quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Uma pergunta

Todos sabemos como o islão foi raptado por uma minoria de extremistas, que Obama e Biden... peço perdão, Osama bin Laden não representa a verdadeira natureza do islão, que a culpa de toda a raiva islâmica contra o Ocidente deriva das políticas externas americanas e europeias e que no fundo o islão é uma religião de paz e a grande maioria dos muçulmanos são moderados que apenas querem viver em paz e harmonia com os seus vizinhos, qualquer que seja a raça ou religião deles.

Pois bem, onde estão os protestos dos muçulmanos ocidentais (e não só) moderados  contra a al-qaeda, o 11 de Setembro, os atentados em Londres, Madrid, Bengazhi, o casamento de crianças, a mutilação genital feminina, o assassínio de cristãos, o assassínio de hindus, e de forma geral, contra todos os atos cometidos por, e políticas defendidas pela "minoria de extremistas"?

Pelo que se passou com os cartoons dinamarqueses e pelo suposto trailer de um filme inexistente sabemos que se conseguem mobilizar e manifestar na rua contra o que julgam estar errado e ser contra a religião deles. Na Inglaterra há vários registos de protestos organizados por muçulmanos mas a FAVOR de bin Laden. Aliás, não há um protesto contra o terrorismo islâmico (não organizado por muçulmano, obviamente, basta ver que logo após os atentados de Londres Mohamed Naseem, líder da Mesquita Ocidental de Birmingham disse que não havia provas de que os bombistas suicidas fossem muçulmanos, que as imagens das câmaras de segurança não passavam de CGI, e que nenhum muçulmano no mundo tinha alguma vez ouvido falar numa organização chamada al-qaeda) ou contra a apatia das autoridades em investigar crimes cometidos por muçulmanos  sem que haja um contra-protesto organizado por muçulmanos (contra-protestos que geralmente descambam em violência contra a polícia e manifestantes contra o terrorismo, mas não devia dizer isso senão ainda me arrisco a ser apelidado de "racista"). Não seriam os muçulmanos ocidentais moderados os principais interessados em distanciar-se dos "extremistas que tomaram controlo do islão"? Porque é que não fazem nada nesse sentido? Ok, acabaram por ser 3 perguntas. Falsa publicidade, paciência, processem-me :)

1 em cada 4 muçulmanos britânicos acham que os atentados de Londres foram justificados 
32% dos Palestinianos aopiam o assassínio de uma família israelita 
51% dos Palestinianos apoiam Osama Bin Laden 
A maioria  dos muçulmanos acha que o 11 de Setembro foi uma conspiração
1 em cada 3 estudantes muçulmanos britânicos advocam homicídios em nome do Islão
78% dos paquistaneses são a favor do apedrejamento de adúlteros, 83% são a favor da morte de apóstatas
1 em cada 4 turcos são a favor dos "crimes de honra" 


Muitos muçulmanos defendem crimes de honra, apedrejamento de adúlteros, ou a morte de apóstatas. Tudo opiniões de gente obviamente moderada, sem dúvida. E depois quem olha para a situação e pensa qualquer coisa deste tipo:


é sem dúvida preconceituoso(a), racista, xenófobo(a), supremacista branco(a), espalha-medo, espalha-ódio e todos os outros epítetos utilizados para tentar envergonhar e silenciar quem se recusa a desrespeitar a Constituição Portuguesa e prefere antes tratar pessoas de todas as religiões de forma igual - ninguém está acima de criticas - e usar a sua liberdade de expressão (outro direito inscrito na Constituição Portuguesa) para questionar o que julga estar errado.


Sim, leram bem, dar privilégios a uma religião que as outras não têm é desrespeitar a Constituição Portuguesa.
Artigo 13.º
Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.



E esta, hein?

1 comentário:

  1. Está aqui o âmago da questão: o Ocidente foi educado nas últimas décadas para se culpar e odiar; e proceder com servilismo e temor quase supersticioso em relação ao resto do Mundo e aos valores que nos são estranhos.

    É por isso que nós hoje somos cidadãos sem direitos na nossa terra, ao passo que tudo quanto é estranho à nossa cultura é endeusado, e tanto mais endeusado quanto mais bárbaro for!

    I.B.

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