Os cristãos de língua árabe usavam a palavra "Alá" para se referirem ao Deus da Bíblia, desde antes da invenção do Islão. Isso não significa, na realidade, a sua islamização ou dhimmitude, é apenas a palavra que eles usavam. Mas agora os supremacistas islâmicos da Malásia resolveram o problema... Proibir
os cristãos da Malásia de usar a palavra é simplesmente uma afirmação
de supremacia e um meio para manter os cristãos subjugados.
"Regras do Tribunal na Malásia determinam uso de 'Alá' como exclusivo para os muçulmanos"
Reuters, 14 de Outubro
Ismail Haniyeh saúda o P.M. da Malásia, Najib Razak (à direita) em Gaza, a 22 de Janeiro de 2013. Foto: Mohammed Salem/Reuters
Putrajaya, Malásia - Um tribunal da Malásia decidiu na segunda-feira que um jornal cristão não pode usar a palavra "Alá" para se referir a Deus, uma decisão histórica sobre um tema que atiçou as tensões religiosas e levantou questões sobre os direitos das minorias no país de maioria muçulmana.
A decisão unânime dos três juízes muçulmanos no tribunal de apelação da Malásia revogou uma decisão de 2009 por um tribunal inferior que permitiu que a versão do jornal The Herald em língua malaia usasse a palavra Alá - como muitos cristãos na Malásia dizem ter sido o caso durante séculos.
"O uso da palavra 'Alá' não é uma parte integrante da fé no Cristianismo", disse o juiz Apandi Mohamed Ali na sentença . "O uso da palavra vai causar confusão na comunidade".
A decisão coincide com tensões étnicas e religiosas intensificadas na Malásia depois da eleição polarizada de Maio, em que o voto decisivo que afastou a coligação no poder foi o dos eleitores urbanos, que inclui uma grande parte da minoria étnica chinesa.
Nos últimos meses, o primeiro-ministro Najib Razak tem procurado consolidar o seu apoio entre a maioria étnica malaia, que são muçulmanos por lei, e garantir o apoio dos tradicionalistas.
O novo governo tem endurecido as leis de segurança e introduziu medidas para impulsionar uma política de açcão afirmativa da etnia malaia, revertendo reformas liberais destinadas a apelar a uma Malásia multi-étnica.
O governo argumentou que a palavra 'Alá' é específica para os muçulmanos e que a decisão do então ministro em 2008, de negar a permissão para imprimir jornal, era justificada com base na ordem pública.
Os advogados do jornal católico haviam argumentado que a palavra 'Alá' antecede o Islão, e que tinha sido amplamente utilizada pelos cristãos de língua malaia, na Malásia e na ilha de Bornéu, desde há séculos. Eles dizem que vão apelar contra a decisão.
Os cristãos na Indonésia e em grande parte do mundo árabe continuam a usar a palavra, sem a oposição de autoridades islâmicas. Igrejas no Bornéu, nas províncias de Sabah e Sarawak disseram que vão continuar a usar a palavra.
O jornal ganhou uma revisão judicial da decisão do ministro do Interior, em 2009 , provocando um apelo do governo federal ....
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