“Recusamos, absolutamente, ser o único povo no mundo que consente que o seu destino seja decidido por outros.” - Golda Meir.
As instalações nucleares do Irão não foram atingidas, de acordo com o órgão de vigilância atómica da ONU.
Por Charles Bybelezer, JNS
Israel atacou nas profundezas do Irão na manhã de sexta-feira, tendo como alvo uma instalação militar perto da cidade de Isfahan, a cerca de 1.500 quilómetros do Estado judeu.
Três fontes iranianas confirmaram ao The New York Times que uma base aérea em Isfahan foi atingida, enquanto autoridades anónimas israelitas e norte-americanas foram citadas por meios de comunicação como tendo dito que as FDI (Forças de Defesa de Israel) conduziram o ataque.
A Imprensa iraniana negou qualquer ataque com mísseis israelitas, alegando que a República Islâmica havia abatido drones no seu espaço aéreo.
As instalações nucleares do Irão não foram atingidas, de acordo com o órgão de vigilância atómica da ONU.
Uma autoridade israelita disse ao Washington Post que o ataque “pretendia sinalizar ao Irão que Israel tinha a capacidade de atacar dentro do país”.
Jerusalém teria dito aos Estados Unidos na quinta-feira que planeava retaliar dentro de uma janela de 24 a 48 horas pelo enorme ataque de drones e mísseis de Teerão no fim de semana passado.
Não houve comentários imediatos das Forças de Defesa de Israel ou do Gabinete do Primeiro Ministro.
A embaixada dos EUA em Jerusalém emitiu um alerta aos funcionários do governo e às suas famílias, restringindo as viagens às regiões de Tel Aviv, Jerusalém e Beersheva com “muita cautela, após relatos de que Israel conduziu um ataque de retaliação dentro do Irão”.
Na manhã de sexta-feira, as FDI também atacaram sistemas de defesa aérea no sul da Síria, de acordo com a agência de notícias estatal SANA.
Os militares israelitas atacaram mais de 50 alvos pertencentes ao Hezbollah e outros grupos terroristas apoiados pelo Irão na Síria desde 7 de Outubro, num esforço contínuo para evitar um maior entrincheiramento militar iraniano no país.
Durante a noite de sábado, o Irão lançou mais de 300 mísseis, incluindo mísseis balísticos e drones, contra o Estado judeu. As FDI disseram que Israel os e seus aliados militares interceptaram cerca de 99% dos projéteis.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse na quarta-feira que Israel tomaria a a sua própria decisão sobre como responder ao ataque sem precedentes de Teerão.
“Agradeço aos nossos amigos por apoiarem a defesa de Israel – apoio tanto em palavras como em acções”, disse Netanyahu antes de uma reunião do Gabinete em Jerusalém.
“Eles também têm todos os tipos de sugestões e conselhos. Agradeço, mas quero deixar claro: tomaremos as nossas próprias decisões e o Estado de Israel fará tudo o que for necessário para se defender”, acrescentou.
Os governos ocidentais apelaram a Israel para que se abstenha de retaliar contra Teerão, temendo a expansão da guerra regional.
O presidente dos EUA, Joe Biden, teria dito a Netanyahu durante um telefonema no sábado que Washington não participaria nem apoiaria um ataque israelita.
A emissora pública israelita Kan News informou esta semana que Netanyahu havia retrocedido numa resposta militar já aprovada ao Irão, devido à pressão de Biden.
Autoridades egípcias anónimas disseram ao canal de notícias Al-Araby Al-Jadeed do Qatar, na quarta-feira, que Washington concordou em apoiar uma operação israelita na cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, em troca de Jerusalém renunciar a um grande ataque à República Islâmica.
Em Janeiro de 2023, Israel supostamente conduziu um ataque de drone a uma instalação de produção de UAVs kamikaze Shahed-136 perto de Isfahan.
O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, completou 85 anos em 19 de Abril.
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