segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Malala não teme


 


 - Os taliban proibiram a escolarização das raparigas. Malala Yousafza, que declara não temer ninguém na sua luta pelo direito à instrução, contrariou a ordem. Os taliban consideram que a tentativa de assassinato não se deveu à sua luta pela instrução. Afiram que ela troçou do Islão ao desobedecer á ordem. Quata subtileza...

- Agora que Malala foi proposta para o Nobel, qual será a reacção dos taliba?

- Ainda há poucos dias, como aqui noticiámos, o movimento islamista Boko Haram ("Não à Educação Ocidental"), atacou um colégio na Nigéria. O número de mortos já vai em 65.

- Em Portugal continua a haver grupos étnicos que proibem ou limitam a instrução das raparigas, e que as casam antes da idade adulta. Nem as autoridades nacionais nem as europeias se preocupam com o facto, que, tanto quanto sabemos, é enquadrado nas "especificidades culturais" desses grupos.

- Entretanto, na Suíça, Maximilian Janisch, de 10 anos, entrou no curso de Matemática da Universidade de Zurique.
Tolerância: "Taliban dizem que vão tentar matar Malala Yousafzai novamente "

Dean Schabner e Christina Ng para a ABC News, 6 de Setembro:      
Os taliban não alvejaram Malala Yousafzai por causa da sua defesa da educação das raparigas, mas sim orque ela "atacou o Islão", e o grupo irá tentar matá-la novamente, se puder, disse o porta-voz oficial dos taliban no Paquistão à ABC News.

    "Nós alvejámos Malala Yousafzai porque ela atacou o Islão e fez piadas sobre o Islão; se a encontrarmos, vamos tentar matá-la e vamos sentir-nos orgulhosos da sua morte", disse Shahidullah Shahid à ABC News. "Nós não a atácamos por ela querer espalhar a educação na sua área, mas por fazer piadas acerca do Islão, e isso é motivo suficiente para a atacarmos."

    
Malala tinha 11 anos quando tomou posição contra os taliban. Tinha sido emitido um decreto que obrigava as escolas de meninas a fechar. Ela começou a defender o direito de ir à escola, a escrever um blogue anónimo para a BBC, e apareceu num
documentário do New York Times.
   O seu pai, Ziauddin Yousafzai, dirigia uma escola para meninas no Vale do Swat, e foi assassinado pelos taliban. A visibilidade e Malala colocou-a em risco.

    
Quando os taliban a atingiram, na manhã de terça-feira, 9 de Outubro de 2012, Malala viajava num autocarro escolar no distrito noroeste paquistanês de Swat.

    
Um homem armado chamou-a pelo nome e atirou três vezes.

    
A bala por pouco não atingiu o cérebro de Malala, que foi levada para o Queen Elizabeth Hospital, em Birmingham, Inglaterra, seis dias depois do ataque.
Passou quase três meses no hospital e precisou de várias cirurgias.

2 comentários:

  1. Força Malala.... abate os barbudos com a força da civilização.

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    1. Deus o ouça. Tenho muita esperança nesta geração. A Internet vai revolucionar as ideias, estou certo.

      I.B.

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