sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Vida Secreta de Morsi

Ainda vamos a tempo de corrigir o rumo e cumprir as aspirações da revolução de 25 de Janeiro [de 2011]”, lê-se num comunicado da Frente de Salvação Nacional do Egipto, quando decorrem manifestações a favor e contra o presidente Morsi. (Informação do jornal Público).

Quem ler a prosa sonolenta da Imprensa mainstream até pode ser levado a pensar que é qualquer coisa como as manifestações a favor e contra o Sócrates ou o Passos Coelho. Mas Mohamed Morsi não é um político normal, como o entendemos no Mundo Livre. O presidente do Egipto é filiado na organização fundamentalista supremacista islâmica Irmandade Muçulmana, cujo lema é "Allah é o único objectivo. Maomé o único líder. O Corão a única Lei. A jihad é o único caminho. Morrer pela jihad de Allah é a nossa única esperança".

Esta organização, fundada por Hassan al Banna, foi o embrião de grupos terroristas islâmicos como o Hezbollah, o Hamas e a Al Qaeda.

Símbolo da Irmandade Muçulmana

Para se ter uma ideia de quem é a base de apoio de Morsi e da Irmandade, ver este post, sff.

Na Era da Informação, saber quem são os líderes islâmicos está ao alcance de um clique. Basta desviar a atenção do Big Brother VIP durante um bocadinho e fazer uma pesquisa ligeira na Internet. E para se saber um bocadinho mais, dois cliques chegam.

Por exemplo, no site de , O Islão Traduzido, podemos ficar a saber coisas tão interessantes como:

Serviços Secretos da Líbia: Irmandade Muçulmana e Morsi Envolvidos no Ataque ao Consulado dos EUA
Por Raymond Ibrahim em 26 de Junho de 2013, in Mundo Arabe, o Islão
De acordo com um documento dos Serviços Secretos da Líbia, a Irmandade Muçulmana, incluindo o presidente egípcio Morsi, estiveram envolvidos no ataque terrorista de  11 de Setembro de 2012 ao consulado dos EUA em Benghazi, onde vários norte-americanos, incluindo o embaixador dos EUA na Líbia, Chris Stevens, foram mortos.

Imagem do documento dos Serviços Secretos da Líbia:



Na quarta-feira, 26 de Junho, vários sites árabes, incluindo Veto Gate, citaram um relatório dos Serviços Secretos, que, aparentemente, foi publicado pela primeira vez para no jornal Al Ra'i., do KuwaitElaborado por Mahmoud Ibrahim Sharif, director de Segurança Nacional da Líbia, o relatório é dirigido ao Ministro do Interior do país.
O documento descreve os resultados preliminares da investigação, especificamente sobre uma "célula egípcia" envolvida no ataque ao consulado. "Com base em confissões derivadas de alguns dos detidos no local" seis pessoas ", todos eles egípcios" e jihadistas do grupo Ansar al-Sharia ("Partidários de Lei Islâmica), foram presos.
De acordo com o relatório, durante os interrogatórios, os membros da célula jihadista egípcia deram informação muito séria e importante sobre as fontes de financiamento do grupo e quem planeou o assalto e incêndio do consulado dos EUA em Benghazi .... E entre as figuras mais proeminentes, cujos nomes foram mencionados pelos membros da célula durante as confissões, constam: o presidente egípcio, Mohamed Mursi; o pregador Safwat Hegazi; o empresário saudita Mansour Kadasa, dono da estação de satélite, Al-Nas; o egípcio Sheikh Muhammad Hassan; e o ex-candidato presidencial, Hazim Salih Abu Ismail ...
Refira-se que estes resultados não são surpreendentes: o ideário supremacista da Irmandade é tal, que Safwat Hegazi  declara publicamente a Irmandade "vai dominar o mundo";  a estação de TV do saudita pró-Irmandade Mansour Kadasa, tem transmitido repetidamente as imagens do YouTube onde Muhammad Hassan incita à violência em todo o mundo muçulmano; o Sheikh Muhammad Hassan chega a dizer que sorrir para não-muçulmanos é proibido, excepto quando se tenta conquistá-los para o Islão, e o Sheikh Ismail Abu Hazim é abertamente anti-liberdade, anti-infiéis,
Quanto ao Presidente Morsi, um vídeo feito durante o assalto ao consulado registou pessoas que falam no dialecto egípcio: ao aproximarem-se do complexo onde funcionava a Embaixada dos EUA, um deles grita: "Não atirem! Foi o Dr. Morsi que nos enviou!".
Neste vídeo, o ilustre Sheykh Muhammad Hassan explica "porque é que o Islão prefere guerreiros fortes e sem moral aos fracos e rectos". Cita em abono da sua tese o Imã Ahmad e o profeta Muhammad.


