Nós não o esqueceremos. Mas... e os outros?
Notícia do CORREIO DA MANHÃ:
Mali
Luso-francês refém desde 2012 dado como morto
Islamitas do Mujao, do Mali, anunciaram a morte do luso-francês Gilberto Rodrigues Leal sequestrado em Novembro de 2012.
22 de Abril 2014
Por:N.C.P.
Um grupo jihadista anunciou a morte do refém Gilberto Rodrigues Leal, luso-francês sequestrado no Mali em Novembro de 2012.
"Anunciamos a morte de Rodrigues, está morto porque a França é nossa inimiga", declarou durante um breve contacto telefónico com a agência AFP Yoro Abdul Salam, um responsável do Movimento para a Unicidade e a Jihad na África do Oeste (Mujao).
No último domingo, após a libertação de quatro jornalistas franceses sequestrados na Síria, o ministro das Relações Exteriores francês Laurent Fabius disse estar "muito preocupado" com o destino do refém.
A má notícia soube-se esta terça-feira, com um comunicado à AFP do grupo islamita Movimento para a União e Jihad na África Ocidental (Mujao) a anunciar a morte do refém, tendo sido já confirmado pelo governo francês. De acordo com a agência AFP, Gilberto Leal Rodriges morreu, supostamente, por falta de cuidados médicos e medicamentos.
A França condena "a ação do grupo terrorista" que anunciou a morte do refém luso-francês Gilberto Rodrigues Leal, raptado em novembro de 2012 no Mali, declarou hoje o ministério dos Negócios Estrangeiros, que sublinha não possuir prova material.
"Condenamos da forma mais firme a ação deste grupo terrorista", declarou o porta-voz do Quai d'Orsay, Romain Nadal. "O comunicado do Mujao, responsável pelo rapto, conduz-nos infelizmente a pensar que Rodrigues Leal está provavelmente morto, apesar de nenhuma prova material nos poder ainda autorizar a confirmá-lo", acrescentou Nadal.
O luso-francês, que se tinha reformado recentemente, foi feito refém a 20 de novembro de 2012, no Mali, enquanto atravessava o país de auto caravana com o objetivo de chegar ao Togo.
Seis dias depois, o Mujao reivindicou o sequestro mostrando duas fotos e um vídeo do luso-francês. No final de fevereiro de 2013, um porta-voz da Mujao disse que queria negociar a sua libertação, mas a sete de Março voltaram com a palavra a trás. Desde então, a família de Gilberto Leal Rodrigues, que mora na região de Banassac Lozère, em França não voltou a ouvir falar do refém.
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Este nosso compatriota emigrado em França, após uma vida de trabalho honesto, gozava a sua reforma, numa expedição solitária em África. Pouco se sabe sobre ele. Que nós saibamos, falaram do caso o CM e o JN. O MEDO de falar das acções terroristas islâmicas tomou conta do Mundo Livre.
O Governo, já disse alguma coisa? E os partidos políticos? E o inefável sheikh David Munir, já condenou este assassínio vil?
Se tivesse sido um grupo de fundamentalistas cristãos a raptar e assassinar um muçulmano, o tratamento dos órgãos de Poder e dos media seria o mesmo? Claro que não!
Este nosso compatriota com dupla nacionalidade, foi barbaramente assassinado porque "a França é inimiga dos terroristas islâmicos africanos". Esta "lógica" faz-nos lembrar a de certos grupos humanos que vivem em Portugal, que atacam esquadras da Polícia quando esta captura um criminoso que mora no bairro X ou faz parte do clã Y.
Em França a percentagem de muçulmanos já é de 10%. As regalias de que gozam, são uma ofensa a um país que, como toda a Europa, está em crise.Já há territórios muçulmanos vedados aos franceses em França, onde vigora a Sharia. Os franceses são espancados, ameaçados, cuspidos, humilhados. Mas "a França é inimiga deles".
Não há diálogo possível com gente que "pensa " assim. Com bandidos, assassinos, fanáticos e terroristas, a resposta tem que ser, infelizmente a força. Sem quaisquer contemplações. A mentalidade desta gente não reconhece a tolerância, o diálogo, o perdão, como valores positivos. Pelo contrário, lê-os como fraqueza, acolhe-os com o "divertido desprezo" de que Robert Spencer falou neste libelo brilhante.
Transcrevemos uma passagem:
No conflito de hoje com a jihad islâmica, os jihadistas também não respeitam os seus inimigos não-muçulmanos. Os infiéis são "o mais vil dos seres criados" (Alcorão 98:6), enquanto os muçulmanos são "o melhor dos povos" (Alcorão 3:110 ). Não há nenhum sentido de valores compartilhados. No entanto, os líderes e os formadores de opinião entre os não-muçulmanos, não entendem nem aceitam este facto. Eles continuam a acreditar que os gestos de boa vontade serão apreciados e retribuídos.Eles continuam a pensar que os seus cuidados de respeito pelos valores e princípios dos jihadistas serão recebidos de outra forma que não com um divertido desprezo.
Este compatriota martirizado pela jihad islâmica, como todos nós, gostaria de Portugal, do Sol, do Norte e do Sul, de sardinha assada, do mar, do seu clube de futebol. Teria a sua família, os seus amigos, na terra natal. Como nós, portugueses, seria decerto uma pessoa acessível, afável, de convívio fácil com gente de outras paragens. Como nós, tinha curiosidade em conhecer o mundo, outras culturas, outras pessoas.
Como Lee Rigby (britânico), como Baruch Mizrahi (israelita), como todos e cada um dos cerca de 1500 mortos que o terrorismo islâmico causa em média todos os meses, Gilberto Rodrigues Leal é um mártir do chamado radicalismo islâmico. Há um leitor do CM que prevê que "um dia acordaremos da hibernação".
Você, que não se interessa por política, não se esqueça de que a política se interessa por si...
E vale sempre a pena lembrar:
Primeiro levaram os anarquistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.
E quando percebi,
Já era tarde.
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