Relembramos que o nosso blog não é confessional. Contudo, pela ligação da Torá à História e à Cultura de Israel e do Ocidente em geral, é com muito gosto que periodicamente publicamos os artigos do rabino Ari Enkin, da organização United With Israel. O Saber não ocupa lugar. Se este blog fosse sobre a Índia, teria lugar para textos das religiões dármicas. Com todas podemos aprender.
Corá e Moisés: Fome de Poder versus Humildade
A leitura da Torá desta semana ensina a importância da humildade e adverte contra a cobiça do poder, como Corá fez.
A porção desta semana da Torá é Corá (Números 16:01-18:32), em homenagem ao vilão da história. Em resumo: Corá e os seus agitadores decidiram protestar - rebelar-se, na verdade - contra Moisés. Acusaram-no de tomar muito poder para si mesmo. Uma coisa leva a outra, Deus envolve-se, e pouco tempo depois Corá & C.a. são engolidos pela terra. A nação descobre que Moisés e Aarão não são sedentos de poder, mas que foram designados por Deus - contra a sua vontade, na verdade!
Como é que ficou claro que Moisés e Araão não estavam nos seus cargos pela glória?
Após a rebelião de Corá, Deus fez um milagre com a vara de Aarão, que revelou a autoridade de Moisés e Aarão. A vara ficou "em exposição", por assim dizer, de modo que nunca mais fosse desafiado a liderança de Moisés e Aarão.
Como diz o versículo:
"E Deus disse a Moisés: 'Traz a vara de Aarão perante o Testemunho, como um guarda, como um sinal para os rebeldes deixarem suas queixas, para que não morram".
O versículo seguinte diz que "Moisés fez tudo o que Deus havia ordenado. Assim ele fez".
A porção desta semana da Torá é Corá (Números 16:01-18:32), em homenagem ao vilão da história. Em resumo: Corá e os seus agitadores decidiram protestar - rebelar-se, na verdade - contra Moisés. Acusaram-no de tomar muito poder para si mesmo. Uma coisa leva a outra, Deus envolve-se, e pouco tempo depois Corá & C.a. são engolidos pela terra. A nação descobre que Moisés e Aarão não são sedentos de poder, mas que foram designados por Deus - contra a sua vontade, na verdade!
Como é que ficou claro que Moisés e Araão não estavam nos seus cargos pela glória?
Após a rebelião de Corá, Deus fez um milagre com a vara de Aarão, que revelou a autoridade de Moisés e Aarão. A vara ficou "em exposição", por assim dizer, de modo que nunca mais fosse desafiado a liderança de Moisés e Aarão.
Como diz o versículo:
"E Deus disse a Moisés: 'Traz a vara de Aarão perante o Testemunho, como um guarda, como um sinal para os rebeldes deixarem suas queixas, para que não morram".
O versículo seguinte diz que "Moisés fez tudo o que Deus havia ordenado. Assim ele fez".
A vara de Aarão floriu
Os comentaristas perguntam porque há a necessidade de repetir o facto de que Moisés fez o que Deus mandou. Dizem que uma vez teria certamente sido o suficiente, para não mencionar que ninguém teria suspeitado que Moisés não fizesse o que Deus lhe havia ordenado! Porquê a repetição? Porquê a ênfase?
Corá e seus partidários são engolidos pela terra
O Midrash (parábola talmúdica) ensina que, quando Corá e os seus apoiantes se uniram contra Moisés, o grande líder tremeu, com o pensamento de que a controvérsia e as lutas internas se seguiriam. E caiu em pânico, as suas forças abandonaram-no.
Explica-se que Moisés ficou excepcionalmente angustiado, considerando que a rebelião era o quarto crime que o povo havia cometido contra Deus desde que deixara o Egipto. Mais uma vez, Moisés foi obrigado a orar em seu nome, pedindo a Deus para os perdoar e poupar do castigo que mereciam.
O Midrash oferece uma parábola para explicar isso: Era uma vez um príncipe que ofendeu seu pai, o rei. O amigo do rei implorou por misericórdia em nome do filho, e o rei aplacou-se. Isto aconteceu uma segunda e uma terceira vez. Quando aconteceu pela quarta vez, o amigo do rei ficou irritado, dizendo: "Quantas vezes posso eu incomodar o rei?".
Moisés sentia-se da mesma maneira. Primeiro, o povo pecou pela construção de um bezerro de ouro. Moisés orou por eles e eles foram perdoados. Em seguida, eles pecaram por reclamarem que queriam carne. Moisés orou por eles e eles foram perdoados. Em seguida, foi o incidente dos espiões. Mais uma vez, Moisés orou por eles e eles foram perdoados. E agora isto? Moisés ficou fora de si, e não tinha a certeza de que poderia voltar a aproximar-se de Deus, em nome da nação.
Rebelião de Corá: ataque directo a Moisés
Mas eis que acontece algo inesperado:
A rebelião foi um ataque directo a Moisés, à sua liderança e à sua autoridade. Desta vez, foi pessoal. O que é que a maioria dos líderes teria feito? Ou, para fazer a pergunta um pouco mais local: O que é que um líder iraniano, sírio, iemenita, líbio, fariam, se um grupo tinha questionasse a sua autoridade?
Adivinhou: Cortava-lhes as cabeças, para dizer o mínimo.
Moisés estava preocupado apenas porque as pessoas estavam a rebelar-se contra Deus, e ele teria de voltar para Deus, mais uma vez em busca de perdão. Ele não se importava com a sua própria honra. Ele preocupava-se com a rebelião contra Deus e sobre como salvar o povo judeu. É isso!
Então, de volta à nossa pergunta inicial: "Moisés fez como Deus lhe tinha ordenado". Porquê o ênfase?
A resposta é que a vara foi colocada em exposição para testemunhar que Moisés e Aarão foram os líderes divinamente escolhidos. Moisés, na sua humildade, poderia ter resistido a executar uma ordem destinada a dar-lhe honra e autoridade. Moisés foi o mais humilde de todos os homens.
Portanto, a Torá ressalta que Moisés colocou a vara em exibição, simplesmente porque Deus lhe havia ordenado fazê-lo.
Esta é a grandeza de Moisés. E esta é a grandeza que todos os líderes se devem esforçar para ter: Deixar de lado as necessidades e interesses pessoais para o bem do povo.
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Com votos de bom fim de semana, Shabbat Shalom, paz, saúde e alegria para todos.
E aqui vai uma actuação arrebatadora de
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