Sempre entusiasta de invenções (sobretudo na área da Saúde e do Ambiente), confesso que esta me deixou uma pontinha de inveja. Lutei muitos anos contra o hábito do tabaco. E sempre notei que o cigarro sabia especialmente mal quando associado a odores desagradáveis. Cientistas israelitas, reeditando a parábola do Ovo de Colombo, deram o passo que não me ocorreu:
Israel procura solução para um piores hábitos do mundo - fumar.
Cheiro de peixe podre e ovos podres poderão curar o vício de fumar? Cientistas israelitas do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot, desenvolveram um método inovador para afastar os fumandores do seu hábito pernicioso.
Uma equipa de cientistas israelitas do Instituto Weizmann levou a "aprendizagem durante o sono" a um novo patamar. A investigação, publicada no Journal of Neuroscience, sugere que certos tipos de condicionamento, aplicados durante o sono, podem induzir o paciente a mudar o seu comportamento.
Numa tentativa de influenciar o comportamento dos fumadores, os pesquisadores expuseram-nos, durante o sono, a combinações de odores desagradáveis com o do fumo de cigarros. Depois, pediram-lhes que registassem quantos cigarros fumavam por dia, nas semanas seguintes. O estudo revelou uma redução significativa no hábito de fumar.
Os fumadores passaram a associar o acto de fumar com o odor repugnante de ovos estragados e peixe podre.
O Dr. Anat Arzi, do Departamento de Neurobiologia do Instituto Weizmann (imagem à esquerda), sob a liderança do Professor Noam Sobel, demonstrou anteriormente que o condicionamento associativo, em que o cérebro é treinado para associar subconscientemente um estímulo com outro, pode ocorrer durante o sono, nomeadamente com odores.
Embora os voluntários que participaram na experiência não se lembrassem dos odores a que foram expostos durante o sono, reagiram-lhes inconscientemente.
Este estudo foi realizado com 66 voluntários que queriam parar de fumar, e não estavam a ser tratados para tal. O tabagismo foi escolhido para o estudo porque é um comportamento que pode ser monitorizado, e a evolução pode ser quantificada.
Sobel e Arzi sugerem que este método de modificação de hábitos através de condicionamento pode ser uma direção promissora no combate aos vícios, porque o centro de recompensa do cérebro, que está envolvido nos comportamentos viciantes - como o tabagismo - está intimamente ligado às regiões cerebrais que processam os cheiros. Algumas destas regiões não só permanecem activas enquanto dormimos, como a informação que elas absorvem pode até ser reforçada durante o sono.
Arzi disse que a sua equipa ainda não inventou uma maneira de parar de fumar durante o sono. Isso requer um tipo diferente e mais específico de estudo, explicou. "O que nós demonstrámos é que o condicionamento pode ocorrer durante o sono, e esse condicionamento pode levar a mudanças comportamentais reais. O nosso sentido do cheiro pode ser um caminho de entrada para o nosso cérebro, de modo que, ao dormir, talvez possamos, no futuro, mudar comportamentos viciantes ou prejudiciais".
Traduzido, condensado e adaptado de United With Israel
Abrem-se, com efeito, horizontes de pesquisa deveras promissores. Note-se contudo que existe aqui uma forte probabilidade de os cientistas terem plagiado este modesto blogue. Por diversas vezes aqui declarámos que deixámos de ler o jornal Al-Público devido ao fedor abominável que este a dada altura passou a exalar!
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