Esta é uma tradução de notícia do The Times of Israel. Entendam os caros leitores e amigos que nos artigos que traduzimos é natural que haja alguns erros devidos a não sermos profissionais - nem de Linguística nem de Escrita.
Portugal torna-se segundo país, depois de Israel, com lei judaica de retorno
500 anos após a expulsão de sua comunidade, a nova legislação de Lisboa corrige um erro moral, embora com algumas "considerações económicas também '
Por Cnaan Liphshiz 12 de Julho de 2013
Até 2009, o político de Direita Português José Ribeiro e Castro não tinha
muito interesse na expulsão da comunidade judaica de seu país no século
16. Isso mudou quando Ribeiro e Castro abriu uma conta no Facebook.
O deputado e jornalista conheceu online vários judeus sefarditas, descendentes de uma comunidade judaica outrora robusta, na casa das centenas de milhares de pessoas, muitos dos quais foram forçados ao exílio em 1536 durante a Inquisição Portuguesa. Os encontros com esses descendentes transformaram-se num compromisso para corrigir uma injustiça histórica.
Para Ribeiro e Castro, corrigir essa injustiça significava liderar um projecto de lei para naturalizar os descendentes de judeus de judeus expulsos, uma medida que foi aprovada por unanimidade no Parlamento Português, em Abril e passado, e foi lavrada oficialmente na semana passada, tornando Portugal o único país além de Israel com a lei judaica de retorno.
"A lei é uma iniciativa louvável", disse Nuno Wahnon Martins, lisboeta e director de assuntos europeus da B'nai B'rith International. "Tem também considerações económicas, mas tal não subtrai valor à decisão digna do Parlamento."
O deputado e jornalista conheceu online vários judeus sefarditas, descendentes de uma comunidade judaica outrora robusta, na casa das centenas de milhares de pessoas, muitos dos quais foram forçados ao exílio em 1536 durante a Inquisição Portuguesa. Os encontros com esses descendentes transformaram-se num compromisso para corrigir uma injustiça histórica.
Para Ribeiro e Castro, corrigir essa injustiça significava liderar um projecto de lei para naturalizar os descendentes de judeus de judeus expulsos, uma medida que foi aprovada por unanimidade no Parlamento Português, em Abril e passado, e foi lavrada oficialmente na semana passada, tornando Portugal o único país além de Israel com a lei judaica de retorno.
"A lei é uma iniciativa louvável", disse Nuno Wahnon Martins, lisboeta e director de assuntos europeus da B'nai B'rith International. "Tem também considerações económicas, mas tal não subtrai valor à decisão digna do Parlamento."
D. João III, que solicitou a inquisição em Portugal
A iniciativa de Portugal aparece quando vários países da Europa investem milhões de dólares a promover lugares de herança judaica - um esforço que dizem dever-se ao reconhecimento tardio da vibrante história judaica do continente, mas que muitas vezes é também uma tentativa assumida de atrair os dólares dos turistas, num momento de estagnação da Economia.
No ano passado, a Espanha anunciou um plano semelhante ao de Portugal, mas o esforço ainda tem ainda que avançar. O país conta com uma rede de cerca de duas dezenas de cidades e vilas, conhecidas como Red de Juderías, visando preservar a história cultural judaica da Espanha, num esforço para atrair turistas.No final deste mês, Portugal vai abrir um centro de aprendizagem, orçado em 1.500 mil dólares, em Trancoso, uma cidade que já abrigou muitos judeus. O primeiro-ministro participará a 19 de Julho na abertura do centro, que será destinado aos anusim da área, descendentes de judeus convertidos à força durante a Inquisição.
"A unidade de turismo e os esforços de repatriamento em Portugal e Espanha estão conectados a vários níveis", disse Michael Freund, fundador e presidente da Shavei Israel, organização sem fins lucrativos com sede em Jerusalém, que desenvolve programas de extensão para anussim e irá operar no centro de Trancoso. "A diáspora sefardita pode ser visto como uma grande plataforma com o potencial de beneficiar as economias da Espanha e Portugal, desde que seja desenhada para visitar, estabelecer e investir."
Ribeiro e Castro, um homem de fala calma, que tende a gesticular vibrantemente quando se discute política, insiste que não tem segundas intenções ao promover a legislação.
"Para mim, isso é puramente uma meta histórica e emocional", disse ele. "Esses esforços estavam bloqueados em Espanha e tinham permanecido bloqueados também em Portugal por um longo tempo, até que juntos pusemos as coisas a mexer."
De acordo com Ribeiro e Castro, o seu envolvimento no projecto começou como uma experiência. Em 2010, ele incentivou vários de seus amigos judeus do Facebook a solicitarem a cidadania Portuguesa, "só para ver o que acontece."
O poderoso Partido Socialista não estava muito entusiasmado com o convite aos descendentes dos judeus Portugueses para retornarem. Mas os socialistas acabaram por submeter o seu próprio projeto de lei para naturalizar judeus sefarditas, que foi incorporado como emenda à Lei da Nacionalidade de Ribeiro e Castro.
A nova legislação diz que "o governo vai dar nacionalidade (...) aos judeus sefarditas de ascendência Portuguesa que pertençam a uma tradição e a uma comunidade sefardita de Luso-descendentes, com base em premissas objectivas que comprovem uma ligação a Portugal através de nomes, língua e ascendência."
A lei cita o Ladino, dialecto judeu baseado no Espanhol, falado por cerca de 100.000 pessoas em todo o mundo, como viável "conexão linguística."Seja qual for a sua motivação, focar a atenção internacional sobre a história negros da Hitória da Igreja Católica é uma escolha ousada para Ribeiro e Castro, ele próprio um católico e ex-director da TVI canal de televisão que ligado à Igreja.
Ele
atribui a decisão de um velho amigo de colégio, que lhe falou sobre
as tradições sefarditas em Portugal, e ao seu pai, que serviu como
governador colonial de Portugal em Angola na década de 1970.
"O meu pai era um admirador do que ele chamava "pequena História ", desenvolvimentos menores com um impacto enorme. Naturalizar os sefarditas pode ser isso mesmo."
Para a Lei ter impacto, os burocratas em Lisboa primeiro precisam de resolver uma série de complicações. A Ordem dos Advogados já alertou para que a lei poderá comprometer o princípio constitucional da igualdade perante a lei.
E depois há questões práticas.
"A diferenciação entre judeus cujas famílias foram exilados [de] Espanha e aqueles que fugiram de Portugal é muito difícil", disse José Oulman Carp, presidente da Comunidade Judaica de Lisboa. "É evidente que as comunidades judaicas [de Portugal] terão de ser consultadas sobre o processo de triagem e nós podemos fornecer algumas informações, mas a distinção é quase impossível em muitos casos."
Mas qualquer que seja o resultado final, apenas o esforço para atrair de volta os judeus Portugueses constitui, na mente de Freund, uma ironia da História.
"Há cinco séculos, a expulsão aconteceu em parte porque os governantes ibéricos queriam activos dos judeus", disse Freund. "Agora vemos os esforços para receber de volta os judeus, em parte, pela mesma razão."
Já agora, qual a opinião de Israel sobre Portugal, caso exista...
ResponderEliminarTenho a impressão que confundem um pouco Portugal e Espanha como fossem um único povo. Já li artigos a referir o anti-semitismo de Franco em Espanha, e Portugal é mostrado como algo semelhante, o que não é verdade. O regime salazarista, apesar de fascista, não tinha nenhuma paranóia contra judeus quando comparado com outros países da Europa.