeu que "O Senhor estará guerra contra Amaleque de
geração em geração". Isto implica que Israel tenha que travar uma guerra
santa de extermínio contra os amalequitas (Deut. 25: 12-19). Nós aprendemos do
que são capazes os amalequitas durante o Êxodo dos judeus do Egipto. Eles são
conhecidos por predarem sobre os fracos, os doentes, as mulheres e as crianças,
os retardatários que saíram do Egipto após a sua escravização pelo Faraó. Eles
são como as hienas, que procuram o ponto mais fraco do rebanho; como os
abutres, que circundam as presas esperando até que fiquem fracas demais para se
moverem. Eles são cobardes.
Reparem
que eu escrevo no presente, porque os amalequitas e o seu líder, Amaleque,
estão entre nós hoje.
Somos informados na literatura rabínica de que devemos reter uma recordação eterna dos amalequitas, porque Amaleque é o inimigo irreconciliável, e é proibido mostrar tolamente misericórdia para com quem é totalmente dedicado à destruição de Israel. E, tão importante quanto isso, cabe-nos lembrar que o ataque dos amalequitas sobre os israelitas encorajou outros a fazerem o mesmo.
Ao
longo dos séculos, muitos inimigos importantes de Israel foram identificados
como descendentes directos dos amalequitas. Haman, considerado como um descendente
de Agag (I Sam. 15: 8), o Rei amalequita, é "lembrado" a cada ano no
Purim.
Parece
que os amalequitas permaneceram discretos, relativamente falando, até que
surgiram sob a forma de Hitler. Ou talvez Amaleque tenha estado sempre
presente, sob a superfície, mas nós simplesmente não prestámos atenção aos
pequenos "males" cometidos aqui e ali: as acusações e perseguições,
expulsões e conversões forçadas de judeus. Talvez, em auto-defesa, tenhamos
permanecido deliberadamente cegos, rezando para que o vento soprasse o mal para
longe, enquanto o resto do mundo escolheu a cegueira voluntária para com os
nossos sofrimentos. O que permitiu que o mal dos amalequitas despontasse em
Hitler.
Mas
Amaleque não foi derrotado com a morte de Hitler. Sim, o mundo chorou quando
ouviu a verdade sobre os fornos. Mas as suas lágrimas secaram, rapidamente,
tornando possível aos amalequitas reaparecerem.
Eles
reapareceram pela primeira vez que os islamitas pediram a destruição de Israel.
Enquanto os muçulmanos atacaram os judeus em Israel durante décadas, o Ocidente
desviou o olhar. Não era problema seu. Se alguma coisa o Ocidente fez, foi,
depois de 1973, começar a culpar Israel pelos ataques contra os judeus.
Culparam a vítima. E hoje, os ataques dos amalequitas sobre os israelitas têm
incentivado outros a atacarem o resto dos judeus, no Ocidente, como os rabinos
nos tinham avisado: "O ataque dos amalequitas sobre os israelitas
incentivou outras pessoas."
Israel é o "Ocidente" no Médio
Oriente
Parece
que o Ocidente se recusa a reconhecer que Israel é o Ocidente no Médio Oriente.
Quantas vezes já ouvimos "Morte a Israel ... Morte à América"? Para
estes islamitas, estes amalequitas, Israel e Estados Unidos são uma e a mesma
coisa. Como é a Europa.
Ser
contra Israel, recusar as falsas alegações de que Israel é um ocupante
http://www.cilr.org/home/the-levy-report -
está na moda. Os amalequitas, vestidos como "palestinos",
encorajam outros a atacar Israel - o símbolo do Ocidente - e agora,
infelizmente, todo o Mundo sofre com o mesmo ódio que os israelitas já
experimentam desde 1948.
Não
tem nada a ver com Israel e os "palestinos" e tem tudo a ver com
choque de culturas. Mas o tolerante, inclusivo, hospitaleiro Ocidente,
recusou-se a ver o que muitos de nós vimos há muito tempo: que os valores do
Ocidente, que vêm do povo judeu, são anátema para os amalequitas de hoje.