Como se pode constatar, o Morsi não é o Passos Coelho ou o Sócrates lá do sítio. Nem o Bispo de Braga anda aí a declarar a guerra santa...

Nota: Aparentemente o jornal Público não faz a hiperligação para este post, e é pena, porque assim alguns leitores ficavam a saber mais.

Nota 2: Graças a oportuna chamada de atenção, que muito agradeço, emendei a palavra "Deus", que constava do lema da Irmandade Muçulmana, para "Allah". E porquê? Porque de facto os muçulmanos não admitem que a sua divindade seja a mesma dos judeus e dos cristãos. Já tenho lido aqui na Internet algumas referências islamistas depreciativas de Deus, como "o homenzinho do Céu". Como monoteísta, penso que há UM Deus, qualquer que seja o nome que se lhe queira chamar e o conceito que se faça de um Criador do Universo. Contudo, e  a bem da exactidão, costumo escrever Allah, para ser fiel ao pensamento islâmico.

2 comentários:

  1. Caro IB.

    Como penso que terá ficado claro em outros meus comentários anteriores, reforço, no entanto, o meu apreço pelo seu blog, pela denúncia do avanço do islamismo no mundo ocidental, no que esta ideologia supremacista tem de mais nefasto, resumidamente, acabar com a nossa cultura baseada nos valores judaico-cristãos.

    Por esse meu apreço pelo seu blog, não posso deixar de referir que importa uma correcção à tradução do lema da Irmandade Muçulmana, lema esse que aparece traduzido no post acima como "Deus é o único objectivo. Maomé o único líder. O Corão a única Lei. A jihad é o único caminho. Morrer pela jihad de Deus é a nossa única esperança".

    E essa correcção é apenas pela substituição de Deus por Alá, ou seja, onde se lê Deus, deverá ler-se Alá.

    Isto porque, no mundo do politicamente correcto, Deus (o Deus da Bíblia - tanto de Judeus como de Cristãos - é a mesma pessoa que Alá e, daí, ouvir-se muito comummente a falácia de que "todos adoramos o mesmo Deus".

    Não! Não adoramos todos o mesmo Deus!

    Quem é Alá? Allah, a forma contraída de Al Ilah, sendo que "al" é o artigo definido "o" (o termo significa "divindade chefe" ou simplesmente "o deus") era considerado a principal divindade das várias que compunham a Ka’aba (a construção cúbica sagrada de Meca) e que eram adoradas pelas diversas tribos da Península Arábica. Três anos depois de ter recebido as suas "visões", Maomé proclamou publicamente as suas "revelações" e manifestou-se contra a adoração panteísta aos ídolos e a favor do deus único que dizia ser o Deus de Abraão, ou seja, transformou em deus único o principal do conjunto dos deuses arábicos. Não pode ignorar-se, aqui, a sua vontade de convencer à conversão os Judeus e Cristãos que viviam naquela Península. Surgia, assim, o Islão, que significa "submissão" e submissão a Allah.

    Quem é Deus? A Bíblia ensina que Deus é o grande Eu Sou - Deus respondeu assim a Moisés quando este lhe perguntou quem haveria de anunciar ao povo que o enviava - e Yeshua (Jesus) respondeu aos que o questionavam sobre quem ele era e que diziam ter por pai a Abraão, que "antes de Abraão existir, Eu Sou! E Eu Sou é aquele que é Eterno, que conhece o fim de todas as coisas desde o início; que Deus é Amor - qual foi o mandamento que Yeshua ensinou que cumpria toda a Lei? Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos; que Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu único filho - Yeshua - em favor da redenção desse mundo. E que mais ensinou Yeshua? A amar os nossos inimigos.

    Independentemente das convicções religiosas de cada um, definitivamente, o Deus da Bíblia e Alá não são a mesma pessoa! Por isso, em abono da verdade, há que ter em conta aquela correcção!

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  2. Olá João,

    Grato pela chamada de atenção.

    Correcção feita, e distracção minha no corta e cola. Além das considerações que faz, e que subscrevo inteiramente, bastaria o facto de os islamistas não quererem misturas e fazerem questão de afirmar que a divindade deles é outra.

    Se tiver vagar, e sem compromissos, não estaria interessado em botar aqui faladura de vez em quando, tornando-se co-autor do blogue?

    O email é BomAmigodeIsrael arroba gmail ponto com

    Abraço,

    I. B.

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