* - 'Procurem o judeu!' ou 'Cherchez le juif!'
'Se não há água na torneira, é porque os judeus a beberam’”
Hoje há cerca de 200 mil judeus na Ucrânia.
Apesar de pequena, é a terceira maior comunidade de judeus na Europa
«A violência aumentou. Houve ataques a sinagogas, em Kiev e no Sul da Ucrânia – pedras a partir vidros, cocktails Molotov contra a entrada, graffiti com suásticas e as palavras “morte aos judeus”. Dois estudantes de uma yeshiva (escola religiosa) foram espancados na capital.
Os fantasmas regressaram. Afinal foi na Ucrânia (Odessa, 1821) que houve o primeiro pogrom – o termo em russo que se tornou comum para descrever perseguições violentas a judeus na Ucrânia e Sul da Rússia entre 1881 e 1884, segundo o dicionário do Museu do Holocausto. Foi na Ucrânia, lembra o diário israelita Ha’aretz, que houve o julgamento Beilis: um judeu foi condenado pela morte de um rapaz de 12 anos, para alegadamente usar o seu sangue. Foi o último caso de acusação a um judeu por este “crime” na Europa – mas ainda hoje há peregrinações à campa do rapaz por pessoas que acreditam na veracidade do mito anti-semita.»
«Hoje haverá 200 mil judeus na Ucrânia. Apesar de pequena, é a terceira maior comunidade de judeus na Europa, e tem prosperado mesmo com a ameaça sempre a pairar.»
«“Não acho que o anti-semitismo tenha piorado de repente”, comentou o rabino Yonathan Markovich, em declarações ao Ha’aretz. “Aqui culpam sempre os judeus por qualquer problema. Há um ditado: 'Se não há água na torneira, é porque os judeus a beberam’”»
in PÚBLICO
Imagem dos Pogroms ('desjudaização') na Rússia em 1903
Depois dos 6 milhões que foram gaseados e incinerados na Segunda Guerra Mundial, e dos que fugiram para os Estados Unidos ou para Israel, restam na Europa um milhão e meio de judeus. Mas isso não impede que, tal como na Idade Média, sejam acusados de tudo e de mais alguma coisa.
Desde a má gestão das contas públicas na Grécia às questões territoriais e nacionalistas russo-ucranianas. Em tempos de descontentamento, culpa-se o judeu. Afinal, nas palavras dos anti-semitas (sejam eles nazis, islamistas ou outros fanáticos), eles (os judeus), nasceram para serem odiados e perseguidos.
Quer Moscovo, quer os neo-nazis ucranianos, estão a aproveitar para atacar os judeus na Ucrânia. É impossível não se pensar nos terríficos pogroms da União Soviética. Um exemplo da escalada de violência anti-semita:
Pela primeira vez desde que a recente revolta na Ucrânia começou, a violência atingiu a comunidade judaica. Na segunda-feira à noite, coktails molotov foram arremessados contra a sinagoga recém-construída e centro da comunidade judaica de Zaporozhye no sudeste da Ucrânia.
Os criminosos mascarados conseguiram deixar o local sem serem detidos pelo pessoal de segurança do centro da comunidade, no entanto, foram capturados pela câmara de vigilância.O centro comunitário, que foi patrocinado pelo empresário judaico local Israel Debretzky, foi inaugurado há pouco mais de dois anos, no meio de grande pompa e celebração. As bombas atingiram as paredes exteriores de pedra, pelo que o dano foi quase inteiramente cosmético .
O rabino Nachum Ehrentrau, rabino-chefe da cidade e da região, diz que o centro é diariamente frequentado por dezenas de judeus locais. O templo tem capacidade para 800 fiéis, que frequentam os serviços nas principais celebrações.
No momento do ataque, o prédio tinha sido fechado para a noite, e o rabino Michael Oishie tinha saido havia 20 minutos.
A polícia respondeu imediatamente. Mas o rabino diz que, embora tenham sido úteis e mostrado vontade de ajudar a comunidade, eles estão ocupados com o caos que entrou em erupção na cidade, o que vai dificultar a sua capacidade de dedicar recursos significativos para investigar o que aconteceu com centro comunitário dos judeus.
De acordo com Ehrentrau, o centro está bem protegido
"A nossa sinagoga é cercada por uma barreira, as portas são automáticas, mas não temos equipa de segurança permanente", diz ele. "Nestes tempos de incerteza, estamos, é claro, ainda mais cautelosos, fazendo todo o possível para garantir a segurança do centro, da comunidade e dos seus visitantes."
