quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Cientistas israelitas combatem o câncer da pele




Numa descoberta notável, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (TAU) terão desvendado o mecanismo metastático do melanoma, o mais agressivo de todos os cancros da pele, e podem, portanto, ter encontrado uma maneira de o prevenir.

Cientistas da Universidade de Tel Aviv (TAU) descobriram que, antes de se espalhar para outros órgãos, o tumor melanoma envia vesículas minúsculas contendo moléculas de microRNA. Estas induzem mudanças morfológicas na derme (pele) - em preparação para receber e transportar as células cancerosas.

Os pesquisadores também descobriram substâncias químicas que podem parar o processo e estão a testar drogas.

Os resultados promissores foram publicados na segunda-feira na proeminente revista científica Nature Cell Biology.
O melanoma, o tipo mais agressivo e letal de câncer de pele, causa a morte de uma pessoa a cada 52 minutos, de acordo com dados da Skin Cancer Foundation, e o número de casos diagnosticados tem vindo a aumentar nos últimos três décadas. 
Apesar da variedade de terapias desenvolvidas ao longo dos anos, ainda não existe um remédio completo para esta doença. O estudo da TAU propõe novos e eficazes métodos para diagnosticar e prevenir o mais mortal câncer de pele.

"A ameaça de melanoma não está no tumor inicial que aparece na pele, mas sim nas suas metástases - células cancerosas enviados para colonizar órgãos vitais, como o cérebro, pulmões, fígado e ossos", disse a líder da pesquisa, Dr.a Carmit Levy, do Departamento de Genética Molecular Humana e Bioquímica da Faculdade de Medicina Sackler da TAU. "Nós descobrimos como o câncer se espalha para órgãos distantes, e encontramos maneiras de parar o processo antes da fase metastática".

Dr.a Carmit Levy. (TAU)

Parando o câncer nos seus estágios iniciais


Os pesquisadores começaram a examinar amostras retiradas de pacientes de melanoma, e os resultados foram "impressionantes, de facto", segundo Carmit Levy.

"Estudámos as amostras de melanoma cedo, antes da fase invasiva", disse Levy. "Para nossa surpresa, encontrámos mudanças que nunca antes tinham sido relatadas, na morfologia da derme - a camada interna da pele. A nossa tarefa seguinte foi descobrir como é que estas mudanças ocorrem, e como se relacionam com o melanoma".

No estudo longo e complexo que se seguiu, o grupo foi capaz de descobrir - e também bloquear - um mecanismo central na metástase do melanoma.

De acordo com a Dr.a Levy, os cientistas já conheciam há anos as formas de melanoma na camada exterior da pele, a epiderme. Nesta fase inicial o câncer não é capaz de colonizar células cancerosas colonizadoras, porque não tem acesso aos vasos sanguíneos - as estradas que levam as células a outras partes do corpo. Sem vasos sanguíneos presentes na epiderme, o tumor precisa primeiro entrar em contacto com os vasos sanguíneos abundantes da derme. Mas como é a conexão feita?
"Descobrimos que, mesmo antes de o próprio câncer invadir a derme, ele envia vesículas minúsculas contendo moléculas de microRNA. Estas induzem as mudanças morfológicas na derme, em preparação para receber e transportar as células cancerosas. Tornou-se agora claro para nós, que, bloqueando as vesículas, podemos parar completamente a doença".

Transformando o Melanoma numa doença não-ameaçadora

Tendo descoberto o mecanismo, os pesquisadores passaram a procurar substâncias que podem intervir e bloquear o processo nos seus estágios iniciais. E encontraram dois desses produtos químicos: o primeiro inibe a entrega das vesículas a partir do tumor de melanoma para a derme; e o outro impede as alterações morfológicas na derme mesmo após a chegada das vesículas.
Ambas as substâncias foram testadas com sucesso em laboratório, e pode servir como candidatos promissores para futuros medicamentos. Além disso, as alterações na derme, bem como as próprias vesículas, podem ser utilizados como indicadores poderosos para o diagnóstico precoce do melanoma.
"O nosso estudo é um passo importante no caminho para um remédio completo para o mais mortal câncer de pele", disse a pesquisadora. "Esperamos que os nossos resultados venham ajudar a transformar o melanoma numa doença não-ameaçadora, facilmente curável".

Max Gelber, United with Israel

- Tradução nossa; pedimos desculpa por qualquer barbárie médico-científica que tenhamos eventualmente escrito por má tradução, dada a nossa ignorância neste campo (que, aliás, nos fascina).

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