sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Uma espécie de maná

"Disse, porém, o Senhor a Moisés: "Eu lhes farei chover pão do céu."

Êxodo, 16: 4
 

 -  Israel tem vocação ancestral para a agricultura. Quem está familiarizado com os textos bíblicos sabe que a narrativa, muito factual, raramente se detém em aspectos envolventes. Mesmo assim, regista abundantes referências a espécies de cultivo e trabalhos agrícolas. No pequeno território que Israel detém nos nossos dias, os solos férteis são poucos e a água escasseia. Tem sido necessária muita persistência e engenho para prover às necessidades alimentares dos 8 milhões de habitantes.

Mas como a necessidade gera o engenho - e o maná já não cai do céu - Israel continua diariamente a transformar o deserto num jardim.
Israel Cria  'Super Plantas' resistente à seca
Pesquisadores israelitas estão trabalhar em plantas resistentes à seca que poderão ser um divisor de águas na crise mundial de alimentos, necessitando de menos água, produzindo maiores colheitas, e permanecendo frescos por mais tempo.
O Professor de Biologia Shimon Gepstein, da Universidade Technion de Haifa, é pioneiro numa pesquisa que pode representar um grande avanço na oferta de alimentos em todo o mundo. Segundo o site da Universidade, "Gepstein descobriu esta técnica por um acaso, quando se esqueceu de regar durante algumas semanas as plantas geneticamente modificadas que estava a estudar". Gepstein descreveu as plantas  da seguinte forma : "Estes legumes e estas frutas duram duas e três vezes mais depois de serem colhidos". Uma alface destas levou 21 dias para começar a ficar castanha, enquanto alfaces normais se estragam em cinco ou seis dias." Referidas pelos pesquisadores como "superplantas", não apenas sustentam a produção da hormona que previne o envelhecimento e facilita a fotossíntese continuada, como exigem menos água para crescer. "Estas plantas podem sobreviver a secas, podem durar um mês sem água e só precisam de 30% da quantidade de água que as plantas normais requerem", disse Gepstein .
 Credit: Stephen Ausmus

Porque vivem mais tempo, as 'superplantas' produzem maiores colheitas, o que pode ajudar inúmeros países que actualmente sofrem de escassez de água.  As crises alimentares mais graves na história moderna têm sido causadas pela seca ou outros eventos climáticos extremos, e as 'superplantas' podem representar um fim da escassez de alimentos induzida pela seca, que é um problema mundial.

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De acordo com o Programa Mundial de Alimentos, "as catástrofes naturais, como inundações, tempestades tropicais e longos períodos de seca, estão a aumentar - com consequências desastrosas para a segurança alimentar em países pobres e em desenvolvimento. A seca é agora a causa mais comum de falta de alimentos no mundo. Em 2011, a seca recorrente causou a perda de colheitas e perdas pesadas de gado em algumas partes da Etiópia, Somália e Quénia. Em muitos países, as mudanças climáticas estão a agravar as condições naturais já adversas."
 Prof. Shimon Gepstein Credit: Technion

 Prof Shimon Gepstein

Geptstein disse sobre as 'superplantas': "Nós descobrimos que depois de um mês sem receberem água, estas plantas estão tão boas como as que são regadas, e podem ser semeadas em zonas áridas ou áreas onde há forte risco de seca, e assim poder-se-á alimentar a população com elas. Apesar de toda a carga negativa que a palavra "geneticamente modificado" tem, posso afirmar que as nossas plantas não são perigosas para a saúde humana, porque as alteramos usando os seus próprios componentes, não lhes adicionamos nada".

O Professor Gepstein publicou a sua pesquisa na revista Proceedings of National Academy of Sciences, uma das mais prestigiadas revistas científicas dos Estados Unidos.
 Por Rachel Avraham & Eitan Press, para United With Israel

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