sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

História de Israel - A Liga das Nações e o Estado Judaico


Dimensões relativas de Israel e da Argélia: Israel é 0,02% do mundo islâmico em área. O conflito dos muçulmanos com Israel e a obsessão milenar e global com Israel e com os judeus nada tem a ver com território.
A Liga das Nações - antecessora da ONU - foi fundada como resultado do tratado de Versailles, após a Primeira Guerra Mundial. A sua fundação foi baseada num sentimento anti-guerra, por causa dos horrores e das perdas humanas provocadas pelo recente conflito.  

Seguindo as ideias do filósofo Immanuel Kant e de um grupo de nações pacifistas, os objectivos da organização eram a defesa dos "Direitos do Homem" (especificamente os dos cidadãos não brancos, das mulheres e dos soldados); o desarmamento; a prevenção de novos conflitos; a resolução de litígios internacionais pela via diplomática; e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos de todos os países. 

Os membros incluíram: O Império Britânico, a França, a Itália, a Suíça, o Japão, a Espanha, a Áustria e a Hungria. (Apesar das boas relações e da assinatura do pacto, os EUA nunca se tornaram membros.) 
Em 1922, a ideia de uma pátria judaica recebeu apoio formal e internacional quando a Liga das Nações aprovou o Mandato Britânico da Palestina, confiando à Grã-Bretanha a criação de uma pátria para o povo judeu na Palestina. A Declaração de Balfour, legislada cinco anos antes pelo Parlamento britânico, foi a primeira vez que uma potência mundial reconheceu a necessidade de uma pátria para o povo judeu; agora, essa necessidade conseguia reconhecimento internacional. 


Em Março de 1921, Winston Churchill separou arbitrariamente a Terra de Israel em duas partes, divididas pelo Rio Jordão. O território que está a amarelo no mapa, viria em 1946 a ser a Jordânia, um Estado totalmente artificial, com cuja legitimidade ninguém se preocupa.

 

O jornal The Times de Londres publicou uma reportagem sobre a conferência de San Remo, em que se lançaram as bases para o Estado Judaico moderno, como o elucitadito "Júbilo sionista acolhe Mandato britânico para a Palestina", 26 de Abril de 1920 (ver artigo de Daniel Pipes). 
Os Árabes responderam a esse júbilo invadindo Israel - (ver documentário, parte 1 e parte 2.

O Mandato declarou que uma "Casa Nacional Judaica" seria estabelecida. As comunidades judaica e árabe foram autorizadas a administrar os seus próprios assuntos internos, e a vida judaica floresceu em Israel. 
 Mapa proposto pela Comissão Peel, em 1937.

No entanto, em 1939, sob a pressão da comunidade árabe, a Grã-Bretanha emitiu um Livro Branco, contrariando a declaração original e afirmando que uma pátria judaica já não era uma prioridade. A imigração para a Palestina foi severamente restringida e, por essa razão, muitos judeus foram incapazes de fugir da perseguição que decorria na Europa Oriental e Central durante o Holocausto. 

 Proposta de partição anglo-americana, de 1945.

Em 1947, a recém-criada Organização das Nações Unidas (a reorganização pós-guerra da Liga das Nações) aprovou a Resolução 181, recomendando o "Plano de Partição", que dividiria o país em um Estado judeu, um Estado árabe e um território controlado pela ONU em torno de Jerusalém. 


Plano de partição da ONU, de 1947.  As áreas a verde seriam o Estado Árabe, as áreas a rosa o Estado Judaico, e a branco a região de Jerusalém, sob controlo da ONU. Nem esta nem as anteriores propostas foi aceite pelos Árabes, que invadiram Israel em 1920. Note-se de novo que a maior parte do território de Israel foi dada aos Árabes para que eles estabelecessem a Jordânia, um país sem História, puramente inventado pelas potências vencedoras da Guerra.

De acordo com a recomendação da Assembleia Geral da ONU, o Estado judeu seria composto pelo território que se estende de Haifa a Rechovot, a Galileia Oriental, e o Negev, incluindo Eilat. O território árabe incluiria a Galileia ocidental, a cidade de Acre, o planalto da Judeia e Samaria e a costa sul de Ashdod através da Faixa de Gaza.  
A terra dada aos judeus incluiu as áreas densamente povoadas por judeus; as terras árabes consistiam de áreas com maioria de árabes. Os árabes receberam a maioria das fontes de água. Os judeus receberam uma percentagem maior do Mandato Britânico da Palestina, para acomodar o crescimento da imigração, mas grande parte desse território era o Deserto do Negev, que não era cultivável. A maioria dos sionistas celebrou o voto, enquanto a maioria dos árabes da região o rejeitou. 

Em Maio de 1948, a Grã-Bretanha anunciou que terminara o seu Mandato sobre a Palestina, e Israel declarou sua independência. Os países árabes vizinhos declararam imediatamente guerra ao novo país. Até ao final da Guerra da Independência de Israel de 1948 , Israel tinha aumentado as suas terras em mais de 50%. Estes territórios conquistados numa guerra declarada pelos vizinhos, passaram a pertencer a Israel, à luz do Direito internacional. 

DOCUMENTÁRIO: ISRAEL - O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO







Chamamos a atenção para o mapa do Médio Oriente foi todo redesenhado durante o século XX. O Império Otomano foi derrotado na I Guerra Mundial, e as potências vencedoras passaram a administrar temporariamente todo a região. Quando a Esquerda e os islamistas clamam que Israel é um país criado artificialmente, esquecem-se de que: 
O mesmo se pode dizer de todo e qualquer país do Mundo, mais antigo ou mais recente, se lhe estudarmos a História.  
Poderíamos dizê-lo de Timor-Leste, "criado artificialmente" pela ONU após a saída dos Portugueses e a invasão Indonésia. Poderíamos dizê-lo do Líbano e de Israel, nações milenares cuja soberania foi restaurada pela Liga das Nações já no século XX.  
Poderíamos dizê-lo da Jordânia, a parte de leão do território de Israel que foi entregue aos invasores Árabes, na esperança de os apaziguar.  
Poderíamos dizer o mesmo de Portugal, quando o nosso primeiro soberano, D. Afonso Henriques, contestou a ordem estabelecida e se rebelou contra Castela.  
Poderíamos dizê-lo de todos os países do Novo Mundo, da Austrália e da Nova Zelândia, da África do Sul, etc., etc., que foram estabelecidos em territórios já habitados - e talvez seja esse complexo de culpa que os modernos justiceiros sociais projectam em Israel.  
Porque deveriam os judeus, povo nativo, presentes em Israel há mais de 4 mil anos, abandonar a SUA Terra e dá-la aos Árabes, que a invadiram em 1920? para apaziguar a consciência de hippies ignorantes que não saem da América do Norte e do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia e deixam essas terras para os povos nativos?

2 comentários:

  1. Se na primeira guerra de Israel os territorios conquistados passaram a ser de Israel á luz do direito internacional. então a guerra de 1967 deveria dar á Israel o restante dos territorios. Os palestinos que na verdade foram sempre um joguete dos inimigos de Israel deviam ser acomodados pelo Egito,Libano,Siria e Jordania que são os culpados da guerra. Nunca existiu um estado palestino e seu territorio fazia parte do Egito(faixa de gaza)e da jordania(cisjordania). Dito isto todo o territorio a oeste do jordão pertence á Isreal segundo o mesmo direito internacional que reconhecia o territorio de Israel antes de 1967.

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    1. Nem mais! Mas o António Guterres, actual líder da ONU, «não percebe» isso.

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