Guerra na Síria "atingiu um ponto crítico", alerta comissão de inquérito da ONU - PÚBLICO
Discurso perante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, proferido por Hillel Neuer, Director Executivo da organização independente UN Watch no dia 18 de Junho de 2014, no debate com a Comissão de Inquérito sobre a Síria:
Sr. Presidente, o que a Comissão de Inquérito sobre a Síria descreveu, é um inferno. Confrontadas com os relatos contínuos de assassinatos em massa, tortura, estupro, de gaseamento de civis por armas químicas, como respondem as Nações Unidas?
Com honrosas excepções, a reacção da ONU a mais este inquérito, em termos de políticas e práticas, pode ser descrita em três palavras: business as usual.
Considerem o seguinte: Em Novembro de 2011, em plena vaga de atrocidades da Síria, a UNESCO elegeu por unanimidade o país para o seu comité direitos humanos.
Será que a ONU pode clarificar qual foi a sua intenção e a mensagem que enviou às nações, quando, há poucos meses, permitiu que o regime de Assad se apresentasse como juiz mundial em matéria de direitos humanos, avaliando petições enviadas por vítimas?
Infelizmente, Sr. Presidente, não parou por aí.
Em 20 de Fevereiro deste ano, o site de notícias Juhayna, da Síria, alardeou com alegria, que esse país, esse regime genocida, foi "reeleito por unanimidade como Relator da Comissão Especial das Nações Unidas sobre Descolonização".
Enquanto estamos neste debate, esse comité, com a Síria como relator, decide o futuro de Gibraltar, das Ilhas Malvinas, das Ilhas Bermudas, da Polinésia Francesa e da Nova Caledónia.
Enquanto forças de Assad deixam palestinos morrer de fome em Yarmouk, o seu representante ocupa um pódio na ONU e diz às democracias liberais, como o Reino Unido, a França, os EUA e a Nova Zelândia, como tratar as suas populações, no exercício de seu mandato não eleito para acabar com a "subjugação, dominação e exploração dos povos".
Finalmente Sr. Presidente, temo bem que ainda não paremos por aqui.
Em Março, este Conselho, minando ainda mais a sua própria credibilidade no que toca aos direitos humanos sírios, aprovou uma resolução intitulada "Direitos Humanos nos Golan sírios ocupados" - uma resolução elaborada pela própria Síria.
O delegado dos EUA disse na ocasião: "Considerar tal resolução, enquanto o regime sírio continua a massacrar os seus próprios cidadãos às dezenas de milhares, é a própria definição de absurdo".
Sr. Presidente: Se dizemos que nos preocupamos com os mortos e moribundos na Síria, então porque continuamos a agir como se fosse business as usual?
Obrigado, Sr. Presidente.
A UN Watch é um grupo independente de direitos humanos fundado em 1993, em Genebra, Suíça,
Não recebe apoio financeiro de nenhuma organização ou governo. Conta com a generosidade de doações de caridade.
Amigo que nos deixou pedido de contacto: Escreva-nos sff para bomamigodeisrael arroba gmail ponto com. Não conseguimos contactá-lo pelos dados que deixou.
ResponderEliminarObrigado,
J.J.
A Geopolítica ensina que regimes ainda que muito distintos, desde que possuam um objetivo comum, facilmente se associam. O viés da ONU contra Israel resulta deste tipo de associação, a de um bloco muçulmano-comunista, que já dura há umas décadas, contra os interesses dos EUA, contra os de Israel,contra a Democracia, contra o Ocidente, contra tudo e todos fora da sua Ideologia - http://www.youtube.com/watch?v=j7Mupoo1At8 (minuto 1:30); http://www.youtube.com/watch?v=WRNRDmvw0rA (vídeo com quase 4 anos); Um outro exemplo é a associação dos países árabes com os alemães-nazis na 2a Guerra Mundial, com os resultados para a Humanidade que todos conhecemos. Tudo isto são exercícios de hipocrisia das Diplomacias, em que não interessam os meios para atingir os objetivos.
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