Este post surge na sequência dos gritos, mais uma vez histéricos, de um "jornal", que já teve melhor cara, acerca de uma pretendida isenção que, nos USA, buscam algumas empresas no que concerne a obrigatoriedade de terem que comprar seguros médicos que cubram o contracepção do dia seguinte (mesmo quando os seus trabalhadores já nem estão na idade de se reproduzirem). Deixemos de lado as mentiras patentes no artigo em questão, mas não deixemos de perguntar qual o motivo de tal "jornal" dar mais relevo a uma notícia acerca da relação, que em nada tem de relevante para Portugal,entre o Cristianismo e um estado (os USA) e deliberadamente omite estoutra relação muito mais pertinente para todos os seus leitores: tribunais britânicos devem passar a aceitar testamentos discriminatórios face às mulheres e não-muçulmanos. Será que tal omissão se deve ao facto de não querer dar uma má-imagem à religião da paz, da tolerância e (como diz o cume da hipocrisia taqiyyana, o sheik David Munir) da moderação?
Não sabemos. Mas talvez algumas outras pistas nos possam indicar uma resposta a tal pergunta. Vejamos quais são estas pistas, dando apenas uma rápida vista de olhos a um tema muito querido nesse jornal: os direitos dos homossexuais.
Tal "jornal" insurge-se contra uma lei anti-gay (apoiada por muçulmanos) promulgada no Uganda que condena à prisão perpétua quem for homossexual, mas nada diz acerca de uma proposta de lei submetida por políticos islâmicos no Malawi que, a ser aprovada, daria morte a quem fosse gay.
Tal "jornal" exulta que o Dalai Lama não condene a homossexualidade como aparentemente é feita pelas religiões ocidentais (quais?), mas nada diz acerca de um destacado líder islâmico britânico (que convenceu a BBC a não emitir um programa sobre a homossexualidade e o islão para não denegrir os muçulmanos) que apela à morte dos gays.
Tal "jornal" alegra-se que nos USA tenha sido aprovada uma lei que impede que (evidentemente os cristãos) invoquem a liberdade religiosa para não atenderem pessoas gays, mas nada diz acerca das leis "palestinianas" que condenam à morte os gays (e que fazem com que estes peçam direito de exílio, não aos tolerantíssimos países islâmicos, mas ao "grande inimigo" que é Israel).
Que sugerem estas pistas acerca daquela nossa anterior questão?
O Público, e a Imprensa Ocidental em geral, estão rendidos ao Islão - uns por medo, outros por convicção. E conseguem manifestar despudoradamente essa gritante dualidade de critérios.
ResponderEliminarJosé de Jesus