O rabino descreve a atmosfera da sua cidade como de confusão. "Por um lado, há aqueles que estão a incitar as pessoas a evacuar. Por outro lado, há aqueles que estão a minimizar os riscos", explica. "É importante lembrar que a oposição esteve no governo por quatro anos, e manteve muito boas relações com o povo judeu e a comunidade judaica. No entanto, numa época de caos e incerteza, temos de manter um perfil discreto e evitar atritos desnecessários."
Quando perguntado o que ele pretende fazer, a resposta é clara. "O nosso trabalho é promover a Torá e ajudar a trazer os judeus de volta às suas raízes. Nós não queremos envolver-nos em política."
Ele, no entanto, expressa a sua esperança de que a comunidade receba protecção para as suas escolas, sinagogas, organizações de caridade e centros de primeira infância nos próximos dias.
Temendo a violência contra os judeus da Ucrânia, a comunidade judaica pede a Israel assistência com a segurança da comunidade.O Rabino Ucraniano Moshe Reuven Azman, pediu aos judeus de Kiev para deixarem a cidade e até mesmo o país, se possível, temendo que os judeus da cidade sejam vítimas no meio do caos (...)."Eu disse à minha congregação a deixar a cidade, e se possível o país também", disse o rabino Azman Maariv. "Eu não quero abusar da sorte", acrescentou, pois "há avisos constantes a respeito das intenções de atacar instituições judaicas."De acordo com o relatório de Azman foram fechadas as escolas da comunidade judaica, mas ainda mantém três orações diárias. Ele disse que a embaixada de Israel disse aos membros da comunidade judaica para evitarem deixar as suas casas.
Edward Dolinsky, chefe da organização dos judeus da Ucrânia descreveu a situação em Kiev é terrível: "Entrámos em contacto com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, solicitando ajuda com a segurança da comunidade."Manifestantes na capital ucraniana reivindicaram o controle total da cidade no sábado, após a assinatura de um acordo de paz que visa acabar com a crise política que atinge o país há três meses.O Presidente Viktor Yanukovych ainda está na Ucrânia, disse uma fonte de segurança à Reuters, que relata que a sua residência está vazia e o subterrâneo e os seus escritórios em Kiev estavam nas mãos de manifestante.
Dmitro Iarosh, líder do Sector Direito, movimento abertamente anti-semita (FOTO David Mdzinarishvil/Reuter; jornal PÚBLICO)
Agora reflicta connosco:
- Há alguma PROVA de os 200 mil judeus ucranianos (a terceira maior comunidade judaica da Europa, onde os judeus totalizam um milhão e meio), sejam culpados de alguma desordem, de alguma associação criminosa, de alguma acção nefasta para o Estado Ucraniano? Se há, seremos os primeiros a divulgá-la.
- Existe alguma RAZÃO para esta perseguição, para movimentos antissemitas, que não seja o simples ódio atávico aos judeus, povo que durante dois mil anos conheceu a diáspora forçada - como acontece desde os anos 60 com os portugueses, por razões económicas; e como acontece com os próprios ucranianos, curiosamente... muitos deles obrigados a viver longe da Pátria, devido ao estado calamitoso da Economia. E muito bem acolhidos, pelo menos em Portugal, diga-se de passagem.
- Se boa parte da comunidade internacional, da opinião pública, dos políticos, quer os judeus fora de Israel (a sua Pátria, onde permanecem ininterruptamente como nação desde há mais de 4 mil anos); e se os judeus são perseguidos desta forma fora de Israel, para onde querem que os judeus vão? Que cometam suicídio colectivo?
Esta rapariga sueca de origem judaica, alvo de perseguição anti-semita, teve que deixar o país e ir para Israel. É um tanto difícil compaginar o "Vão para a vossa terra!" com o "Saiam da vossa terra e deixem-na para os muçulmanos!". 1 milhão e meio de judeus restam na Europa e são perseguidos. Vieram 50 milhões de muçulmanos, e estão na linha da frente do ressurgir do anti-semitismo no nosso continente. VÍDEO ORIGINAL RETIRADO PELO LÓBI ESQUERDISTA ISLAMISTA UE DOMINA O YOUTUBE.
Manifestação anti-semita em Paris, 25 de Janeiro de 2014.
VÍDEO ORIGINAL RETIRADO PELO LÓBI ESQUERDISTA ISLAMISTA UE DOMINA O YOUTUBE. É O NAZISMO OUTRA VEZ.
Não sou vidente, mas é evidente que Israel vai receber, nos proximos meses, uma vaga de emigrantes...
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