Robert
Fulford,
http://news.nationalpost.com/full-comment/robert-fulford-isils-aims-and-appeals,
na sequência dos recentes acontecimentos traumáticos na França e na Bélgica,
escreveu sobre o choque cultural, no National Post:
"O pensamento em espelho é um grave erro, é a tentação de achar que os adversários são muito parecidos connosco e têm perante a vida a mesma atitude que nós. Para evitar esse erro, devemos ter a noção de que do outro lado há um sistema de crenças radicalmente diferente. Devemos considerar o crescendo de pessoas que pregam o caminho islamista radical. ... Enquanto o Ocidente acha a vida cada vez mais complicada, o Islão radical acha-a completamente simples, redutível a um conjunto de regras claras. Não-crentes, incluindo os muçulmanos xiitas, são infiéis, que não têm direito de viver. Um verdadeiro soldado islâmico que morre na batalha vai imediatamente para o paraíso, e então a morte pode ser preferível à vida. "
Quando
no Ocidente fechamos os olhos aos ataques contra judeus, como fizemos durante o
reinado dos nazis, e agora contra o Estado judeu de Israel, estamos apenas
encorajar outras pessoas a atacarem o Ocidente. Muitos líderes no Ocidente
ainda tentam justificar e desculpar o mal, o comportamento bárbaro destes
amalequitas actuais.
Após
o mais recente ataque terrorista em Paris, duas das pessoas mais influentes no
Ocidente tiveram a ousadia de tentar diminuir a crueldade desses ataques pela
tentativa de os racionalizar e diminuir.
John
Kerry, o Secretário de Estado dos EUA, disse: "Há algo diferente em
relação ao que aconteceu no Charlie Hebdo, e acho que toda a gente sente isso.
Havia uma espécie de foco particularizado e talvez até mesmo uma legitimidade,
não propriamente legitimidade, mas uma lógica que podíamos observar e dizer:
'Ok, eles estão realmente com raiva por causa disto', mas esta sexta-feira foi
absolutamente indiscriminado."
http://time.com/4117525/kerry-charlie-hebdo-massacre-had-clearer-rationale-than-paris-attacks/
Barack
Obama, Presidente dos EUA, disse: "Os terríveis acontecimentos em Paris
foram obviamente um terrível e nauseante revés."http://abcnews.go.com/International/paris-attacks-terrible-sickening-setback-isis-fight-obama/story?id=35228601
Francês
chorando na sequência do Massacre de Paris (Foto AP)
Amalek
corre à solta na Europa
Como
nos esquecemos tão rapidamente dos nossos próprios valores, das nossas leis
sobre as interacções humanas, das nossas regras... O artigo 3º da Resolução do
CSNU 1566 de Outubro de 2004 (aprovada ao abrigo do capítulo VII e, portanto,
obrigatória para todos os Estados), declara (grifo nosso):
"... que os actos criminosos, incluindo contra civis, cometidos com a intenção de causar a morte ou lesões corporais graves, ou a tomada de reféns, com o objectivo de provocar um estado de terror no público em geral ou num grupo de pessoas ou em pessoas particulares, intimidar uma população ou obrigar um governo ou uma organização internacional a praticar ou abster-se de praticar qualquer acto, constituem infracções no âmbito das convenções e protocolos internacionais relacionados com o terrorismo, e não podem, sob nenhuma circunstância, ser justificados por considerações políticas, filosóficas, ideológicas, raciais, étnicas, religiosas ou de natureza similar, e exorta-se todos os Estados a evitarem tais actos e, se não forem evitados, a garantirem que esses actos sejam punidos através de sanções consistentes com a sua grave natureza."
Nota nossa - Lembramos, a propósito, o
apelo explícito ao terrorismo feito pelo embaixador "palestino" em
Portugal, e dado à estampa, com o habitual desvelo, pela publicação
pró-jihadista e anti-semita Público - ou Al-Público:
Os
amalequitas, os islamistas, estão numa fúria assassina na Europa. Eles já
atacaram o Canadá, a Austrália e a América. Onde quer que vão, eles atacam
"alvos fáceis", um eufemismo para civis inocentes não esperam ser
assassinados enquanto passeiam pela rua, quando estão no cinema, nos cafés, nos
estádios desportivos, conduzindo os seus carros, cuidando dos seus filhos,
frequentando os seus lugares de culto, fazendo as coisas que as pessoas livres
fazem todos os dias.
"É
o direito dos nossos jovens fazerem com que as mulheres israelitas (e/ou
europeias ou americanas ou australianas) chorem como as nossas mulheres estão a
chorar" - dizem eles, apesar de que as mulheres deles gritam de alegria
após as mortes dos seus filhos e maridos ''como mártires." -
http://www.palwatch.org/main.aspx?fi=157&doc_id=16297
Ver por exemplo o post recente:
"O ódio levou-os ao ponto de estarem prontos a cometer suicídio, apenas como forma de expressarem ódio. Eles (os amalequitas) vieram para destruir e odiar."
Enquanto
escrevo isto, a Bélgica está sob bloqueio. Os amalequitas, os islamistas, estão
em marcha, encorajados pelo Ocidente, quando se recusou a responder aos seus
ataques contra os judeus. Que desculpas vão os nossos líderes ocidentais
inventar agora?
Existe
entre nós um novo Amaleque?
Um artigo de Diane Weber Bederman
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