Fuga para a Liberdade
O "Sionismo" já existia como conceito, não necessariamente sob esse nome, desde os tempos Bíblicos, quando os judeus, sofrendo durante seu primeiro exílio na Terra do Egipto, foram liderados por Moisés e começaram a sua jornada de regresso a casa, para a Terra de Israel.
Desde então, tem havido vários períodos ao longo da História judaica durante os quais os judeus foram exilados da sua terra ou perseguidos dentro dela. No entanto, os judeus, persistentemente, teimosamente, sempre se recusaram a desistir da sua terra natal, e em todas as gerações têm tentado voltar para casa e reviver a cultura e a vida judaica em Israel. Exemplos não faltam: Ezra e Nehemias, que trouxeram os judeus de volta do exílio Babilónico e reconstruíram o Segundo Templo; ou Nachmanides e Judah Halevi, dois grandes estudiosos da Idade Média que deixaram as suas casas na Diáspora para irem para Israel. Quatro nomes numa grande lista, de pessoas e de famílias, cujo objectivo de vida foi o regresso à sua terra natal.
A Idade das Luzes ( "Haskalah", em Hebraico), durante os séculos 18 e 19, revolucionou a forma como as outras nações viam os judeus, e a maneira como os judeus se viam a si mesmos. Começou finalmente a ser concedida aos judeus igualdade de direitos e cidadania em países de toda a Europa, começando pela França, e muitos assimilaram a sua nova cultura e país, popularizando o judaísmo secular. Ao mesmo tempo, o anti-semitismo estava em ascensão, mas desta vez teve motivação racial, e já não religiosa. Para muitos judeus, o aumento do anti-semitismo, particularmente na Rússia, combinado com as noções iluministas da era do "nacionalismo" agitaram de novo as aspirações Sionistas.
Vilna Gaon - imagem do site Jewish History
Vozes judaicas influentes reconheceram a importância de o povo judeu tomar medidas para restabelecer Israel como a pátria dos judeus. O Vilna Gaon, um sábio da Torá lituano, exortou os seus seguidores a fazerem aliá (regresso) e repovoarem a Terra de Israel. Embora ele mesmo nunca tenha ido para Israel, após a sua morte, um grupo de 500 dos seus seguidores empreendeu a árdua viagem para Israel, entre os anos de 1800 e 1812. Acabaram por se instalar em Jerusalém, espalhando os ensinamentos do Vilna Gaon e estabelecendo uma vibrante presença asquenazita* em Israel.
* - Asquenazitas são os judeus que após a destruição do Segundo Templo em Jerusalém, se refugiaram na Europa de Leste.
O Rabino Zvi Hirsch Kalischer, um rabino alemão que viveu no início do século 19, foi um dos primeiros Sionistas modernos, e também tomou medidas práticas para reconstruir a Terra de Israel. O seu objectivo era restabelecer Israel como Pátria para os judeus perseguidos da Europa de Leste, bem como melhorar a vida dos judeus que já viviam em Israel. Ele acreditava que, como nos tempos Bíblicos, o sucesso na terra dependia das realizações agrícolas.
O Rabino Zvi Hirsch Kalischer, num selo comemorativo, de 1916 (repare-se que em 1916, Israel estava ainda sob domínio Turco, e viria a passar para o domínio e Britânico, mas a simbologia, a Língua e o homenageado dão Judeus, como judaica sempre foi a Terra de Israel)
Com doações de judeus da Diáspora, Kalischer planeou cultivar a terra, abrir uma escola agrícola, e formar um grupo militar, a fim de proteger os novos e frágeis. assentamentos O seu livro, Derishat Zion, resume a sua filosofia: Os judeus só podem sobreviver se se ajudarem a si mesmos, e eles deveriam fazê-lo contribuindo monetariamente para a revitalização da Terra de Israel.
Esse movimento foi chamado Hovevei Zion, que significa Amantes de Sião. Foi um precursor do movimento Sionista moderno. O seu objectivo era promover a imigração para Israel, e fazer progredir os assentamentos judaicos existentes, centrando-se especificamente no desenvolvimento agrícola.
Bibliografia: Stand With Us.
Jewish Virtual Library
Mapa da Terra de Israel desde 1516 - do domínio Turco-Otomano à actualidade. Nunca existiu nenhuma "Palestina" Árabe!
Excelente associação histórica!
ResponderEliminarObrigado :) A ver se continuamos amanhã, que hoje só deu Hilel Neuer e a excelente notícia da recusa das democracias de participarem do Dia do Ódio da ONU.
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