terça-feira, 5 de agosto de 2014

Hitler, islão e Judaismo

Recentemente, como foi denunciado neste blog e no extraordinário blog "Lisboa-Jerusalém", um antigo provedor do jornal Al-Público postou este comentário:


comentário racista de antigo provedor do Al-Público

Ignoremos a referência a Hitler, que é tão despropositada e ofensiva que não merece de momento qualquer comentário. Centremo-nos meramente da equivalência feita por tal senhor entre a "raça ariana" (a ser almejada pela destruição de todos que à mesma não pertenciam) e o "povo eleito", em especial no que concerne a sua não referência, provavelmente por ignorância crata senão por parcialidade ideológica inclassificável, ao equivalente islâmico: a ideia de que os muçulmanos constituem o "melhor dos povos" (surah 3:110).

Repare-se no seguinte: Israel, na bíblia hebraica, é dito "povo eleito", não para benefício próprio, mas, inclusive com prejuízos para si, para benefício de toda a humanidade, sendo, assim, constituído como "farol para as nações" (Isaías 49,6).


Israel existe para iluminar as sombras

Já a designação do conjunto dos muçulmanos como "melhor dos povos" é para benefício daqueles em detrimento de todo o resto da humanidade que, diz o corão, está destinada ao mitológico inferno islâmico (surah 18:102).


o islão existe para enegrecer a luz

Ou seja, se a comparação existe entre a "raça ariana" e algo, não é com a noção judaica de "povo eleito", mas com a ideia islâmica de "melhor dos povos", mas isso o senhor Joaquim Vieira ou não sabe, ou não quer saber. E faz mal. Pois em ambos os casos impede-o de compreender a realidade do conflito entre o Hamas e Israel e, de modo mais lato, entre o mundo islâmico e Israel. Mais uma prova que o anti-semitismo e a ignorância andam sempre de mãos dadas.

2 comentários:

  1. Isso tem um nome, chama-se desonestidade intelectual.
    Mas vou explicar a diferença:
    Um povo eleito, simplesmente lidera e abre o caminho para todos os demais povos.
    Como Deus disse a Abrahão, por ti serão benditas todas as famílias da terra.
    Aliás, qualquer imbecil que se der ao trabalho de ler a bíblia constatará o quanto são severas as leis com relação ao respeito dos direitos dos estrangeiros.
    Deus faz severas advertências quanto ao tratamento dos estrangeiros e conclui dizendo: "lembre-se que você foi estrangeiro na terra do Egito".

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    1. Tem toda a razão. Mas misturado a tal desonestidade está uma mistura de cegueira voluntária, cobardia e romantismo filo-islâmico típico de quem, como bem disse a Helena Matos, cresceu a gostar de se dominado também para exorcizar uma pseudo-culpa pela superioridade civilizacional ocidental.

      Fernando

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