quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Grandes cabeças...

Escreveu para aqui uma enxurrada de lugares comuns uma leitora que sofre da síndrome do politicamente correcto. To cut a long story short, a tese é: na questão do conflito israelo-árabe, estar de um lado ou de outro é apenas uma questão de opinião. 

Para que nos entendamos, vamos a um exemplo simples e claro como água:


Na Segunda Grande Guerra, e nessa ordem de ideias, os nazis foram tão bons quanto os Aliados. E os Aliados naturalmente que foram tão maus como os nazis e seus apaniguados.

Os ingleses, os americanos, os franceses, os belgas, os israelitas, os mexicanos, os australianos, e tantos outros que pereceram no conflito a lutar contra o Hitler, estarão então moralmente ao mesmo nível das SS, da Gestapo e dos outros monstros todos!

Grandes cabeças estas...

E que tal, por exemplo, equipararmos os tibetanos, vítimas de genocídio por parte do Partido Comunista Chinês, aos torcionários que os abatem como animais? Imagino que se os tibetanos batessem o pé aos chineses e os vencessem, passariam a ser tão demonizados quanto os israelitas...

Poderíamos estar aqui até à noite a enumerar conflitos em que houve e há agressores e agredidos.

Em Israel temos uma nação que desde o início que quer a paz e a solução de dois Estados, e uma aliança árabe que desde o início ambiciona apenas a extinção dos Judeus e a ocupação total da sua terra. Israel é uma parcela ínfima do Médio-Oriente e ainda mais do mundo árabe. Israel tem cedido terra em troca de paz, apesar da guerra sem tréguas que lhe movem. Os «palestinianos», essa nacionalidade inventada nos anos sessenta do século XX, não têm entre os seus apoiantes quem lhes dê um palmo de terra. É Israel que eles querem, até ao último milímetro quadrado.

Quem no Mundo Livre apoia o Hamas, o Hezbollah, a Al-Qaeda e outras organizações terroristas, quem apoia o fundamentalismo islâmico e conspira contra a democracia, deve, urgentemente, e por uma questão de coerência, deixar o mundo democrático que odeia e juntar-se aos seus irmãos de fé. Reitero que se trata de traidores, que, como os neo-nazis, usam a liberdade democrática para combater a Liberdade e a Democracia.

Só grandes cabeças não entendem isto. Se vivessem em Israel e tivessem que conviver diariamente com os bombistas suicidas, os atentados, os snipers, os bombardeamentos, as guerras movidas pelo mundo árabe em peso, depressa mudariam de opinião. Se o Eixo do Mal triunfar e Israel deixar de ser o tampão que se opõe à expansão do terrorismo islâmico, depressa compreenderão.

Dizer as coisas assim, claramente, não é deixar de ser contra o ódio e pela paz para todos. Não é por falar através de eufemismos e floreados que se é mais pela paz.

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